sexta-feira, 19 de junho de 2020

memórias literárias - 894 - A FÉ QUE FAZ VIVER - 05 - A FÉ QUE INSPIRA

05 - A FÉ QUE
INSPIRA
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Série:
A FÉ QUE FAZ
VIVER!
 
894
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.  Estamos analisando temas relacionados com A FÉ QUE FAZ VIVER. Hoje refletiremos sobre A FÉ QUE INSPIRA.

Eu tenho orado ao Senhor para que os meus filhos vejam em mim e em sua mãe a autêntica fé que possa inspirá-los. Inspirá-los a uma dedicação incondicional ao Salvador; inspirá-los a nunca desistirem de fazer a vontade de Deus; inspirá-Los a empregarem todas as suas forças no Reino do Senhor.

E tenho muitos exemplos que trago com carinho no meu coração.

Um deles foi o do Pastor Timofei Diacov. Um homem que não apenas deixou saudades, mas que deixou um exemplo altamente inspirativo. Quando criança passou fome, ao lado de seus irmãos. Quando adolescente foi trabalhar em diversas coisas que se lhe apresentavam: lavanderia, alfaiataria, doceria etc. Ele fez de tudo e vivia com muito pouco. Deus o converteu e ele foi chamado pelo Senhor para ser um pregador do evangelho. Estudou o quanto pôde. Preparou-se numa escolinha teológica que, antes de sua formatura fechou. Então candidatou-se a ser aluno no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Formou-se e foi consagrado. Pastoreou diversas igrejas no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Mais de sessenta anos de ministério. Escreveu milhares de artigos e deixou gravados centenas de programas radiofônicos. Ele descansou no Senhor, mas o seu exemplo perdura na minha vida, pois ele teve a fé que salva e que inspira.

Lembro-me de Sebastião Emerich. Um homem da roça, trabalhava no alambique. Um dia o Pr. Rodrigues & Rodrigues pregou o evangelho naquela fazenda e ele veio a converter-se. Analfabeto, aprendeu a ler na Bíblia. Em São Paulo foi trabalhar em Alphaville, tornou-se um almoxarife. E foi membro fundador da Igreja Batista em Sumarezinho. Um dia o Dr. Russell Shedd pregou naquela igreja e teve um debatedor à altura. Ele não entendia como o irmão Sebastião era tão profundo em suas considerações. Ele leu as Escrituras Sagradas 324 vezes (apenas as que computou) e nos últimos anos tinha o rosto brilhante, pois via a Deus em sua comunhão diária. Foi recolhido à presença do Pai com mais de noventa anos, deixando um exemplo inesquecível de fé legítima e inspirativa no Senhor Jesus.

Não posso me esquecer de meus pais também. Antonio Paulino de Araújo, um jovem que deixou Cambuí em Minas Gerais e veio trabalhar em São Paulo. Era analfabeto mas conseguiu chegar até o primeiro ano de engenharia civil. Adoeceu e deixou os estudos, ficando como bancário. Um homem duro, que não conhecia o amor e nem a compaixão. No entanto, depois de minha conversão, papai recebeu Jesus em sua vida e teve uma  profunda transformação. Prestes a ficar cego atravessava as madrugadas a ler a bíblia com vigor e longos períodos. Dizia ele que estava guardando no coração as palavras que o consolariam em épocas de escuridão nas vistas. Procurou cada pessoa que prejudicara antes de se converter e pediu perdão. O meu pai deixou um exemplo maravilhoso de transformação e de fé que inspira.

A minha mãe Elzira Bonfante foi outra inspiração. Quando eu me converti a Cristo ela ofendeu-se e chorou imensamente, pois dizia que eu havia rompido com a religião da família. Numa noite, no entanto, quando eu chegara da escola, ela veio à porta dizer que convertera-se fritando bifes. Contou-me que enquanto cuidava da carne na frigideira pensou em tirar um pedaço da imagem de escultura que estava pendurada no corredor. Quando viu o material, que consistia em jornal velho e arame, decidiu que à partir daquela noite só creria em Jesus Cristo, que não precisava de uma imagem, mas que estaria para sempre em seu coração. Mamãe foi transformada. Foi esposa fiel e primorosa, foi mãe virtuosa, foi crente dedicada. O pastor encontrava em suas orações e conselhos a ajudadora e a mãe de que precisava. A igreja a amava. Quando ela não pôde mais caminhar, os irmãos vinham celebrar o culto com ela. Em 2005 mamãe partiu. Mas a inspiração de sua fé permanece comigo até hoje.

Prezado ouvinte, a quem a sua fé inspira? Estaria você vivenciando os valores de Cristo a tal ponto, que outros, ao prestarem atenção em você se inspirariam a serem mais fiéis, mas consagrados, mais confiantes no amor do Senhor e no suprimento pela fé? Ou a sua maneira de viver não pode ser considerada como uma expressão inspirativa da fé? Não importa: ainda é tempo de reconstruir e de transformar a sua fé em inspiração. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras (Ap 2:5).  Deus pode restaurar a sua fé e reaquecer a sua vida de tal maneira, que também terá uma fé que inspirará a outras pessoas! E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. (2Cr 7:14). Que hoje seja tempo de regresso e de transformação. Que Deus nos abençoe. Amém.
 
Wagner Antonio de Araújo


 

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