quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

memórias literárias - 584 - DESCOMPOSTURA

DESCOMPOSTURA
 

 
584
 
O presidente do Senado Federal, que deveria ser exemplo de honestidade, respeito e compostura acaba de pronunciar-se contra alguns movimentos ali acontecidos. O que disse? Uma expressão chula, indigna do cargo que ocupa. Isto tem sido típico em todas as esferas onde as pessoas atuam. O povo não têm mais pejo e nem elegância; os palavrões e a linguagem de baixo calão tomaram conta de tudo. Atualmente os vídeos mais procurados são os dos bastidores de jornalistas, humoristas e - pasmem - dos pastores, que xingam até não encontrar mais vocabulário baixo em suas mentes.
 
O palavrão é um fenômeno universal. Mas a sua banalização e imposição é fruto da mídia. Começou com músicas que sutilmente inseriam pequenas palavras feias. Cresceu nos cinemas, com diálogos pra lá de coloquiais. Desenvolveu-se e, com o fim da censura federal, entrou para as novelas e programas de auditório. Os dubladores receberam ordem de interpretar os atores com a rudeza das expressões que chegavam nos filmes. E então, com o advento da internet, o whatsapp, o facebook, a língua do esgoto tornou-se a língua de todos. Satanás aplaude efusivamente!
 
Não há mais compostura. Vários pastores, padres, músicos e professores cristãos falam palavrão. Na casa de muitos cristãos a linguagem tornou-se obcena e maligna. Termos horrendos até poucos anos passaram a ser interjeições, substantivos, adjetivos e uma série de outras coisas. Mantém um certo respeito nos momentos públicos, mas vivem como ímpios no privado. Conheci um segurança pessoal, que trabalhava para um suposto apóstolo e para a sua família. Gente de sucesso, com TV e rádio, era um desastre em casa. O tipo de linguagem que era usada aos gritos naquele lar não poderia ser descrita nem em privado...
 
"Ah, mas isso é a evolução da língua." Evolução? Só se for de ser humano para um verme. Não, senhores! Isto tudo se chama DESCOMPOSTURA de uma sociedade hedonista, malcriada, que não tem respeito pelo próximo e nem um coração culto e construtivo. O que mais se vende, se assiste, se ouve e se divulga é o que não presta. E não há mais surpresa, espanto. Tornamo-nos insensíveis para a descompostura. Não faz muito tempo um pastor-deputado assembleiano xingou a esposa no rádio, quando esta não satisfez ao seu desejo de falar o que ele queria. Um pastor, ao classificar os pecadores, mandou-os "para aquele lugar", esquecendo-se de quem era ou de que ocupava o púlpito do Senhor!
 
Como anda o seu whatsapp, o seu messenger, o seu facebook? A pessoa a quem você mais considera e que é digna do seu maior respeito poderá ver os seus escritos e bater palmas de alegria? Ou você sentirá vergonha? Se pudesse corrigiria algumas expressões? Pois saiba que esta pessoa mais importante vê tudo o que você faz, fala, escreve, canta ou pensa. Ele é Deus. Ele é Jesus. Ele é o Espírito Santo. E se entristece com tamanha agudeza de estilo. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. (Ef 4:30)
 
Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. (Tt 2:8)
 
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. (Ef 4:29)
 
Está na hora de limparmos a boca e purificarmos a língua. O mundo está perdido e busca exceções. Que as sejamos!  Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mt 5:16)
 
Wagner Antonio de Araújo

13/12/2017

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