quinta-feira, 3 de maio de 2018

memórias literárias - 655 - O TEMPO É AGORA!

O TEMPO
É AGORA!

655
 
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. (Jo 4:35)
 

Lembro-me quando namorava a minha esposa. Eu era o solteiro invicto, estava com 43 anos e, conquanto amasse a minha Elaine, não me encorajava para tomar a decisão que mudaria a minha vida para sempre. Num de nossos encontros de final de semana ela deu-me um ultimato: "Ou você marca uma data ou nós terminamos este namoro". Oh, bendita palavra, marquei uma data e nos casamos em 2011. O que eu esperava? "Ainda não é o tempo", pensava eu. Na verdade eu temia dar o passo certo e sair da comodidade de nada fazer pelo estabelecimento da família. Minha namorada, hoje esposa amada, fez-me enxegar a urgência e a seriedade de uma decisão. E sou extremamente grato e feliz pela necessidade que tive de tomar uma decisão.

Jesus, no texto bíblico acima, exortava os Seus apóstolos. Usava uma figura quotidiana, a da colheita nos campos. À luz do tamanho dos grãos e da época apropriada, todos diziam que era de se esperar o momento adequado, dentro de quatro meses, para colher o trigo, a cevada, o centeio. As espigas ainda não haviam amadurecido. Mas Jesus, no uso desta ilustração, diz que para a pregação do evangelho, para o anúncio do Reino de Deus, não havia mais o que esperar; este era o tempo e os Seus apóstolos tinham que ceifar, trabalhar na semeadura e colheita das messes divinas! Porquanto diz o Senhor: “Eu te ouvi no tempo oportuno e te socorri no dia da salvação” Com certeza vos afirmo que esse é o momento propício, agora é o dia da salvação! (2 Co 6.2)
 
A urgência da pregação do evangelho é a máxima da missão da Igreja. Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. (2Tm 4:2)
 
Mas a verdade estende-se para outras facetas de nossa vida. Protelar é típico de quem teme por mudanças. Nós deixamos as decisões para um amanhã que nunca chegará. Nós nos adaptamos a realidades nem sempre boas e tememos decidir por algo que dê errado ou que exija de nós uma reengenharia completa do uso de nosso tempo, do tipo de trabalho que exercemos ou dos lugares onde vivemos. Lembro-me da história de um elefante que vivia amarrado a uma pequenina estaca. Quando pequeno ele julgou ser a estaca muito forte e, ao tentar saír, recebeu chicotadas de seu treinador. Ao crescer manteve-se com esta idéia e não saía daquela posição, temendo algo improvável: que a estaca lhe segurasse. O medo fez com que um elefante fosse vencido por um pedacinho de pau.  O Salmo 53.5 diz assim: Ali se acharam em grande temor, onde não havia O QUE TEMER...
 
Muitas vezes o Senhor Jesus Cristo admoestou os Seus apóstolos a não temerem.  Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais. (Jo 6:20); Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. (Mt 14:27). João, o apóstolo, afirma: No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. (1Jo 4:18)
 
O tempo certo para a salvação de nossa alma é HOJE, agora! Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; (Hb 3:13)
 
Se somos guiados pelo Senhor, também há decisões que não devem ser proteladas. Temos que agir! Às vezes uma mudança de residência; outras, uma mudança de trabalho; ainda outras, de área de estudos. Não são raras as vezes em que o Senhor nos orienta a mudar o nosso ministério na igreja local e, talvez, de igreja local. Temos que considerar a limitação e a finitude de nosso tempo; faz-se necessário não protelar aquilo que sabemos ser necessário e bem esclarecido pelo Senhor. Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. (Ex 14:15) Muitas vezes em lugar de orientação divina (que já temos) procuramos desculpas para ignorar o que sabemos ser a decisão certa (e aguardamos indefinidamente).  O resultado é um grande anjo, enviado por Deus, para nos acordar de sono tão paralisante. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. (1Rs 19:7)
 
Que Deus nos dê a coragem para fazer o que precisamos fazer e seguir pelo caminho que Ele já nos mostrou. Que sejamos obedientes e que não percamos tempo, agindo com eficiência em tudo o que Deus nos orientar.
 
Wagner Antonio de Araújo
03/05/2018

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