quarta-feira, 18 de março de 2020

memórias literárias -859 - O ANJO DA MORTE

O ANJO
DA
MORTE
 
859
 
Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. (Ex 12:23)
 
Deve ter sido uma noite horrível, tanto para os egípcios quanto para os hebreus. Os primeiros, que sabiam da ameaça divina, pagavam para ver, crendo e descrendo, inativos e amedrontados. Para os hebreus tudo era inacreditável, ao mesmo tempo maravilhoso e tenebroso. Poderiam contar com a libertação, o que seria fantástico. Mas estariam diante de um horizonte desconhecido, sem lar, sem comida, sem abrigo, sem nada, e isto era amedrontador.
 
Eu posso até imaginar as pessoas a olhar o sol se pondo na linha do horizonte. Um estranho silêncio, uma sensação de que algo horrível está para acontecer. O luar começa, a noite é silenciosa, calma, mas amedrontadora, desesperadora. No arraial dos hebreus um festejo novo, uma celebração de algo que ainda não sabem bem o que é. Têm ordem de regozijo, de criar um memorial, mas o coração está ansioso, preocupado, talvez desesperado.
 
Nós sabemos o que aconteceu. Milhares e milhares de cadáveres surgiram nas cidades egípcias, em toda casa e em toda família. Gritos de dor, de angústia, de tormento, de desespero e de medo. Entre os hebreus a perplexidade pelo livramento global, a certeza de que estavam a viver o momento mais impressionante de sua história. Talvez tristes por saberem que amigos pereceram, mas cheios de expectativa sobre o dia seguinte.
 
Hoje eu saí pela rua a cumprir tarefas domésticas e paternais. No supermercado, as pessoas estão comprando de forma histérica e olham uns aos outros como inimigos iminentes. Afastam-se e  evitam até cruzar os olhares. Os celulares tocam freneticamente, posicionando familiares sobre os produtos que faltam, sobre as notícias do trabalho, sobre o dinheiro que derrete nas bolsas de valores. O rádio informa sobre entrevistas com políticos que tentam de todas as formas conter a praga invisível, sem, contudo, perderem a chance de figurar como os heróis da crise. E no céu o sol está a brilhar, acalentado por uma brisa mansa e de maus presságios, soberana sobre as aflições humanas. O inimigo fatal está se propagando, sem detença, sem bloqueio, sem freio, sem dó, sem piedade.
 
No caso dos egípcios nós sabemos as razões. Afrontaram a Jeová, cuspiram em Sua deidade, macularam o Seu Nome, perseguiram o Seu povo e ousaram contra o Seu poder e autoridade. Diante de nove pragas eles pensaram que as tragédias fossem meras coincidências, encantamentos mágicos ou fenômenos que pudessem ser detidos. Na última, tomaram consciência de que Jeová era Deus e que não podiam contra Ele.
 
Hoje a situação se repete.
 
No Carnaval 2020, o meu país sambou e praticou a devassidão sem detença, sem limites, sem pejo e sem qualquer pudor. As mídias transmitiam os pecados e incentivavam a todos a dar liberdade aos demônios interiores. Na avenida colocaram um jesus mundano, vitimizado pelos seus próprios pecados e expuseram o Senhor à ignomínia, à vergonha, ao ridículo. E foram premiados e  elogiados. Pastores diabólicos levaram as suas igrejas ao samba, ao carnaval e um deles tornou-se parceiro dessa maldição. Outros deram vasão à devassidão humana e emporcalharam-se no mal. O SENHOR ESTAVA ATENTO.
 
Na Europa os países mantém a política de descristianizar as populações, impondo tantas dívidas aos templos que estes têm que ser vendidos e transformados em restaurantes, bares, boates e centros de arte anticristã. Na Inglaterra, o filho de Billy Graham foi desconvidado a pregar num evento evangelístico porque posicionou-se contra a união entre homens e homens, recebendo das autoridades um selo de persona non grata. Nos Estados Unidos, as igrejas se tornaram grandes clubes contemporâneos de fé sem crença, de evangelho sem compromisso e exportam os seus sistemas de crescimento comercial religioso, pintando as igrejas de preto, fazendo das plataformas palcos de programas de entretenimento e implementando uma moralidade anti-bíblica de comportamento, com recasamentos e casamentos entre iguais.  O SENHOR ESTAVA ATENTO.
 
Na Ásia, os países se tornaram grandes, poderosos, ricos e cheios de poder econômico. Mas as nações com liberdade religiosa abandonaram gradativamente a fé, que lhes serviu apenas de catapulta para alçarem vôos de prosperidade e hoje Jesus ocupa o último lugar de suas atenções. Já nos países totalitários, o povo pode comprar e vender, mas não se permite a fé cristã, de modo que bíblias são confiscadas e é impedido o ajuntamento público e oficial. O SENHOR ESTAVA ATENTO.
 
E em todo o mundo o assassinato em massa vai acontecendo dia e noite, através da fome, das drogas, dos homicídos e principalmente dos abortos permitidos ou clandestinos, matando milhões de inocentes. E nesse último caso, os governos cedem a essa ideologia maldita e aprovam a permissão para que as mulheres e todos os terceiros envolvidos  cometam os assassinatos com segurança e conforto. O SENHOR ESTAVA ATENTO.
 
Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor. (Jr 22:29)
 
Mas a Terra não quis ouvir. E hoje os cristãos decidiram não ouvir também. Basta algum servo do Senhor pregar sobre a volta de Cristo, contra o pecado, a favor da santidade e é extirpado dos púlpitos, das ordens e convenções eclesiásticas, das congregações locais. Mensageiros do juízo são tidos como estorvo, erva daninha, como inimigos do amor e da paz eclesiástica. O SENHOR ESTÁ ATENTO.
 
E então aquilo que mais parecia fábula ou uma realidade apenas imaginária, simbólica, avassala o planeta todo: UMA PANDEMIA QUE PARALISA A ECONOMIA, QUE CONFISCA BENS, QUE ISOLA PAÍSES, QUE CONFINA PESSOAS, QUE MATA IMPIEDOSAMENTE. Não apenas através da enfermidade adquirida, mas transformando em pó toda a economia dos últimos 30 anos! Voltamos à década de 80!
 
Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. (Lc 21:26)
 
E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. (Lc 21:25)
 
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; (Ap 6:16)
 
Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, (Sf 1:15)
 
Alguém pode perguntar: "Mas por que TODOS estão a sofrer? Por que o Senhor não preservou a Sua Igreja?" Eu respondo: nós não sabemos se esta é a GRANDE TRIBULAÇÃO. Se for (e há possibilidades de o ser), o arrebatamento virá A QUALQUER MOMENTO. Devemos estar atentos e preparados, pois os sinais apontam para uma situação de insolvência mundial, digna de um anticristo solucionador, que virá para enganar as nações. Eu digo: PODE SER, mas não disse que é. E se não for, mas tratar-se de um PRENÚNCIO, então será bom que o povo de Deus abandone os seus próprios pecados, caia de joelhos em terra e suplique a graça do Senhor. Deus não poupou os crentes nas guerras mundiais, nem nos tsunamis, nem nas gripes espanholas ou pestes diversas, mas deu-lhes a graça de servirem aos que sofriam como eles e salvou-os do pecado, concedendo-lhes a vida eterna. Essa nós temos em Jesus Cristo. Nada pode nos afastar dele.
 
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. (2Cr 7:14)
 
Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, (Hb 12:12)
 
É hora de SANTIDADE, de EVANGELIZAÇÃO, de ESPERA, de clamar MARANATA!
 

Wagner Antonio de Araújo

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