sexta-feira, 29 de junho de 2018

FLORESCENDO NO DESERTO - 05 - EU CELEBRO



05 - EU CELEBRO
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Uma manhã ensolarada, sem nuvens, ou um amanhecer chuvoso e frio. Há beleza e virtude em ambos e são dádivas divinas.

Celebro um prato de arroz e feijão bem feitos ou um banquete com comidas especiais. Deus me deu o pão para este dia e, quer seja comum, quer selecionado, são bênçãos do meu Pai!

Celebro um carro confortável, que me leva onde quero. Mas também me alegro por uma ida à pé, com pernas que caminham e com olhos que enxergam. A minha gratidão não está no veículo que me locomove mas na oportunidade de ir, de ser esperado, de ter algo para fazer e de poder ir!

Celebro o trabalho supridor, que me dá boa diária e conforto. Mas também celebro o temporário, aquele serviço que surgiu e que me renderá tão pouco! Não celebro apenas a atividade servil ou a remuneração, mas a chance de servir e tornar realizado e bem feito.

Celebro a casa cheia de visitas, os parentes e amigos que me querem bem. Celebro, todavia, a casa vazia, pois ali, em privado, posso ter comunhão com Deus e orar pelos que me são caros.

Celebro a saúde abundante, o brilho no olhar e a força para viver. Mas também celebro o ocaso, a fraqueza e a dificuldade, pois tomo consciência de minha finitude e encontro a verdadeira razão para ser feliz, Deus em mim!

Celebro a fartura, o patrimônio ampliado e monumental, mas também celebro a vida difícil de não possuir nada neste mundo. Afinal, de tudo o que possuímos (ou não), só levaremos o que couber na alma e no coração. Aqui tudo é emprestado.
Celebro o dia do começo, quando tudo é festa e a lua-de-mel encanta a alma. Mas celebro o fim também, quando uma obra começada tem a sua conclusão. Mesmo que solitária, foi feita e completada, ou, pelo menos, até onde foi possível.

Enfim, celebro o nascimento, o aniversário, o dia da chegada. Mas hei de celebrar também o dia da partida, quando o Senhor, justo juiz, chegar através dos anjos a chamar-me para atravessar a vida. Jesus não me deixará órfão e nem solitário; estará comigo o tempo todo.

Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. (Sl 100:1)

Hoje, com amor e com muita gratidão, celebro o aniversário do meu amado e querido irmão Daniel Paulino de Araújo. Ele, resposta de um pedido que fiz para minha saudosa mamãe aos seis anos de idade, foi o irmão que o Senhor me deu. Nele vejo a mim mesmo, carne de minha carne, sangue de meu sangue, neste tempo em que nossos pais já não estão mais entre nós. Vejo um homem de Deus, que fez de Cristo a sua esperança, coluna, sustentáculo e razão de viver. Quero sempre vê-lo como pai primoroso, fiel, um marido exemplar, um empresário que sabe enfrentar as piores horas econômicas do Brasil e um crente que busca colocar o Reino de Deus em primeiro lugar. Eu celebraria a vida se mamãe não tivesse dado à luz ao meu irmão. Mas Deus coroou-me de alegria, quando, em 1971, neste dia tão especial, trouxe ao mundo este meu irmão duas vezes, um homem mais do que especial. 

Parabéns, meu muito amado Daniel!

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