terça-feira, 6 de outubro de 2015

memórias literárias - 261 - O DEUS QUE ... AMA


 

 
 
 

3 - O DEUS QUE ...
 
AMA
261
 
 
Eu creio no único e soberano Senhor do universo, o Deus todo-poderoso e eterno, completo e imutável, revelado nas Escrituras Sagradas e em  Seu Filho Jesus Cristo, Senhor e Salvador.
 
Ele é o Deus que ama. Ele é amor. Não que o amor seja uma substância material, um aglomerado de átomos e moléculas; antes, é a composição e atributo de Sua eterna existência. Deus é amor em toda a essência de Seu ser.
 
Ele não é um ser solitário. Ele não precisou criar o universo porque sentia-se entediado e sem ter com quem compartilhar; Sua existência nunca foi solitária. Ele existe e sempre existiu numa completa harmonia e felicidade em Suas três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo. Nunca houve tédio ou solidão. Ele não precisou criar o ser humano porque estava triste. Ele o fez porque decidiu assim fazê-lo, num gesto de compartilhamento e de amor criativo. E sempre satisfeito, pois considerou a criação "muito boa".
 
O Seu amor não está crescendo. Ele não está indefinida e infinitamente aumentando. O Seu amor já é completo por origem e por natureza. É o amor perfeito. Não há nem demais e nem de menos. Há o bastante e o suficiente. Há o que há. O Seu amor não prejudica a justiça, nem essa ao amor. Ele é infinitamente amoroso e infinitamente justo. Não há em Deus qualquer sombra de mudança. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
 
O Seu amor pela criação a mantém existente e funcional. O Seu amor pela criatura humana é real e redentor. Ao criar o homem Deus não foi pego de surpresa pelo surgimento do pecado; Ele criou o ser humano sabendo que a liberdade exigiria responsabilidade e que traria consequências. E mesmo assim aceitou que assim fosse. Por causa desse amor, ao criar o homem também planejou a Redenção, mediante o mais belo ato que o universo já pôde contemplar: a própria encarnação do Criador. Em Cristo Deus fez-se amor perene, amor real, amor vicário. Em Cristo Deus satisfez a Sua própria justiça e cumpriu-a em Si mesmo como um ato de amor, amor AGÁPE, amor que dá a própria vida.
 
O amor de Deus não é mero romance, dor sentimental. O amor de Deus não é erótico numa busca frenética por satisfação. O amor de Deus é "amor original", amor que gera, amor que cria, amor que age, não apenas "amor que sente". Ao amar o mundo Deus não chorou, clamou, gritou ou lamentou. Ao amar o mundo Deus agiu: "Porque Deus amou ao mundo que DEU O SEU FILHO UNIGÊNITO, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna", João 3.16.
 
O amor de Deus não poupou ao Seu próprio Filho. O Seu amor impulsionou-o a sofrer em si em prol desta criatura que tanto lhe é cara, o ser humano. Único por ter sido feito à Sua imagem e semelhança. Único por ter sido moldado fisicamente e soprado espiritualmente. Único por ser um ser pessoal completo, muito mais do que anjos, que são superiores em força, mas não em ato de criação e personalidade. Anjos pecaram por escolha própria, seres humanos por tentação. Assim, Deus mesmo fez-se o próprio redentor destas Suas criaturas consideradas Sua obra-prima.
 
O amor de Deus salva. O amor de Deus perdoa. O amor de Deus redime. O amor de Deus restaura. O amor de Deus reconstrói. O amor de Deus satisfaz.
 
Mas o amor de Deus também liberta. Liberta quem não queira a salvação. Liberta quem não deseja o perdão. Liberta quem queira continuar escravo do pecado e de Satanás. Liberta quem queira continuar destruído. O amor de Deus respeita a rejeição de dentro para fora. Como afirmei, jamais haverá surpresas, mas também jamais haverá injustiças ou salvação forçada. E nessa pré-ciência os salvos são pré-conhecidos desde os dias eternos, com moradas certas e contadas. E em Cristo Deus nos amou "antes da fundação do mundo".
 
Já dizia o poeta.
 
SE OS MARES TODOS
FOSSEM TINTA
E O CEU SEM FIM
FOSSE PAPEL
SE AVES TODAS
FOSSEM PENAS
E OS HOMENS TODOS
ESCRIVÃES
NEM MESMO ASSIM
O AMOR SERIA
DESCRITO EM SEU FULGOR
OH! MARAVILHA DESLUMBRANTE
DESTE ETERNAL AMOR
Bendito seja o Deus de amor!
 
 
Wagner Antonio de Araújo
São Paulo, SP, 18 de novembro de 2011
 
obs: à minha amada esposa Elaine Okada Farias de Araújo
 

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