quarta-feira, 17 de abril de 2013

memórias literárias - 65 - JESUS - UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL


65 - JESUS - UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL

SERMÃO No. 64 –27/03/2005

SÉRIE DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005

SERMÃO 4 – JESUS – UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL


TEXTO BÍBLICO: I Coríntios 6.14:

“Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder”


INTRODUÇÃO

Temos meditado, nesta série de conferências, sobre a pessoa bendita de Jesus Cristo, a quem denominamos UM HOMEM SEM IGUAL. E, na medida em que as noites passam, procuramos analisar pormenorizadamente alguns aspectos desta inaudita e augusta pessoa. Descobrimos que ele é um homem sem igual, porque sua vida foi sem igual. Seu exemplo, suas obras, suas palavras, seu nascimento, seu ministério, mensagem, sacrifício, tudo foi especial em Jesus. Também caminhamos e sentimos a sua dor, que foi sem igual. Não restringiu-se à dor física, ainda que esta fosse desumana e cruel. Seu sofrimento foi espiritual, foi moral, foi vicário, isto é, em lugar dos outros, foi representativo, e sentimos tristeza, ao saber que a dor da ingratidão continua real, mas exultamos ao descobrir que há gozo em seu coração, no instante que um pecador inconverso decide-se entregar ao Filho de Deus. Em nosso último encontro, estivemos a contemplar Jesus Cristo, pendendo na cruz, sofrendo amarga dor, e pregando, com suas últimas palavras, o maior sermão de todos os tempos. Ali, Jesus teve, em frases soltas, a maior de todas as oportunidades, para mostrar quem realmente ele era: bondoso, amoroso, dando valor ao próximo, não omitindo os cuidados com sua família, sofrendo sacrificialmente em lugar de todos os homens e completando essa obra, e, por fim, rendendo a sua alma ao Pai.

Entretanto, nos dizeres do Apóstolo Paulo, “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (1Co 15:14). Sim, porque o ministério de Cristo, teria terminado no pior de todos os fracassos de toda a história. A nossa fé seria a fé em um homem vencido, um mero mártir de mais uma causa humanitária, um pobre ninguém, que fez nome na Palestina. Ou, então, seria mais um líder religioso, a ludibriar os seus adeptos, ou um filósofo a proclamar  bons princípios para a vida, ou, nos dizeres espíritas, uma alma iluminada, que guia os fiéis à luz.

Cristo, entretanto, teve algo que nenhum líder religioso, pôde ter até hoje. Nenhum vulto da história, nenhum personagem do universo, ninguém contou com um fato marcante e decisivo sobre a sua carreira: CRISTO RESSUSCITOU! Aleluia! Ele saiu da seputura, vivo, não em espírito, mas em corpo e alma, o mesmo corpo que sofreu no Calvário, foi o corpo que foi tirado da sepultura, e revestido da incorruptibilidade eternal!

Mas, poderiam alguns dizer, houve outros personagens bíblicos, que também ressuscitaram. Cristo mesmo ressuscitou algumas pessoas. No velho testamento, encontramos um profeta ressuscitando quando o seu corpo encostou nos ossos de outro profeta. Em que a ressurreição de Cristo foi sem igual, e o torna único e todo-suficiente para a nossa fé?


I – SUA RESSURREIÇÃO FOI CORPÓREA

Há uma lenda religiosa, que diz ter Jesus ressuscitado espiritualmente apenas, que o que saiu da sepultura, foi apenas a sua alma, não o seu corpo. E, pasmem os senhores, há crentes sinceros, ignorantes, que acreditam numa tal mentira!

Sim, Cristo ressuscitou, e foi ressuscitado fisicamente! E o seu corpo saiu transformado da sepultura. Nós sabemos que “carne e sangue não herdarão o Reino de Deus”, conforme lemos em I Coríntios 15.50. Sim, carne e sangue representam a humanidade decaída, a velha natureza, a vida que termina, que morre, que vira pó novamente. Essa natureza não terá parte nos Céus, tendo em vista que está sob a maldição do Criador, que puniu Adão e todos os seus descendentes, com a volta ao pó, de onde foi criado.

Entretanto, após a ressurreição de Jesus, Ele, ao aparecer aos seus onze apóstolos, vendo que pensavam ser ele um espírito, um fantasma, uma alma, uma mera aparição, ordenou: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.”(Lc 24:39). Sim, carne e sangue não herdarão o Reino de Deus, mas carne e ossos, transformados, incorruptíveis, revestidos de algo tão poderoso, que brecará todas as funções decaídas desse corpo, isto sim, herdará o Reino de Deus!

E Cristo saiu assim, da sepultura! Oh, graça bendita! Oh, poder sem igual! Que é capaz de tomar um corpo morto, inerte, e dar-lhe novamente a vida! Cristo não ficou na sepultura, Cristo saiu, saiu na madrugada, e está vivo pelos séculos dos séculos!

II – SEU CORPO RESSUSCITADO É INCORRUPTIVEL

Cristo, ao sair da sepultura, saiu com um corpo transformado. Observamos Jesus aparecendo em um determinado lugar, e, em seguida, desaparecendo e indo para outro, sem precisar se locomover com as pernas. Vemos Jesus comendo com seus apóstolos, ao menos em três ocasiões (com os discípulos de Emaús, com os apóstolos incrédulos e com João e Pedro, à beira do lago). Ele comeu, e, se não comesse novamente, não teria o menor problema, porque o seu corpo não precisa mais de comida!
Cristo ressuscitou com um corpo glorificado! Sua luz, sua beleza, sua perfeição, sua glória, sua capacidade, tudo em Cristo, em seu novo corpo, é perfeito!

Os que ressuscitaram, ao longo da história bíblica, não tiveram essa ressurreição eterna, mas apenas um prolongamento provisório da vida. Lázaro, por exemplo, depois de sair da sepultura, viveu com suas irmãs Marta e Maria, até morrer novamente. O filho da viúva de Naim, também. A menina, filha de Jairo, apesar de ter ressuscitado, veio a falecer como todas as outras mortais! O rapaz que caiu do segundo andar, enquanto o Apóstolo Paulo pregava, também morreu posteriormente. As pessoas que saíram do cemitério, no instante em que Cristo morreu na cruz, um efeito colateral do enorme poder de sua vida, certamente que voltaram a viver algum tempo, mas que, depois, chegada a hora derradeira, partiram para a eternidade novamente.

Cristo, não. Cristo ressuscitou, não para morrer de novo, não para ir novamente à sepultura, não para voltar a sofrer, não para nascer novamente de uma nova Virgem Maria. Cristo saiu da sepultura, vivo dentre os mortos, para viver para sempre, para ter um corpo que nunca envelhecerá, um corpo que não se machucará, que não ficará doente, que não se tornará pó, porque não faz parte mais da velha criação, do pó da terra, mas possui em sua composição, elementos celestiais, que o tornaram uma nova criação! Apenas ossos e carne guardam a ligação com a humanidade existente, mas, o recheio interior, tudo é novo, é perfeito, é maravilhoso, é glorioso!

III – SUA RESSURREIÇÃO PROVA SEU PODER

Se Cristo não tivesse ressuscitado, a morte continuaria vitoriosa, sendo a soberana sobre toda a humanidade e sobre todos os seres vivos. Se Cristo tivesse permanecido morto, então o seu poder seria limitado e jamais poderia salvar qualquer um que cresse nele. Se não teve poder para livrar-se da morte, como livraria os que nele confiam?

Essa é uma das inúmeras razões, pelas quais nós, crentes bíblicos, não rendemos qualquer veneração a imagens de pessoas que foram boas, religiosas, mas foram mortais, estão sepultadas. Essas pessoas não saíram da sepultura. A morte as venceu. E, se não contarem com um Salvador, estarão perdidas para sempre! Como poderiam fazer algo por nós? Como esses mortais poderiam intervir, mortos como estão? Por isso eles não são intercessores ou mediadores entre Deus e os homens, porque a morte foi mais forte do que eles.

Contudo, Cristo, ao sair da sepultura, vivo dentre os mortos, por conta própria, pelo poder do Espírito Santo, com a ordem do Pai, provou que é mais forte do que a morte, e pode intervir na salvação de todo aquele que crê! O seu poder não é apenas hipotético, ou seja, um poder só de palavras! O seu poder é real, é verídico, é verdadeiro, e a sua ressurreição prova isso! Por isso, nós podemos confiar em seu nome, em sua graça, em sua presença, para sermos salvos, e sermos também, um dia, ressuscitados de entre os mortos! Disse ele: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11:25) Cristo provou as palavras que disse, tempos atrás, quando pregava a sua mensagem: “Ninguém tira a vida de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10:18). Aquele que teve poder e autoridade para tomar sua própria vida, de volta, da sepultura, pode salvar a todo aquele que confiar nele, e obedecer ao seu mandamento, de confessá-lo como salvador, e segui-lo como discípulo! Que Salvador bendito!

IV – A SUA RESSURREIÇÃO PROVA A VITÓRIA

Três dias se passaram, e Cristo esteve morto, por esse tempo. Com dificuldade levantamos os dados referentes a esse período de sua vida, e são eles bastante discutidos pelos teólogos, mas de duas verdades incontestes, nós podemos ter certeza.

Cristo desceu aos mortos, ao inferno. Sim, é o que diz Pedro, em sua carta, (1Pe 4:6):  “Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito;” Sem entrarmos em detalhes sobre essa declaração, talvez numa outra ocasião, podemos imaginar Cristo declarando, aos perdidos, que sua obra fora realizada, que os pecados estavam pagos na cruz, que a fé poderia salvar e que Satanás, o maior adversário, fora vencido para sempre! Sim, Cristo não desceu para ser punido, mas para proclamar, para anunciar a sua vitória! A sua invasão ao lugar dos mortos, e sua saída de lá, prova que só Ele, e ninguém mais, é portador da chave, pois que ninguém pode de lá sair, ao entrar. Mas Cristo, oh, bendito e poderoso Filho de Deus, entrou e saiu! Aleluia!

Também temos absoluta certeza, de que Cristo foi ao Paraíso, e teve um encontro com o ladrão! Ele prometera, nos instantes de agonia, àquele que suplicava que o Salvador dele se lembrasse, quando viesse em seu reino: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”(Lc 23:43) E Cristo não mentiu! Cristo não ludibriou! Cristo não enganou! Certamente aquele foi um encontro glorioso! Lá no Paraíso (seria o velho Paraíso adâmico, recolhido pelo Pai por causa da dureza do coração humano, um oásis para aqueles que aguardam a ressurreição? Seria outro? Pouco nos importa, porque Paraíso é Paraíso!), eu creio que Cristo olhou aquele ladrão, que, naturalmente maravilhado de estar num lugar tão lindo, tão aprazível, tão real, apesar de ser pós-morte, e foi ao encontro dele, dar-lhe o abraço da amizade, o ósculo paternal ao filho que voltou ao lar paterno! Que cena inesquecível deve ter sido! O que prova, incontestavelmente, que quem dorme, quem morre, é o corpo, mas a parte real, duradoura, inesgotável de nossa humanidade, permanece viva, e em lugar específico, ou no Paraíso, ou no inferno!

E, quando Cristo rompe os grilhões da morte, e sai da sepultura, ele arrebenta com os cadeados inquebráveis do castigo, e declara para o céu e a Terra: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15:55)

V – SUA RESSURREIÇÃO ATESTA A SUA DIVINDADE

Nenhum mortal, por melhor que fosse, poderia ter feito o que Cristo fez! Elias foi um excelente homem, e foi recolhido pelo Pai através de uma carruagem de fogo. Mas isso ele fez por conta do Pai. Enoque, o sétimo depois de Adão, não foi mais encontrado, porque Deus o tomara para si, não que o tenha ressuscitado, mas o levou vivo para os céus. E, provavelmente, esses dois serão as duas testemunhas, ao pé do muro das lamentações, na Grande Tribulação. Porém, estão preservados, não por conta própria, mas por obra e graça do Espírito Santo.

Cristo não. Ele deu a vida, e ele tornou a tomá-la. Ele entregou-se à morte, e ele mesmo saiu da sepultura. A sua comunhão com o Pai é tão perfeita, a sua submissão filial é tão total, que é o Pai quem o ressuscita, mas é pelo próprio poder de Cristo que isso acontece, porque, como citamos há alguns momentos, Cristo teve poder para doar-se, e teve poder para recuperar a própria vida.

Que mortal pode ressuscitar por conta? Quem desafia a morte e recupera a vida? Quem pode obter a libertação da hora derradeira? Ninguém! Por isso não temos outra alternativa, outra explicação, para clarear o porque do poder de Cristo: Ele é Deus! Aleluia! Cristo é Deus! Cristo é o Senhor! Cristo é o Salvador! Cristo é o próprio EMANUEL, isto é, o DEUS CONOSCO! Ele é o Pai da Eternidade! Ele é a encarnação do próprio Criador! Esse Deus triúno, que tem três distintas pessoas, mas que nunca, hipótese alguma, se interpõem, esse mesmo Deus encarnou a pessoa do Filho bendito! E, de forma inexplicável, Ele é o retrato de Deus! Filipe perguntou: “Jesus, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!” E Cristo disse: “Estou há tanto tempo convosco, e ainda não tendes me visto?” Que maravilha! Cristo é Deus!

Por isso Ele recuperou a própria vida, e tem poder para salvar a mim, a você e a toda a humanidade! Cristo pode intervir no destino da sua alma! Cristo pode transformar o seu futuro! Maria jamais. José, jamais. Pedro, jamais, João, jamais. Nenhum devoto ou religioso é apto para intervir, para interceder, para salvar, para ressuscitar. Só Cristo, só Jesus. Só o Filho do Deus vivo!

CONCLUSÃO

O mesmo poder de ressuscitar-se, Cristo usará para fazê-lo ao corpo de quem morreu crendo em seu nome e em sua graça. Ele não decepcionará os que nele confiam! Aqueles que morreram em Cristo, na confiança de sua  palavra e promessa, sairão da sepultura um dia, quando Cristo voltar nas nuvens dos céus! Naquele dia, quando a última trombeta soar, quando Cristo enviar os seus anjos pelos quatro cantos da Terra, aqueles que morreram na fé, sairão vivos das sepulturas. E os que não foram sepultados? Sairão de qualquer lugar. Seja do mar, seja da Terra, seja do ar, seja do abismo, seja do espaço, não importa! Cristo, que é o criador, mantenedor e sustentador da vida, pode até das pedras tornar a trazer alguém!

E os trará com o corpo tão glorificado quanto o dele! Não haverá coxos, nem cegos, nem aleijados, nem queimados, nem envelhecidos, nem acidentados, nem infectados. Todos serão perfeitos, à semelhança do corpo do Salvador!

Amigo, hoje é o dia da sua salvação. Hoje é o dia em que você pode passar por uma ressurreição preliminar. Não a do corpo, mas a da alma. De caído e perdido, você pode levantar-se e ser salvo! A bíblia diz que os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Is 59:2)

É necessário banhar-se nas águas do arrependimento e da fé em Cristo! Jesus disse: “se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” (Lc 13:3)

É necessário crer em Cristo como único e suficiente Salvador: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4:12)

É necessário ter coragem e confessar isso publicamente, sem vergonha alguma, pois Cristo não terá vergonha de confessar-nos diante do Pai: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. (Romanos 10.9

Não deixe para depois. Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações. (Hb 3:15)

Fazendo isso, você terá, da parte de Cristo, UMA SALVAÇÃO SEM IGUAL.

Que Deus nos abençoe.
Wagner Antonio de Araújo

obs: o áudio desta mensagem está em
http://www.uniaonet.com/bnovas.htm

Em nome de Cristo,

Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP
bnovas@uol.com.br 

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