domingo, 29 de outubro de 2017

memórias literárias - AQUI NÃO SE FALA INGLÊS...

AQUI
NÃO
SE FALA
INGLÊS...
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Ei, boy!
 
Boy é a mãe. Sou o atendente.
 
Ok, garçom.
 
Aqui não se fala inglês, doutor.
 
Ah, está certo. Quanto custa o self-service?
 
Ô, meu chapa, self-service é lá na esquina. Aqui nós temos comida POR QUILO, entendeu? QUILO!
 
Calma, rapaz! Olha o stress!
 
STRESS? Tá tirando uma da minha cara, doutor? STRESS é coisa de gringo. Eu estou é BRAVO MESMO!
 
Estou vendo! Me desculpe, podemos continuar?
 
Podemos. O que o senhor vai querer?
 
Quanto custa o hot dog?
 
HOT DOG? Meu chefe, na próxima gracinha eu não lhe atendo mais!
 
Ah, perdão; quanto custa o cachorro quente?
 
Custa dez reais.
 
Dez? Mas isto está muito caro! Quem é o CEO desta rede?
 
Quem é o quê?
 
Ah, desculpe, quem é o comandante desta rede de lojas?
 
É o Zulmiro da Serra da Chaleira. Por que?
 
Porque quero dar um call para ele, passar um feedback do expertise desta loja e fazer uma reclamação; estão precisando de um big recall no work system ...
 
A conversa terminou com um empurrão do atendente, que falou impropérios em português, e bem regionalizado...
 
THE END...
 
ops, F I M...
 

Wagner Antonio de Araújo

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