4 - O DEUS QUE ...
É JUSTO
262
Creio em Deus Pai
todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra, em Jesus Cristo, Seu Único Filho, e no
Espírito Santo, consolador presente e eterno, conforme revelado na Bíblia, a
Palavra de Deus.
Creio que Deus é justo. Ele
é correto. Ele é absolutamente verdadeiro. E em Sua verdade não há espaço para a
metade, para quase, para talvez. Sua justiça é perfeita e completa. Seu direito
é inquestionável; Seu julgamento é eternamente correto.
Por justiça entende-se que
Ele mantém o direito e mantém-se absolutamente correto na aplicação de Seu
juízo. É quem julga e decreta. É quem determina e faz valer. Se há algum
resquício de justiça no homem e em suas tentativas de criar uma sociedade
correta, esses vislumbres são sombras da primitiva imagem e semelhança do
Criador, que ainda permaneceu na criatura caída que somos nós. Deus nos criou
com o senso de justiça.
Deus é justo. Ele criou a
recompensa e a punição. Ele galardoa pelo bem e pune pelo mal. Ele fez com que o
mal fosse a consequência do bem rejeitado ou da má escolha nos atos, pensamentos
ou palavras. Sua justiça é perfeita, ela não foi criada ao seu bel-prazer, mas
mediante o Seu próprio caráter. Por ser bom a justiça é boa; por ser santo a
justiça exige santidade; por ser puro a justiça é pura.
Deus pune. Ele não é
comprado por promessas, por sacrifícios, por palavras ditas com emoção. A alma
que pecar essa morrerá. Morrer é separar-se da glória de Deus e a humanidade
toda assim tornou-se, pois em Adão, o primeiro homem, todos pecaram (Romanos
3.23). A morte é o pagamento pelo pecado (Romanos 6.23). Por ser puro Deus pune
a impureza e não seria injusto em condenar toda a raça humana, pois não há um
justo sequer. Todos erram, todos fazem a escolha da desobediência, todos buscam
quebrar a lei divina. Assim, criado para Satanás e seus anjos, o Inferno é a
linha de chegada para a injustiça, é a punição eterna e justa pelo
mal.
No sistema de punição e
recompensa divinas nada ficará impune ou desprezado. Um copo dágua fornecido em
amor por um cristão será recompensado. Uma palavra pensada contra o próximo,
considerando-o "tolo" será punida. Seu sistema é perfeito, completo e
absolutamente impossível de ser transigido. Assim, diante do Justo juiz de toda
o universo, ninguém escapará do julgamento.
Em Sua justiça Deus
decretou que somente algo impossível ao homem faria jus ao seu resgate, ao
pagamento de sua pena. Esse valor corresponderia ao ato do próprio Deus em fazer
algo pelo homem, em pagar-lhe a dívida. E isso Ele determinou, ao enviar o Seu
único Filho para o mundo, para nascer como homem, para ser tentado em tudo como
um homem, para sofrer como um homem rejeitado, para derramar na cruz o Seu
próprio sangue e, assim, criar a única vez em que algum sangue inocente seria
derramado. Cada vez que alguém morre ou derrama o próprio sangue é punido e não
tem qualquer crédito por isso, pois todos são pecadores; mas quando Cristo
sofreu e derramou o Seu augusto sangue no Calvário e morreu em consequência de
Seu sofrimento, criou-se algo inédito e irrepetível: um ato injusto na morte,
uma morte que precisava ser compensada; Cristo foi "o justo morrendo pelos
injustos". Então ali fora gerado o crédito necessário, tão infinito quanto
infinita era a vida do moribundo Senhor na cruz, que deu a vida e pôde
recobrá-la. Ali Deus gerou o pagamento pela própria justiça exigida em Sua
criação.
A justiça de Deus gerou
Graça, isto é, um favor imerecido, uma dádiva eterna, uma bênção acima de
qualquer ato meritório que o homem pudesse realizar. Como se sabe, a salvação e
o Céu são as perspectivas de quem é justo; não havendo justos o Céu seria vazio.
Como Deus gerou na cruz Sua própria justiça, Ele a injeta na alma de todo aquele
que crê em Jesus e em Seu sacrifício e declara-o beneficiário da justiça,
salvando-O, libertando-O da pena do pecado e tornando-O um filho adotivo e um
justificado, capacitando-O para viver ao Seu lado, no Céu. A isso chamamos
Graça. A essa libertação chamamos Redenção; A esse sistema de salvamento
chamamos Salvação. Deus pune em Sua justiça e salva em Sua graça, determinando
que a punição já caiu sobre alguém, sobre Ele mesmo, na pessoa de Seu Filho.
O Deus justo existe. E um
dia trará à luz todas as obras humanas. Portanto, conforme ensina a Palavra
dEle, "vejamos com prudência como andamos, não como néscios", pois "tudo o que o
homem semear isso também ceifará".
Aproximemo-nos deste Justo
Deus e em confiança clamemos por Sua imensa graça e favor, crendo que somos
pecadores, não merecemos a Sua misericórdia, mas em Cristo temos acesso a ela
(graça) e a Ele, cujos braços continuam abertos num bem-vindo magistral: "Vinde
a mim todos os que estais fracos e oprimidos, e Eu vos aliviarei".
A Deus toda a
glória!
São Paulo, Brasil, 19 de
novembro de 2011
Wagner Antonio de
Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário