O ARREBATAMENTO
JÁ
ACONTECEU?
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Assisti
emocionado o desabafo de um cantor gospel. Ele, ao analisar os escândalos
provenientes de seu grupo de fé e de atuação artística questionou: "Será que o
arrebatamento já aconteceu e eu fiquei? Não é possível que só haja escândalos no
meio cristão!"
Seu desabafo
tem muito sentido. Por todo lado em que olhamos só vemos escândalo, corrupção,
pecado, libertinagem. Estamos a viver "como nos dias de Noé". Está se tornando
quase impossível encontrar alguma igreja não alinhada com o novo modelo mundano
de evangelho. Os cultos tornaram-se liberais e homogêneos, tudo igual, inclusive
sem diferenças entre as denominações e doutrinas.
Para os que
crêem no ARREBATAMENTO (significa um rapto súbito, feito por Cristo, dos crentes
vivos em uma época anterior à Sua gloriosa vinda ao mundo, ressuscitando também
os crentes falecidos, reunindo toda a sua Igreja), e eu sou um dos que crêem
neste fato escatológico, há indícios de que estamos tão próximos dele quanto um
avião de pousar quando quase encosta as rodas no asfalto da pista de pouso.
Um dos
sintomas da volta gloriosa do Senhor é a APOSTASIA, o abandono da fé por parte
dos cristãos. Nunca houve tempo onde as estruturas da igreja fossem tão sólidas;
contudo, nunca houve tempo onde essas estruturas estivessem tão vazias de
Cristo, do evangelho e do Espírito Santo. Igrejas, cristãos (católicos,
evangélicos e outras vertentes) são terra arrasada!
Vejamos:
1) A Bíblia
ensina: "A ninguém devais coisa alguma". Ontem, no Congresso Nacional, os donos
de igrejas votaram perdão das dívidas que as igrejas possuem, oriundas de multas
e de recolhimentos de impostos trabalhistas. Multas? Igrejas que devem? Pregam
que devemos ser honestos e são mestras da desonestidade?
2) Jesus
expulsou os vendilhões do templo. Ele disse: "Não façam da casa de meu Pai covil
de ladrões". Um padre, dentre muitos padres e pastores, usou a fé para criar um
império financeiro pessoal, usando familiares e amigos, enriquecendo-se e
enriquecendo o seu grupo. Ele vendia objetos de fé (santinhos, celebrações,
papéis, votos) e, com o resultado, enchia as próprias burras. Os vendilhões se
tornaram os sacerdotes no reino da mentira?
3) Uma
pastora resolve ganhar fama e dinheiro adotando crianças e adolescentes.
Encanta-se por um, transformando-o em esposo. Faz disso a plataforma para
tornar-se política, angariar dinheiro e criar uma seita. Torna-se um ícone. Vê o
seu filho-marido transformar-se em cabeça financeiro e não gosta. Arma uma
tragédia e hoje ocupa as páginas de todos os noticiários. Cristãos que matam?
Famílias incestuosas? A fé como meio de barganha e plataforma
política?
4) Um médium
dito cristão (como se isso fosse possível). Considerado poderoso pelas mandingas
realizadas, curandeiro das elites, torna-se um estuprador de grande
periculosidade, usando suas pajelanças para ameaçar quem o denunciasse. Hoje ele
encontra-se um caco, destruído, humilhado e os seus guias o abandonaram. Ainda
assim, com a língua e os documentos que possui, é uma ameaça a gente muito
grande, que não apenas sabia dos seus crimes, como acobertava as suas
práticas.
5) Igrejas
cujos cultos não são mais cultos, hinos que não são mais hinos, pregadores que
não pregam mais o evangelho. Os hinos tornaram-se peças de museu. Os cultos
passaram a ser lives ou shows para entreter a massa religiosa. Os pregadores
tornaram-se youtubers de sucesso ou conferencistas de entretenimento para casais
ou formaram plataforma política para apoiarem quem governa e saírem candidatos
nas próximas eleições. O adultério tornou-se aceito e celebrado em cultos. A
prostituição normalizada, desde que haja amor. A moda rasgada chegou aos
púlpitos e a beleza cosmética apagou a verdade de cada um.
Sim, aquele
cantor tem razão. Surge-nos a dúvida: será que o arrebatamento já veio e nós
ficamos? Será que esta é a Igreja de Laodicéia, preconizada em Apocalipse 3,
absolutamente rica das glórias do mundo e completamente pobre da graça divina?
Estaríamos entre as virgens que não entraram com o noivo na festa de casamento,
na parábola contada por Jesus?
O
arrebatamento não aconteceu ainda. Mas o alinhamento dos sinais internos da
chamada Igreja Cristã é evidente. A fé está sumindo. O amor se esfria. O
Espírito Santo está sendo recolhido. Não há mais temor de Deus e a nova geração
terá muito menos ainda, uma vez que, a cada herói da fé que é recolhido não há
reposição por parte de Deus. Morre um crente fiel, não há outro que toma a tocha
e a conduz para a outra geração. Há um vazio de gente piedosa. Igrejas
históricas estão ficando vazias, ou tomadas pelo NOVO NORMAL da fé: o
liberalismo e a libertinagem.
O
arrebatamento não aconteceu porque gente santa do Senhor ainda está por aqui.
Ainda não aconteceu porque nós, os que cremos, não fomos levados. E nós temos
certeza de que cremos, fundamentados em Cristo para a nossa salvação. O
arrebatamento ainda não aconteceu porque o evangelho não chegou a toda parte,
dando testemunho a todos os povos sobre o caminho da salvação divina.
Mas está para
acontecer. A chamada da meia noite (na parábola das dez virgens) está para
acontecer. No momento em que não acharmos ser o tal, o Senhor virá. Será
glorioso para os que lhe esperam, mas tenebroso para os que brincam de
evangelho. Está na hora de levarmos Deus a sério e guardarmos bem a fé que
temos. Guardá-la no coração, ousando agirmos como crentes no meio de uma geração
perversa e leviana.
MARAN ATHA! O
SENHOR VEM! O REI VEM!
Jesus em
breve voltará.
Wagner
Antonio de Araújo
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