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REFLETINDO
SOBRE
A RELEVÂNCIA DE
NOSSOS
PÚLPITOS
A Igreja Batista do Jardim
Brasil não fazia parte do circuito das mais importantes igrejas da cidade. Ela
não era centenária, ela não era rica, ela não tinha centenas de membros, ela não
estava na agenda das atividades nacionais. Na verdade o bairro era proletário, a
rua era congestionada e estreita e dificilmente alguém a colocaria no rol dos
templos mais impressionantes.
Só que ela tinha em seu
púlpito um JOSUÉ NUNES DE LIMA. Um homem simples, da roça, de Andradina,
convertido e batizado pelo Pastor Altino Lima, um homem segundo o coração de
Deus. Veio para São Paulo e não exitou em trabalhar na zona cerealista do Brás
carregando caixas ou de ser alfaiate. Aceitou o desafio de dirigir uma
congregação no meio do barro e do pasto, um local quase inabitado, inóspito, mas
que era o seu desafio missionário. Descia do ônibus com a família e seguia à pé
com os pés na lama. Na porta do salãozinho havia uma torneira onde lavavam os
pés e calçavam outros sapatos. Aos poucos (em anos!) o bairro tornou-se
populoso, a igreja cresceu e tornou-se referencial.
Mas a referência era JOSUÉ
NUNES DE LIMA. Seu púlpito era eletrizante. Sua voz possante. O conteúdo
profundo e bíblico. A retórica e homilética impressionantemente elevada e
completa. Gente de longe vinha ouvir esse servo do Senhor. Ele transformou o seu
púlpito numa relevante tribuna religiosa à altura de um Martinho Lutero. Era o
"assim diz o Senhor" que o povo encontrava naquela igreja de periferia e
subúrbio.
Quantos convites Josué
rejeitou, convites para grandes e ricas igrejas, importantes centros da
denominação, congregações cujos ministérios repercutiriam internacionalmente.
Josué, porém, a todos rejeitava. Ele queria ser pastor de uma só igreja e não se
importava que fosse dessa simples igreja de bairro. Não que impusesse isso para
outros colegas, mas era a missão que recebera de Deus.
Se quiséssemos ver um
príncipe do púlpito, poderíamos ouvir o Pastor Josué no Jardim Brasil. Se
quiséssemos um mestre em teologia, em educação, em língua portuguesa, em
práticas ministeriais, era o Pastor Josué quem procurávamos. Quando a
denominação, nos anos em que era administrada por homens que levavam conselhos
de veteranos obreiros a sério, precisava de uma orientação, era no gabinete de
Josué que encontravam a boa reflexão e o bom caminho.
Muitos de nós são pastores
de pequeninas igrejas, em bairros inexpressivos para os grandes medalhões, que
sequer são mencionados em relatórios de progressos relevantes. Não importa. Os
nossos púlpitos, mesmo que de bambus, de tábuas compensadas ou de plástico,
podem ser tão preciosos, tão dignos, tão elevados, tão importantes quanto os
feitos de ouro, marfim ou madeira de lei. Basta que sejamos pastores conscientes
de que a nossa pregação deve ser bíblica, bem preparada, regada à oração e com a
dignidade de um profeta do Altíssimo Deus. De um púlpito de periferia e de
subúrbio pode Deus transformar toda uma geração.
Que sejamos quais o Pastor
Josué Nunes de Lima e que façamos de nossas congregações humildes grandes
catedrais da oratória cristá.
Wagner Antonio de
Araújo
3. ARTIGOS DO PR. WAGNER
ANTONIO DE ARAÚJO
4. BIBLIOTECA VIRTUAL DA
OPBCB
5. VELHO REALEJO
CRISTÃO
6. ARTIGOS DO PASTOR TIMOFEI
DIACOV
7. MEMORIAL DO PASTOR JOSUÉ
NUNES DE LIMA
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