quarta-feira, 9 de setembro de 2020

memórias literárias - 920 - O ARREBATAMENTO JÁ ACONTECEU?

 O ARREBATAMENTO

JÁ ACONTECEU?
 
920
 
Assisti emocionado o desabafo de um cantor gospel. Ele, ao analisar os escândalos provenientes de seu grupo de fé e de atuação artística questionou: "Será que o arrebatamento já aconteceu e eu fiquei? Não é possível que só haja escândalos no meio cristão!"
 
Seu desabafo tem muito sentido. Por todo lado em que olhamos só vemos escândalo, corrupção, pecado, libertinagem. Estamos a viver "como nos dias de Noé".  Está se tornando quase impossível encontrar alguma igreja não alinhada com o novo modelo mundano de evangelho. Os cultos tornaram-se liberais e homogêneos, tudo igual, inclusive sem diferenças entre as denominações e doutrinas.
 
Para os que crêem no ARREBATAMENTO (significa um rapto súbito, feito por Cristo, dos crentes vivos em uma época anterior à Sua gloriosa vinda ao mundo, ressuscitando também os crentes falecidos, reunindo toda a sua Igreja), e eu sou um dos que crêem neste fato escatológico, há indícios de que estamos tão próximos dele quanto um avião de pousar quando quase encosta as rodas no asfalto da pista de pouso.
 
Um dos sintomas da volta gloriosa do Senhor é a APOSTASIA, o abandono da fé por parte dos cristãos. Nunca houve tempo onde as estruturas da igreja fossem tão sólidas; contudo, nunca houve tempo onde essas estruturas estivessem tão vazias de Cristo, do evangelho e do Espírito Santo. Igrejas, cristãos (católicos, evangélicos e outras vertentes) são terra arrasada! Vejamos:
 
1) A Bíblia ensina: "A ninguém devais coisa alguma". Ontem, no Congresso Nacional, os donos de igrejas votaram perdão das dívidas que as igrejas possuem, oriundas de multas e de recolhimentos de impostos trabalhistas. Multas? Igrejas que devem? Pregam que devemos ser honestos e são mestras da desonestidade?
 
2) Jesus expulsou os vendilhões do templo. Ele disse: "Não façam da casa de meu Pai covil de ladrões". Um padre, dentre muitos padres e pastores, usou a fé para criar um império  financeiro pessoal, usando familiares e amigos, enriquecendo-se e enriquecendo o seu grupo. Ele vendia objetos de fé (santinhos, celebrações, papéis, votos) e, com o resultado, enchia as próprias burras. Os vendilhões se tornaram os sacerdotes no reino da mentira?
 
3) Uma pastora resolve ganhar fama e dinheiro adotando crianças e adolescentes. Encanta-se por um, transformando-o em esposo. Faz disso a plataforma para tornar-se política, angariar dinheiro e criar uma seita. Torna-se um ícone. Vê o seu filho-marido transformar-se em cabeça financeiro e não gosta. Arma uma tragédia e hoje ocupa as páginas de todos os noticiários. Cristãos que matam? Famílias incestuosas? A fé como meio de barganha e plataforma política?
 
4) Um médium dito cristão (como se isso fosse possível). Considerado poderoso pelas mandingas realizadas, curandeiro das elites, torna-se um estuprador de grande periculosidade, usando suas pajelanças para ameaçar quem o denunciasse. Hoje ele encontra-se um caco, destruído, humilhado e os seus guias o abandonaram. Ainda assim, com a língua e os documentos que possui, é uma ameaça a gente muito grande, que não apenas sabia dos seus crimes, como acobertava as suas práticas.
 
5) Igrejas cujos cultos não são mais cultos, hinos que não são mais hinos, pregadores que não pregam mais o evangelho. Os hinos tornaram-se peças de museu. Os cultos passaram a ser lives ou shows para entreter a massa religiosa. Os pregadores tornaram-se youtubers de sucesso ou conferencistas de entretenimento para casais ou formaram plataforma política para apoiarem quem governa e saírem candidatos nas próximas eleições. O adultério tornou-se aceito e celebrado em cultos. A prostituição normalizada, desde que haja amor. A moda rasgada chegou aos púlpitos e a beleza cosmética apagou a verdade de cada um.
 
Sim, aquele cantor tem razão. Surge-nos a dúvida: será que o arrebatamento já veio e nós ficamos? Será que esta é a Igreja de Laodicéia, preconizada em Apocalipse 3, absolutamente rica das glórias do mundo e completamente pobre da graça divina? Estaríamos entre as virgens que não entraram com o noivo na festa de casamento, na parábola contada por Jesus?
 
O arrebatamento não aconteceu ainda. Mas o alinhamento dos sinais internos da chamada Igreja Cristã é evidente. A fé está sumindo. O amor se esfria. O Espírito Santo está sendo recolhido. Não há mais temor de Deus e a nova geração terá muito menos ainda, uma vez que, a cada herói da fé que é recolhido não há reposição por parte de Deus. Morre um crente fiel, não há outro que toma a tocha e a conduz para a outra geração. Há um vazio de gente piedosa. Igrejas históricas estão ficando vazias, ou tomadas pelo NOVO NORMAL da fé: o liberalismo e a libertinagem.
 
O arrebatamento não aconteceu porque gente santa do Senhor ainda está por aqui. Ainda não aconteceu porque nós, os que cremos, não fomos levados. E nós temos certeza de que cremos, fundamentados em Cristo para a nossa salvação. O arrebatamento ainda não aconteceu porque o evangelho não chegou a toda parte, dando testemunho a todos os povos sobre o caminho da salvação divina.
 
Mas está para acontecer. A chamada da meia noite (na parábola das dez virgens) está para acontecer. No momento em que não acharmos ser o tal, o Senhor virá. Será glorioso para os que lhe esperam, mas tenebroso para os que brincam de evangelho. Está na hora de levarmos Deus a sério e guardarmos bem a fé que temos. Guardá-la no coração, ousando agirmos como crentes no meio de uma geração perversa e leviana.
 
MARAN ATHA! O SENHOR VEM! O REI VEM!
 
Jesus em breve voltará.
 
Wagner Antonio de Araújo

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