O
ANJO
DA
MORTE
859
Porque o
SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da
porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o
destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. (Ex
12:23)
Deve ter sido uma noite
horrível, tanto para os egípcios quanto para os hebreus. Os primeiros, que
sabiam da ameaça divina, pagavam para ver, crendo e descrendo, inativos e
amedrontados. Para os hebreus tudo era inacreditável, ao mesmo tempo maravilhoso
e tenebroso. Poderiam contar com a libertação, o que seria fantástico. Mas
estariam diante de um horizonte desconhecido, sem lar, sem comida, sem abrigo,
sem nada, e isto era amedrontador.
Eu posso até imaginar as
pessoas a olhar o sol se pondo na linha do horizonte. Um estranho silêncio, uma
sensação de que algo horrível está para acontecer. O luar começa, a noite é
silenciosa, calma, mas amedrontadora, desesperadora. No arraial dos hebreus um
festejo novo, uma celebração de algo que ainda não sabem bem o que é. Têm ordem
de regozijo, de criar um memorial, mas o coração está ansioso, preocupado,
talvez desesperado.
Nós sabemos o que
aconteceu. Milhares e milhares de cadáveres surgiram nas cidades egípcias, em
toda casa e em toda família. Gritos de dor, de angústia, de tormento, de
desespero e de medo. Entre os hebreus a perplexidade pelo livramento global, a
certeza de que estavam a viver o momento mais impressionante de sua história.
Talvez tristes por saberem que amigos pereceram, mas cheios de expectativa sobre
o dia seguinte.
Hoje eu saí pela rua a
cumprir tarefas domésticas e paternais. No supermercado, as pessoas estão
comprando de forma histérica e olham uns aos outros como inimigos iminentes.
Afastam-se e evitam até cruzar os olhares. Os celulares tocam freneticamente,
posicionando familiares sobre os produtos que faltam, sobre as notícias do
trabalho, sobre o dinheiro que derrete nas bolsas de valores. O rádio informa
sobre entrevistas com políticos que tentam de todas as formas conter a praga
invisível, sem, contudo, perderem a chance de figurar como os heróis da crise. E
no céu o sol está a brilhar, acalentado por uma brisa mansa e de maus
presságios, soberana sobre as aflições humanas. O inimigo fatal está se
propagando, sem detença, sem bloqueio, sem freio, sem dó, sem
piedade.
No caso dos egípcios nós
sabemos as razões. Afrontaram a Jeová, cuspiram em Sua deidade, macularam o Seu
Nome, perseguiram o Seu povo e ousaram contra o Seu poder e autoridade. Diante
de nove pragas eles pensaram que as tragédias fossem meras coincidências,
encantamentos mágicos ou fenômenos que pudessem ser detidos. Na última, tomaram
consciência de que Jeová era Deus e que não podiam contra
Ele.
Hoje a situação se repete.
No Carnaval 2020, o meu
país sambou e praticou a devassidão sem detença, sem limites, sem pejo e sem
qualquer pudor. As mídias transmitiam os pecados e incentivavam a todos a dar
liberdade aos demônios interiores. Na avenida colocaram um jesus mundano,
vitimizado pelos seus próprios pecados e expuseram o Senhor à ignomínia, à
vergonha, ao ridículo. E foram premiados e elogiados. Pastores diabólicos
levaram as suas igrejas ao samba, ao carnaval e um deles tornou-se parceiro
dessa maldição. Outros deram vasão à devassidão humana e emporcalharam-se no
mal. O SENHOR ESTAVA ATENTO.
Na Europa os países mantém
a política de descristianizar as populações, impondo tantas dívidas aos templos
que estes têm que ser vendidos e transformados em restaurantes, bares, boates e
centros de arte anticristã. Na Inglaterra, o filho de Billy Graham foi
desconvidado a pregar num evento evangelístico porque posicionou-se contra a
união entre homens e homens, recebendo das autoridades um selo de persona non
grata. Nos Estados Unidos, as igrejas se tornaram grandes clubes contemporâneos
de fé sem crença, de evangelho sem compromisso e exportam os seus sistemas de
crescimento comercial religioso, pintando as igrejas de preto, fazendo das
plataformas palcos de programas de entretenimento e implementando uma moralidade
anti-bíblica de comportamento, com recasamentos e casamentos entre iguais. O
SENHOR ESTAVA ATENTO.
Na Ásia, os países se
tornaram grandes, poderosos, ricos e cheios de poder econômico. Mas as nações
com liberdade religiosa abandonaram gradativamente a fé, que lhes serviu apenas
de catapulta para alçarem vôos de prosperidade e hoje Jesus ocupa o último lugar
de suas atenções. Já nos países totalitários, o povo pode comprar e vender, mas
não se permite a fé cristã, de modo que bíblias são confiscadas e é impedido o
ajuntamento público e oficial. O SENHOR ESTAVA ATENTO.
E em todo o mundo o
assassinato em massa vai acontecendo dia e noite, através da fome, das drogas,
dos homicídos e principalmente dos abortos permitidos ou clandestinos, matando
milhões de inocentes. E nesse último caso, os governos cedem a essa ideologia
maldita e aprovam a permissão para que as mulheres e todos
os terceiros envolvidos cometam os assassinatos com segurança e conforto. O
SENHOR ESTAVA ATENTO.
Ó terra,
terra, terra! Ouve a palavra do Senhor. (Jr 22:29)
Mas a Terra
não quis ouvir. E hoje os cristãos decidiram não ouvir também. Basta algum servo
do Senhor pregar sobre a volta de Cristo, contra o pecado, a favor da santidade
e é extirpado dos púlpitos, das ordens e convenções eclesiásticas, das
congregações locais. Mensageiros do juízo são tidos como estorvo, erva daninha,
como inimigos do amor e da paz eclesiástica. O SENHOR ESTÁ
ATENTO.
E então
aquilo que mais parecia fábula ou uma realidade apenas imaginária, simbólica,
avassala o planeta todo: UMA PANDEMIA QUE PARALISA A ECONOMIA, QUE CONFISCA
BENS, QUE ISOLA PAÍSES, QUE CONFINA PESSOAS, QUE MATA IMPIEDOSAMENTE. Não apenas
através da enfermidade adquirida, mas transformando em pó toda a economia dos
últimos 30 anos! Voltamos à década de 80!
Homens
desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo;
porquanto as virtudes do céu serão abaladas. (Lc
21:26)
E haverá
sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em
perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. (Lc
21:25)
E diziam
aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que
está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; (Ap
6:16)
Aquele
dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço
e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
(Sf 1:15)
Alguém pode
perguntar: "Mas por que TODOS estão a sofrer? Por que o Senhor não preservou a
Sua Igreja?" Eu respondo: nós não sabemos se esta é a GRANDE TRIBULAÇÃO. Se for
(e há possibilidades de o ser), o arrebatamento virá A QUALQUER MOMENTO. Devemos
estar atentos e preparados, pois os sinais apontam para uma situação de
insolvência mundial, digna de um anticristo solucionador, que virá para enganar
as nações. Eu digo: PODE SER, mas não disse que é. E se não for, mas tratar-se
de um PRENÚNCIO, então será bom que o povo de Deus abandone os seus próprios
pecados, caia de joelhos em terra e suplique a graça do Senhor. Deus não poupou
os crentes nas guerras mundiais, nem nos tsunamis, nem nas gripes espanholas ou
pestes diversas, mas deu-lhes a graça de servirem aos que sofriam como eles e
salvou-os do pecado, concedendo-lhes a vida eterna. Essa nós temos em Jesus
Cristo. Nada pode nos afastar dele.
E se o
meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face
e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra. (2Cr 7:14)
Portanto,
tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, (Hb
12:12)
É hora de
SANTIDADE, de EVANGELIZAÇÃO, de ESPERA, de clamar
MARANATA!
Wagner
Antonio de Araújo
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