terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

memórias literárias - 406 - RADIOGRAFIA DESTE TEMPO


RADIOGRAFIA
DESTE TEMPO


406
Gravem-se trinta telejornais durante um mês. Analisem-se os temas abordados. A proporção do material será esta: 50% das notícias dizem respeito à corrupção, ao roubo do dinheiro público, aos desmandos políticos; 25% será a divulgação das trágicas consequências de um país corrompido: violência, greve, protesto, acidentes, ameaças. Aqui incluem-se as desinteligências no exterior também: guerras, terrorismo, líderes incapazes e malucos, crises insuperáveis e constantes. Os outros 25% mostrarão shows, baladas, esportes, festejos, carnavais, apresentações gigantescas, intrigas entre celebridades. Este é o caldo de informações ao qual somos submetidos diuturnamente pelos que detém as mídias informativas deste país e, quiçá, do mundo.
Quem disto se alimenta boa coisa não pode tornar-se. Regado pela corrupção, pela violência e pelo espetáculo sodomita da atualidade, o pomar só produzirá frutos podres e mortais. A mesma sociedade que hipocritamente combate a violência, pedindo a paz, é a que promove a formação de mentes violentas, promíscuas e corruptas. Lançam campanhas pela esperança de tratar bem as crianças, e colocam como protagonistas as atrizes que abortaram os seus fetos inocentes. Pedem paz para as cidades e exibem filmes que pingam sangue na sala das residências. Afirmam que é necessário ter paz e altruismo e injetam séries de mortos vivos e de demônios. Canais infantis que supostamente fornecem materiais didáticos e de entretenimento sadio divulgam desenhos de feiticeiras, demônios, buling e desobediência aos pais. A mão que fere é a mesma que afaga a ferida, machucando mais ainda.
Os antigos protocolos de Sião já preconizavam que este seria o plano final. E a Bíblia, única fonte legítima de profecia, anunciava que viveríamos dias terríveis. A ciência multiplica-se por completo em menos de dois anos e torna obsoletos os conceitos aprendidos na semana passada; a tecnologia progride de forma desenfreada, impedindo que consigamos acompanhar tal progresso com a mesma destreza. E, na contramão de tudo isso, o caráter, a personalidade e o coração do homem regridem, afundam, apodrecem e exibem uma sociedade imunda e pecaminosa,  sem precedentes na história da humanidade. Criamos uma civilização tão injusta e imprópria e ainda achamos que não é assim! Pois basta perguntarmos: qual a diferença entre estes dois grupos: o primeiro formado por um médico, um bombeiro, um policial, um professor, um juiz, um ministro religioso, um cuidadorde idosos, e o segundo formado por um jogador, um lutador, uma dançarina de axé, um funkeiro, um travesti que fala da vida alheia na tv e um MC-funkeiro? A diferença é que o primeiro grupo serve, salva as pessoas, é imprescindível e recebe esmolas como pagamento de seus serviços; já o segundo grupo não vive pelos outros, mas para si, nada constroi, pelo contrário, demole,  e ganha uma fortuna incalculável desta mesma sociedade! Um funkeiro atual cobra 50 mil reais para cantar um lixo monstruoso e gesticular promiscuamente diante de mulheres mundanas durante 15 minutos, ao passo que um professor, para ensinar por 8 horas diárias a uma classe indisciplinada e rude ganha  uma miséria indescritível no final do mês! "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" (Is 5:20); "Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos." (Tg 5:4)
Esta é a radiografia deste tempo. Sua música é a expressão de sua nulidade. Onde estão as canções inesquecíveis, românticas, permanentes, de melodias belas e encantadoras? No passado. Hoje só temos lixo, frases de sexualidade desenfreada, hedonismo absoluto e nenhum raciocínio. Não há mensagem, não há enredo, não há estória, não há patriotismo, não há moral, não há reflexão. O que se houve são grunhidos, suspiros, palavrões, afirmações de sexo e de despudor e muito, muito barulho, ruído, sons de percursão e bombas. A mente desta geração não aprecia o belo; ela não o conhece e foi treinada para rejeitar tudo o que é valioso. Mostre uma música clássica, uma melodia, uma canção reflexiva dos anos setenta a um adolescente moderno e a resposta será: "Para com isso!". Se compararmos a sua mente à memória RAM do computador, ele foi programado para usar 100 Kb, num espaço de 4 Mb, e não admite expandir em nada os conceitos que recebeu. Sua mente não tem aplicativo; tem virus!
Mundo pré-tribulacional, tempos em que o palco se monta para o grande espetáculo macabro do anticristo. Ele prepara um povo maligno, maleável, que não pensa, que não reage, que engole o que não presta; é a antítese do que Deus fez na vinda de Cristo, enviando João Batista para preparar um povo para o Messias. "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas." (Mc 1:3). Hoje os joões batistas do Maligno arvoram pela mídia a preparação para a vinda do anticristo, esparramando a sua mensagem: a morte é bela, o suicídio é uma alegria, a promiscuidade é o ápice da felicidade, a violência é meu direito, eu posso fazer o que quero, a vida é curtir e ousar. O resultado está aí: nem de casa as famílias podem sair, pois os bandidos estão à porta. Quando não, acontece o que vimos na cidade de Cravinhos: a mãe de um menino de dezessete anos matou-o à facadas, dentro de casa, por divergir dele! "E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão." (Mt 10:21)
E o cristão? Aliás, ainda existe? Sim, em pouca quantidade. Não é pelo número de igrejas que se contam cristãos; é pelo número de corações quebrantados e renascidos pelo Espírito Santo. Hoje há muitos templos e pouca igreja. A que progride e que invade os templos é a igreja apóstata, tão rebelde quanto a geração presente. Não aceita mais os vocacionados para o ministério, chamados pelo Espírito Santo. Ela mesma forja os seus ministros, buscando jovens agregadores de gente, de cabeça arejada, que não falam sobre pecado, mas pregam a vitória, a cura e a auto-estima. "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;" (2Tm 4:3). Os seminários confessionais submeteram-se ao crivo do governo, buscando equiparações que não valorizaram os formados; apenas enfraqueceram os currículos; e, aos poucos, os seminários migram das instituições para cursos na internet e, destes, para curso nenhum. Igrejas buscam quem fala e agrega, não quem conhece e é fiel às Escrituras! "E dar-lhes-ei meninos por príncipes, e crianças governarão sobre eles." (Is 3:4); "Quando alguém pegar de seu irmão na casa de seu pai, dizendo: Tu tens roupa, sê nosso governador, e toma sob a tua mão esta ruína;" (Is 3:6)
Mas os autênticos cristãos são um capítulo à parte. Eles ousam contrariar a maioria e não seguir a voz estranha, disfarçada de Cristo. "Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos." (Jo 10:5). Eles não abdicam da mente, pois, para eles, crer também é pensar. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre" (Sl 111:10). Eles só acatam ensinos quando estão de acordo com a Bíblia. "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim." (At 17:11). Eles não seguem a maioria, festejando suas alegrias, maculando o corpo com tatuagens e piercings ou participando dos festins. "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Rm 12:2); "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tg 4:4). Estes cristãos vivem em vigilância e oração, pois sabem que poderão morrer ou Cristo poderá voltar, e devem ser encontrados fiéis. "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." (Lc 21:36)
Finalizando: a radiografia deste tempo mostra um doente em estado terminal. O mundo passará pela Grande Tribulação em breve. Estaria o leitor preparado? Estaria pronto para um encontro com o Senhor agora? "Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus. "(Am 4:12)
"Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus" (Ap 22:20)
Wagner Antonio de Araújo

14/02/2017

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