A
SANTA
VAI
SAMBAR
413
Se o leitor leu o texto
acima, soube que
1 - Uma escola de samba de
Vila Maria, em São Paulo, decidiu levar para a avenida a santa Nossa Senhora de
Aparecida;
2 - Também descobrirá que a
Igreja Católica Romana, através do Sagrado Magistério (Bispos) deu o aval e a
bênção, ainda que estabelecendo algumas condições;
3 - Saberá que um grupo de
católicos revoltou-se e circula um abaixo-assinado, tentando desmanchar essa
aparição e secularização da fé católica;
4 - Lerá que os padres e o
bispo estão praticando a apologia do Carnaval para levar a fé onde o povo está,
criticando os que condenam a participação.
Eu fui católico romano.
Lembro-me com que respeito e devoção um católico deveria se comportar nas
igrejas e diante dos altares. A fé era para ser respeitada. Como o Padre Zezinho
diz nas canções, ainda sou do tempo em que um católico, ao passar na porta da
igreja, tirava o chapéu e fazia o sinal da cruz.
Deixei de ser católico não
por zombar ou desprezar a fé, mas por ter entendido na Palavra de Deus, que eu
já amava, que esse ato de veneração de imagens e objetos não tinha o respaldo da
revelação divina, por mais respeitoso e nobre que pudesse ser. Tendo optado por
considerar a Bíblia por única norma de fé para a minha vida (e não mais a
tradição e o Sagrado Magistério, ou seja, a autoridade dos bispos e papas e as
tradições culturais existentes), encontrei este texto, crucial para a minha
mudança de atitude: Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás;
porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais
nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. (Ex
20:4-5). Fundamentado neste texto inicial decidi adorar apenas ao
Deus vivo, que não se condiciona a objetos, nem quer ser lembrado através deles.
Porém, compreendo
perfeitamente a perplexidade de muitos católicos ao verem novamente a sua fé ser
motivo de folia carnavalesca. Em 1989 Joãozinho Trinta já havia causado frenezi
ao levar o Cristo Redentor para a avenida. Proibido de exibi-lo, cobriu-o e
causou mais sucesso ainda. Agora, uma vez mais, o catolicismo romano expressa a
sua secularidade na avenida, justificando, para isso, que o samba contará a
história da suposta santa (Maria, a mãe de Jesus, é uma coisa; a história da
imagem é outra). Disse que a fé tem que ir aonde o povo
está.
Este é o cenário da banalização da fé cristã em todas as suas
ramificações. Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de
malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram o Santo de
Israel, voltaram para trás. (Is 1:4). Enquanto os muçulmanos oram
várias vezes ao dia e aborrecem-se com quaisquer utilizações de seus nomes
santos pelos que não pertencem à fé, os cristãos são os primeiros a lançar o seu
Deus na lama das depravações. O catolicismo sempre fez isso, não da forma em que
expõe a fé no Carnaval, mas nas festas anexas às celebrações de santos, onde,
após as missas, dá apoio e promove os bailes e as festas que de santas não têm
nada. Digo isto porque conheço bem as festas católicas do interior! Misturar fé
e entretenimento é obra de gente que não vive a fé de verdade. Por isso, mais
uma vez, veremos cristãos brincando com a sua fé.
Os católicos "protestantes"
correm contra os desfiles com imagens de santos. Já os evangélicos deixam as
igrejas e vão para as avenidas, buscando sambar com músicas religiosas,
misturando a água pura no esgoto dos carnavalescos. Nós bem sabemos qual é o
resultado da mistura. Alguém beberia um copo de água que fosse composta com água
mineral e com água de esgoto? Claro que não! Mas os atuais cristãos querem
fazer-nos entender que, ao final do festejo do Carnaval o resultado será um
excelente copo de água pura, na mistura do satânico culto a Momo e do suposto
culto ao Cristo da avenida. Graças a Deus temos também um grupo de protestantes
"protestantes"!
Mistura! Sincretismo!
Bagunça! Banalização da fé! É tudo que vemos, tristes e perplexos, neste século
21. Nesta semana um programa da televisão, dedicado a satirizar programas de um
canal, inventou a ESCOLINHA DE DEUS. Ali, diante de todos os telespectadores,
mostraram um Jesus que era um playboy e um Judas gay, que entregava a Jesus para
os policiais. Ao final Deus, simulando o professor Raimundo dos cômicos, diz,
fazendo um gesto com a mão: "E o Calvário só aumenta...". Uma atriz,
entrevistada pela TV cultura, octogenária, contava suas peripécias da profissão.
Indagada por um espectador do auditório quanto à exposição extrema do
homossexualismo nas novelas, disse: "Eu acho isto perfeito. Está na hora dos
cristãos pararem de encher a paciência e amarem a todos!" Quer dizer, o problema
do mundo se chama CRISTIANISMO. Mesmo calados, mesmo sem dizer uma palavra, os
cristãos, não os nominais, mas os que ousam ser diferentes e fazer a Bíblia a
sua regra de fé, incomodam a toda gente!
Onde vamos parar? No pé do
arrebatamento e do início da Grande Tribulação. O mundo irá de mal a pior, quer
queiram, quer não queiram os liberais. A fé cristã está como as abelhas no
mundo: desaparecendo a passos largos. Está sobrando gente nas igrejas, mnas
faltando cristãos autênticos. Estão sobrando templos e faltando igrejas! Nos
grupos de youtubers cristãos, os cômicos da fé avolumam-se de forma
desesperadora. Caçoam da fé, caçoam da oração, caçoam dos usos e costumes,
caçoam de tudo. Aliás, tudo o que não se concorda hoje é chamado "usos e
costumes". Seria bom lembrar o que a Bíblia diz: Não
removas os antigos limites que teus pais fizeram. (Pv 22:28); Não vos enganeis:
as más conversações corrompem os bons costumes. (1Co 15:33); Portai-vos de modo
que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
(1Co 10:32). Somam-se a isso os chamados "desigrejados" ou
"destemplados" que, longe de serem o exército largado a agonizar pela igreja,
são os novos apóstatas, que proclamam um Cristo sem igreja, negando da Bíblia as
próprias recomendações: Não deixando a nossa
congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. (Hb
10:25). Quem abandona o ato de ser membro de uma igreja (poderia
procurar uma congregação melhor ou cooperar na fundação de uma nova
congregação) declara ser tão bom que não precisa de outros cristãos. Irá lavar o
pé de quem? Irá servir a quem? Crentes em carreira solo não foram planejados
pelo Senhor...
Diante deste festival de
bestialidades da fé, o que nós, cristãos que cremos unicamente na Palavra de
Deus, devemos fazer?
E não
sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus. (Rm 12:2)
Não ameis
o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele. (1Jo 2:15)
E salvai
alguns com temor, arrebatando-os do fogo, odiando até a túnica manchada da
carne. (Jd 1:23)
Não sei quanto da "medida
dos amorreus" será completado até o final do Carnaval, no Brasil. Mas peço:
Senhor, tenha misericórdia de meu país, desperta o amor da geração eleita,
reaviva a Tua igreja!
Ouvi,
Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no
meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia. (Hc
3:2)
Wagner Antonio de
Araújo
24/02/2017
Pr. Wagner o Sr. Trouxe à luz, todos problemas que a Igreja enfrenta hoje. Essa parcela heterogênea confunde boa parte das pessoas incautas. O mal está incrustado no meio da Igreja,
ResponderExcluirComo joio no trigo. Há se tivesse como arrancar, essa erva daninha!