quinta-feira, 4 de outubro de 2018

memórias literárias - 727 - SUMA DAQUI!

SUMA
DAQUI!
 
727
 
- Suma daqui!
 
- Hahahah! Sumir, meu caro? Você me trouxe aqui! Agora não reclame!
 
- Eu lhe trouxe? Quando isso, mentirosa? Desapareça! Eu não lhe quero!
 
- Pode ralhar à vontade, pode reclamar! Eu vim porque você quis que eu viesse!
 
- Mentirosa! Eu nunca lhe chamei! Eu não quis que você viesse!
 
- Quis sim! E como quis!
 
- E quando foi que eu quis, sua ímpia?
 
- Você me chamou ontem, lembra? Enquanto recebia o seu dinheiro do auxílio-desemprego, a última prestação. Você disse: "Belo Deus que eu tenho! Agora, com o fim do auxílio, como farei para manter a minha família?"
 
- Eu estava nervoso, não sabia o que dizia!
 
- Ah, sabia sim, querido. Você também me chamou no domingo, lembra?
 
- Eu não lhe chamei coisa nenhuma!
 
- Chamou sim! Lá na porta da igreja. O irmão Alonso disse: "Meu irmão, a vontade de Deus é sempre boa, agradável e perfeita e Ele mostrará um escape, um socorro para a sua situação. Creia na graça do Senhor!"  O que foi que você pensou?
 
- Eu não pensei em nada!
 
- Pensou sim, meu bem: "Bobagem de palavra! Isso é apenas fábula; ele não sabe o que eu estou passando..."
 
- Nããoo! Eu não pensei isso não!!
 
- Pensou sim. Você também disse: "Eu não creio nessa fé que esposo, estou farto de ser crente".
 
- Eu estava com a cabeça cheia, pensei bobagem, não foi sério!
 
- Ah, foi tão sério que eu apareci, não é mesmo? Então, eu vim para ficar. Acostume-se comigo!
 
- Não e não! Suma daqui!
 
- Não sumo não! Você disse que me queria. Lembra que considerou o céu, a presença de Jesus e o poder da fé como coisas meramente poéticas, sem serem, de fato, realidade? Pois então vamos seguir juntinhos daqui para frente!
 
- Não! Suma daqui!
 
Enquanto ele corria de um lado para o outro no seu quarto, pensava em como expulsá-la. Por fim, lembrou-se deste texto: E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade. (Mc 9:24). Fundamentado nisto, dobrou os joelhos e disse:
 
- Pai celeste, eu confesso: duvidei de Tua graça, de Teu socorro e até de Tua existência. Eu Te peço perdão, Senhor! A minha fé é diminuta, quase inexistente! Estou por um fio e não tenho forças para continuar. Ajuda-me na minha incredulidade!"
 
Neste momento veio-lhe à mente a lembrança bíblica: Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. (1Pe 5:9). Imaginou-se parte de um grande número de cristãos que sofrem, desprovidos de recursos, de emprego, de moradia, de dignidade social e pensou que não era o único. Em seguida lembrou-se deste texto: Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. (Tg 5:16). Chamou a esposa e contou-lhe o caso, confessando o que sentia. Ela, de joelhos com ele, orou em concordância. Após esse momento o coração dele encheu-se de paz, uma paz inexplicável. Além disto, a chama da ESPERANÇA reapareceu. Ele, sorrindo, voltou a crer.
 
Então a INCREDULIDADE, visitante-parasita indesejada, foi embora do seu coração.
 
Wagner Antonio de Araújo
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