97 - DEPOIS DA FALA DA
PRESIDENTE
UMA PROFUNDA
FRUSTRAÇÃO...
22/06/2013
Eu esperava uma estadista a
comunicar-se com uma nação em ebulição. Uma líder eleita pela imensa maioria do
povo, disposta a apaziguar a população, com dados certeiros na mão, com
respostas às muitas preocupações nacionais. Imaginava ter ali uma líder
respeitável, repleta de argumentos sólidos, inteligentes, de questões
encaminhadas e com soluções dos problemas levantados.
Mas, será que era realmente isso
que eu esperava? Talvez não. Afinal, conquanto eleita pela maioria da população
brasileira, a nossa líder máxima teve o seu tempo de militância política como os
agressores das imagens de hoje. Ela militou junto a guerrilheiros. Também fez
parte do que na época chamou-se de "dilapidação do patrimônio público", também
foi contada entre "os baderneiros que turbavam a opinião das massas", também
assumiu sua postura de rebeldia.
Então, enquanto ouvia o seu
discurso, prometendo defesa do patrimônio público e do povo à serviço da Nação,
não pude deixar de imaginar as tristes cenas da época da ditadura. Independente
dos motivos, o patrimônio era o mesmo. Só que as posições se invertem: hoje os
que atacavam são o poder, e os atacados estão diluídos nas massas. Um político
precisa ter passado limpo para servir de modelo. E nesse afã, infelizmente, não
há. A voz do passado fala tão alto que é difícil ouvir a voz no
microfone.
Dilma prometeu trazer médicos para
o Brasil. Talvez os nossos não prestem. Talvez os nossos sejam poucos demais,
pois num país de 180 milhões de pessoas o número de médicos formados deve ser
muito pequeno. Ou então os nossos sejam muito ruins. Ou, quem sabe ainda, sejam
caros demais para que se gaste com eles. Afinal, há tanto dinheiro no sustento
do pão e do circo, que não sobra nada para a saúde e a educação. E para os
militantes cubanos, país de onde virão esses brilhantes médicos, a simples
infiltração no Brasil já será paga suficiente.
Ouvi também a promessa de
direcionar o lucro do petróleo para a educação. Que promessa linda! Mas qual
educação? A que manda imprimir cartilhas para o movimento gay? A que ensina os
adolescentes a praticar orgias sexuais? A que ensina a juventude a usar drogas
com cuidado e higiêne? A que dá cursos e cria escolas de diversidade sexual?
Trazer verba do petróleo para um só setor é absolutamente inviável. É bom
prometer coisas esdrúxulas, pois depois, ao se demonstrar a inviabilidade das
mesmas, pode-se sair ilesa, culpando os avaliadores. Muito mais sábio seria
confessar que as coisas não estão bem e que pequenos atos seriam praticados
buscando uma solução. Nenhuma solução é rápida como um poço de petróleo. Mas
toda solução precisa vir de um compromisso viável. Somente os sonhadores não
entendem isso. Sonhadores ou aproveitadores.
Como brasileiro vou dormir
frustrado. Impedido de chegar a Osasco a exercer o meu papel de ministro
religioso pelo excesso de manifestações nas estradas e vias públicas e a
ausência quase completa do poder público. Estava ansioso por ouvir uma palavra
de ordem da autoridade máxima do país, mas vou deitar-me com o sentimento de
vazio. Não há mais autoridade em nenhuma esfera. Conseguiram desconstruir a
moral cívica, institucional, religiosa e humana. As cenas do Itamaraty sendo
depredado não me saem da cabeça, ao lado da muralha de policiais na Bahia e no
Rio de Janeiro, defendendo estádios de futebol. Dois pesos e duas medidas: os
estádios valem ouro, as instituições não valem nada! Inversão absoluta de
valores!
Como cristão vou dormir confiante.
"Assim como foi nos dias de Noé", e também nos dias de nossos pioneiros, de
nossos pais, assim é hoje, neste país incluso nas chamadas "PRIMAVERAS", nem
tanto árabes e nem tanto asiáticas, apenas tupiniquins. Há um Deus soberano na
história, detentor do poder supremo; o mundo não está num despenhadeiro, mas
caminha para o caos. E quando isto acontecer, virá o Senhor, a ressuscitar os
mortos e a arrebatar os vivos. Pode demorar muito ou pouco, mas isto virá, sem
dúvida alguma. Quem prometeu não perdeu a moral nem negou seu passado. Aquele
que é, que era e que há de vir prometeu e há de cumprir. E se não vier, caberá a
cada um de nós dar o seu melhor na mantença do que sobrou e, se possível, na
reconstrução da dignidade brasileira.
Se mais tempo houver, espero votar
em outras pessoas. O difícil será em quem, pois ninguém, do cenário atual
nacional merece o meu voto. O meu voto pode ser pequeno mas é qualificado; não
votarei em hipócritas. Peço a Deus que levante lideranças dignas, e, se
possível, cristãs. Não politiqueiros mentirosos, mas idealistas e construtores
de um futuro mais decente e menos corrupto neste mar de pão e circo com o
dinheiro público. Não me importa que tenham cabelos grisalhos; só não podem ter
as mãos sujas e nem o passado comprometedor.
Deus, tenha compaixão do nosso
país.
Wagner Antonio de Araújo, cidadão
brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário