quinta-feira, 20 de abril de 2017

memórias literárias - 441 - POR QUE? POR QUE? POR QUE?

POR QUE?

POR QUE?

POR QUE?


441

Não sou a Luna, aquela personagem com fome do saber, do seriado infantil. Não. Também não sou uma criancinha que pergunta o porquê de tudo. Já passei desta fase (pelo menos penso que sim...)

Os porquês são mais complexos, mais profundos. São questões maduras, existenciais, filosóficas e, principalmente espirituais.
Por que as pessoas preferem acreditar nas teorias não comprovadas dos propositores chamados cientistas e rejeitam peremptoriamente o que Deus diz em Sua Palavra? Ainda que haja grande chance de Darwin ter se arrependido das teorias propostas e pedido perdão a Deus (conforme testemunhos antigos por escrito, mas criticados pelos darwinistas), as pessoas desejam manter-se ao lado da teoria e rejeitar a verdade revelada por Deus.

Por que é mais fácil escutar o que o ator diz, o que o apresentador diz, o que o professor promíscuo diz, o que o partido político afirma, o que a personagem dos quadrinhos ensina, o que o amigo mal caráter fala, do que escutar a voz dos pais que os amam, a voz dos mestres dignos que os admoestam, a voz do ministro do Evangelho que os exorta?
Por que é mais fácil aceitar a orientação dos estranhos do que dos que nos são próximos e caros? Por que se prefere acreditar em alguém distante do que de perto? Por que os colegas, a gangue, o grupo e o partido são mais importantes e têm conceito mais favorável do que aqueles que são próximos e têm experiência para orientar, ensinar e preparar?

Por que pais, inclusive crentes, dão mais atenção aos psicólogos, aos terapeutas, aos psiquiatras, aos gurus da auto-ajuda pelos sites da internet, em preparar e orientar os seus filhos e não escutam o que Deus, o nosso Criador, diz quanto a isso? Por que é mais fácil aceitar o permissivismo do mundo, a promiscuidade experimental da adolescência e o libertinismo comportamental do que as ordens dadas por Deus para ensinar a criança nos caminhos divinos, ensinar os mandamentos do Senhor e orientá-los à luz dos evangelhos? Ainda que amigos mais velhos mostrem que suas teorias psicológicas de criação de filhos estão falidas e fracassadas, os pais continuam a dar mais bola para elas do que ao que Deus ensinou quanto a isto?
Por que o mundo e os crentes ouvem mais as celebridades, a cultura e o politicamente correto, do que as verdades registradas na Palavra de Deus e defendida por gente séria, de oração, de conhecimento e de experiência cristã?

Porque o mundo perdeu-se em suas loquacidades frívolas. O mundo é pecador. Jesus deixou isso bem claro:

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. (Jo 15:19)

Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus. (Jo 8:47)

Infelizmentte é assim. Percebo no facebook de gente crente, até de membros da igreja que pastoreio, coisas que renegam veementemente tudo o que ensino no púlpito. Vejo com tristeza cristãos híbridos, com a cabeça no mundo e o corpo na igreja, a postarem o lixo midiático e virtual da atualidade. Gastam-se com banalidades, com bobagens, com mundanismo, com temas que nem de longe relembram a fé que ostentam quando estão nos cultos públicos ou quando são solicitados para orar ou cantar. E por que? Porque amam o mundo. Não a natureza propriamente dita, porque esta deve ser amada e preservada. Não as pessoas, que também são o mundo pelo qual Cristo morreu. O mundo de que eu falo é o pensamento maligno deste e de todos os séculos, que nos afasta do certo e nos atrai para o errado. Como dá prazer celebrar um gol, como dá prazer celebrar uma festa, e como é enfadonho testemunhar de Cristo para alguém! Como é fácil aprender uma receita ou a letra de uma música ridícula da atualidade, mas como é difícil decorar um versículo ou expor a fé em determinados temas!

Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. (Tg 3:15)

E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? (Lc 6:46)

É a época da inversão de valores, das quais o profeta já dizia estar chegando.

Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! (Is 5:20)

Deus espera de Seus filhos algo melhor. E SEUS FILHOS são poucos. Não é por estar no rol de membros da igreja ou convivendo com crentes que a filiação está comprovada (e também não é abandonando a igreja que se conseguirá provar fé autêntica, como se isolado fosse de mais qualidade que o comungante).

Filhos são os que ouvem, obedecem e dão valor aos ensinos certos e de Deus. Filhos são os que preferem ouvir pais, professores e pastores ao invés dos colegas da turma, da gangue ou da rua. Filhos são os pais que edificam a educação de sua família nos ensinos bíblicos e não nas pérfidas teorias psicológicas de gente que não tem compromisso com a verdade. Filhos são os que correm para a luz e não para as trevas. Lembremo-nos: eram doze espias dos hebreus na terra de Canaã, mas só dois eram autênticos. Eram dez leprosos curados, mas só um tornou-se discípulo.  Eram dois os filhos do pai da parábola do trabalho, mas só um arrependeu-se e foi para a vinha trabalhar. E, para terminar, eram milhares os homens da época do Dilúvio, mas só Noé e sua família foram sábios no temor de Deus e se salvaram.

Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. (Mt 22:14)

A quem você tem dado ouvidos?

E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Mc 4:9)

Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. (Jo 14:21)

Wagner Antonio de Araújo

20/04/2017

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