OS 
MUITOS
LUTOS 
DE
NOVEMBRO
381
Há muitos lutos para nós, 
cristãos brasileiros. Novembro tem deixado um triste rastro de dor e tristeza. 
Certamente que para os não cristãos o impacto é bem menor. Mas para quem tem 
temor de Deus, são dias de dores.
UM PAPA QUE FACILITA O 
ABORTO DOS CATÓLICOS
Nunca se ouviu algo 
parecido. Um papa que não ouve o povo conservador de sua igreja, não atenta para 
as doutrinas seculares de sua fé. Um papa que beija o Alcorão, faz culto com 
pentecostais e flerta com os comunistas. E agora, desprezando todas as lutas 
contra o aborto, chamado de ASSASSINATO por Deus, declara mentirosamente que 
"concede poderes de absolvição a todo sacerdote católico". O que significa? 
Signfica que as abortistas e os abortadores poderão fazer uma reza e pagar uma 
penitência e então estarão livres do juízo de Deus pelo homicídio realizado. 
Não ouvi ainda nenhum 
protesto católico. Nem li nenhum artigo evangélico, exceto o meu. Nem tenho 
notícias de algum púlpito que proclamou em alto e bom som o juízo de Deus contra 
essa infâmia. Todos fazem silêncio e os bebês abortados não são ouvidos. Meu 
Deus, "tende piedade de nós!"
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
DESCRIMINALIZA O ABORTO
Ontem, de forma sanguinária, a Suprema Corte do Brasil 
considerou, num caso específico, que praticar o aborto até os três meses de 
gestação NÃO É CRIME. No processo, mandou liberar médicos que praticaram o 
"ex-crime". Então, se o feto tiver 91 dias, terá proteção. Mas com 89 ele será 
um objeto sem pessoalidade, um mero tumor, uma "coisa" que pode ser 
descartada.
Imaginei aqueles supremos juízes com o sangue a gotejar de 
suas mãos. Pensei no meu texto PARQUE DOS INOCENTES, como fantasmas que irão 
atormentá-los noite após noite, até que revejam a decisão abominável que 
praticaram. Favorecidos pelo seu papa, sentiram-se, quem sabe, motivados a 
aproveitar a onda libertária do inferno, que destila sangue de abortados da boca 
dos seus filósofos. E então regam o Brasil com a vida dos Abéis impotentes da 
barriga das mulheres.
Uma fagulha de esperança apareceu com os fracos evangélicos 
da Câmara dos Deputados. Querem rever a questão no Congresso. Mas, em se 
tratando destes atuais representantes, isso mais parece jogo de marketing do que 
valores morais. O luto continua....
UM AVIÃO CHEIO DE 
BRASILEIROS CAI NO ABISMO MORTAL
Com gigantesco pesar vimos a tragédia do avião 
do time Chapecoense, de futebol, que caiu por falta de combustível (presume-se). 
Pagaram R$500.000,00 para um frete da morte. Mais de setenta mortos. E por que? 
Porque uma companhia aérea não teve a prudência de fornecer um avião com tanque 
maior, que tivesse autonomia de vôo para a distância a ser percorrida. O 
piloto-proprietário não preparou-se para o inesperado, isto é, para o caso de 
não ter autorização de pousar de imediato. Deu tantas voltas que o combustível 
acabou, os motores falharam, a eletricidade acabou e o avião caiu. 
Dor nacional. Jamais vira uma homenagem tão 
sincera e dolorida como a de ontem, no Jornal Nacional. Digo que chorei com 
eles. E quem, neste Brasil, não chorou também? Pensei na minha filha: quantos 
pais não receberão de volta os seus filhos jovens que iriam participar do 
campeonato? E aquele que iria ser pai em dezembro? Uma dor que custará a 
acabar.
E pensar que esta dor se repete a cada dia nas 
capitais, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o crime e a 
polícia em confrontos, acabando com vidas jovens e tenras, trazendo dor e 
lamento para quem nada tem com isso! Luto que não acaba...
DEZ MEDIDAS CONTRA A 
CORRUPÇÃO DESTRUÍDAS
Para contribuir com a dor, os nossos 
maravilhosos políticos aproveitam a madrugada e a consternação do acidente para 
empurrarem as decisões mais esdrúxulas e mesquinhas de nossa história. 
Conseguiram jogar dois milhões de assinaturas na lata do lixo, que pediam 
medidas drásticas contra a corrupção deles. 
Além disto, imputaram aos juízes e aos 
denunciantes a perseguição e a penalidade. Isto significa que, de denunciantes, 
os que falarem ou procurarem investigar poderão ser presos e punidos, dentro dos 
processos! O juíz que deveria punir acabará punido! E fizeram isso quando 
estávamos dormindo!  Hoje vários deles riram da indignação nacional. Fizeram 
piadas e tranquilizaram-se, pois o caixa 2, investigado pela operação Lava-Jato, 
será anistiado...
Um país de criminosos governantes e um povo 
promíscuo que colhe o fruto de sua própria corrupção.
Por tudo isso continuarei de luto e dobrarei os 
meus joelhos diante do Senhor.
Senhor, tenha piedade do Brasil!
Lança uma centelha de esperança!
Ou que Cristo volte e nos arrebate!
Ou que nos dê forças suficientes para 
mantermo-nos firmes, testemunhantes de Cristo e solidários com aqueles que se 
mantém íntegros. 
Em nome de Jesus.
Amém.
Pastor Wagner Antonio de Araújo
30/11/2016
Para não nos esquecermos:
O 
PARQUE
DOS 
INOCENTES
380
Maria viu-se 
no parquinho infantil. Não entendeu como chegara ali, mas estava feliz. Quantas 
crianças! Elas brincavam de escorregar, de balançar, de gangorra, de trepar nas 
barras de ferro, de chutar bola, de boneca, de fazer castelinhos de areia, de 
correr. Algumas, mais grandinhas, cantavam e outras liam livros com 
gravuras.
"Meu Deus, 
que lindas  estas crianças!", pensou.
- Vocês são 
lindos! Nunca vi crianças tão belas!
- Obrigado, 
tia!
Caminhou 
pelos brinquedos. As crianças, ao verem-na, correram para junto dela. Vieram 
celebrando: "Ehh!" Ela encantou-se. Abraçaram-na pelas pernas, pegaram a sua mão 
e deram-lhe sorrisos que faziam o sol brilhar mais feliz! Que sensação 
maravilhosa!
Uma linda 
loirinha dos cabelos bem penteados; um moreninho dos olhos claros e dentes bem 
formados; uma japonesinha do cabeço redondo, uma gracinha. Tinha meninos cheios 
de sardas, ruivos e outros negros, fortes, bonitos, alegres. Estavam todos ali, 
juntos de Maria.
- Como você 
se chama, menino?
- Eu não sei, 
tia!
Maria 
estranhou, mas pensou que era um descuido.
- Garotinha, 
quantos anos você tem?
- Eu tenho 
três dias, tia!
- Como? Três 
dias? Eu perguntei a sua idade!
- Três 
dias!
Então as 
crianças disputaram a atenção de Maria, falando as suas idades também: 
- E eu um 
mês!
- Eu vinte 
dias!
- Eu um dia e 
meio!
Confusa com 
aquelas palavras, Maria chamou o monitor do parquinho.
- Monitor, 
por que estas crianças dizem coisas tão estranhas?
- Como assim, 
senhora?
- Perguntei o 
nome de alguns e eles não souberam responder. E, ao perguntar a idade deles, ao 
invés de dizerem a idade que têm, falam de idades impossíveis! Falam em três 
dias, trinta dias, três meses, cinco meses! São crianças 
doentes?
- Não, 
senhora. Não são doentes. São crianças mortas...
Maria 
congelou-se e estacou. O monitor continuou:
- Estas 
crianças não nasceram. Elas foram abortadas. Elas não sabem como se chamam. 
Algumas nem receberam nome. A idade que lhe informam é a data em que foram 
expulsas do útero através do aborto. Umas com três dias; outras com um mês; 
algumas com quatro, cinco ou sete meses...
- As mães que 
fizeram isso acharam boas justificativas para si próprias: os bebês seriam fruto 
de estupro; outras disseram que eram jovens demais para serem mães; outras que 
tal nascimento prejudicaria uma futura carreira; outras buscaram esconder da 
família a gravidez indesejada; e ainda outras justificaram-se, dizendo que eram 
seus corpos e que faziam as suas próprias regras... Não é uma pena que estas 
crianças nunca tenham nascido, Dna. Maria? 
Maria então 
gritou:
- Sim, é uma 
pena! Meu Deus, quanta crueldade!  Isto não é justo! Meu Deus, estas crianças 
não podem ter morrido! Senhor, elas nada fizeram para merecer isso! Elas não 
foram ouvidas e nem se fez caso delas! 
Então o 
monitor lhe falou:
- Mas, Dona 
Maria, a senhora não irá abortar amanhã? A senhora não decidiu mandar para cá o 
filho que traz no seu ventre?...
Então Maria 
acordou do sonho com um grito. Sim, ela estava sonhando. Era uma jovem de vinte 
e três anos, solteira, que namorou um rapaz sem comportar-se nem com moral 
cristã e nem com os cuidados necessários. O namorado deixou-a grávida de dois 
meses. Decidira por fim à gravidez. Marcara o aborto para o dia seguinte. Não 
suportaria olhar para o bebê e ver o quanto errara; por isso iria 
matá-lo. 
Suada, 
chorando e desesperada, dobra os joelhos e ora:
- Meu Deus, 
perdoe-me! Pequei contra Ti! Fiz o que não era reto diante de Tua presença! Eu 
conhecia a Palavra e sabia que não poderia relacionar-me sexualmente com o meu 
namorado. Eu não ouvi os meus pais, não ouvi o pastor da igreja e nem a voz da 
consciência. Eu me relacionei com a pessoa errada. Fui agredida, mas eu poderia 
ter evitado. E não evitei. Ah, Senhor, eu marquei o aborto para amanhã e iria 
matar esta criança, este meu filho....
- Eu não o 
ouvia, Senhor! Fui iludida pelos professores e amigas que diziam que o corpo era 
meu e que as regras eram minhas. Eu não supus que o bebê fosse outro corpo e 
outra vida. Eu iria matá-lo, Senhor! Ele iria para o parque dos inocentes e eu 
seria a culpada. E ele gritou no meu sonho...
Maria chorava 
desesperada. Sua mãe entrou. Viu-a neste estado. Ouviu a sua história. Chorou 
também, pois não sabia de nada. E disse:
- Filha, você 
contrariou tudo o que eu e seu pai sempre lhe ensinamos. Você desonrou a nossa 
família, a nossa fé e a si própria. Mas Cristo morreu pelo seu pecado. Você está 
confessando isto agora. Arrependa-se e peça perdão. Não acrescente um 
assassinato ao histórico de sua vida. Eu vou lhe ajudar e iremos criar este 
bebê. Se Deus permitiu a sua concepção, devemos ouvi-lo. Ele não pediu para ser 
gerado. Não o privemos da vida que ele ganhou. Vamos dedicá-lo ao Senhor! Ele 
não deve morrer!
Mãe e filha 
terminaram a madrugada de joelhos. E o bebê nasceu após sete meses. Já faz muito 
tempo, quase trinta anos. Hoje este rapaz cuida da mãe e da avó. Casou-se e 
graduou-se, exercendo cargo de confiança na área de comércio exterior. E já tem 
um filhinho. Deus usou um sonho para despertar na mãe a voz de seu filho que 
queria viver.
O Parque dos 
Inocentes não é lugar para nenhum bebê em gestação. Se estão gerados, 
deixemo-los viver. Afinal, a vida é um dom de Deus. E não somos donos dos bebês; 
somos mordomos do Senhor para deles cuidar, amá-los e ensiná-los a serem pessoas 
de valor. Não há motivo grande o bastante para levá-los à morte e não lhes dar o 
direito de nascer. Enquanto algumas mães não ouvem a voz de seus inocentes a 
quem matam, outras mães lutam com seus bebês enfermos ou prematuros pelos 
hospitais infantis do mundo. Perguntemos a cada uma se estão arrependidas de 
terem dado à luz e ouvirão um sonoro e gigantesco NÃO. Quanto mais difícil a 
situação, maior o amor que se cultiva e maior a vontade de doar-se pela criança 
que sofre.
Se alguém que 
me lê já abortou, saiba: seu filho ou filha é uma das crianças daquele parque 
imaginário. O sangue deles clama a Deus. Há culpa sobre você, mãe que abortou. 
Mas ainda há uma esperança: Cristo. Ele morreu pelos seus pecados. 
Arrependimento genuíno e fé exclusiva em Jesus lhe dará a graça de ter os seus 
pecados transportados para a cruz do Calvário. E, pela fé, terá o pagamento dos 
mesmos pelo sangue de Jesus. Uma alma arrependida e convertida a Cristo pode 
tranquilizar-se: Cristo pagou pelo mal e Deus lhe perdoou para sempre. Porém, 
NUNCA MAIS peque contra o Senhor. Ele não terá você por 
inocente.
Levando ele mesmo em seu 
corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, 
pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. (1Pe 
2:24)
E jamais me lembrarei de 
seus pecados e de suas iniqüidades. (Hb 10:17)
Cheguemo-nos com 
verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da 
má consciência, e o corpo lavado com água limpa, (Hb 
10:22)
Não matarás. (Ex 
20:13)
Obs: estória 
fictícia, mas baseada em inúmeros casos reais, 
infelizmente.
Pr. Wagner 
Antonio de Araújo
28/11/2016


 
 

