quarta-feira, 11 de setembro de 2013

memórias literárias - 116 - DÁDIVAS DE SETEMBRO - memórias de Volta Redonda RJ

116 - DÁDIVAS DE SETEMBRO -
Memórias de Volta Redonda RJ
 
Mais uma viagem missionária, a cumprir o chamado de Deus. Desta vez o Senhor enviou-me a Volta Redonda, na Igreja Batista Monte Moriá, pastoreada pelo incansável Pastor Celson de Paula Vargas, um homem segundo o coração de Deus (que serve ao Senhor ao lado de sua esposa maravilhosa, irmã Nilda).
 
Eu não conhecia o Pr. Celson, exceto por e-mails ou telefonemas. Conhecemo-nos pela internet. Descobrimos ter pontos de vista similares com relação às doutrinas e práticas batistas, mormente a contrariedade com o neoliberalismo atual. E desenvolvemos uma excelente relação, inclusive de parceria, uma vez que, responsável em fazer uma sugestão de obreiro para Paraíba do Sul, ele consultou-me para saber se havia alguém disponível do meu conhecimento e que tivesse posturas batistas clássicas. Certamente um amigo querido, mas ainda virtual.
 
A ocasião chegara: a igreja (e o pastor) celebrariam 15 anos de organização (e 15 de consagração ao ministério pastoral) e eu seria o preletor. Eles oraram por cem dias, preparando-se para uma série de conferências evangelísticas, bem como por uma preleção sobre fortalecimento de nossas raízes e convicções doutrinárias. Convidaram muitas pessoas, preparam-se e a ocasião chegara. Elaine e eu saímos ao meio dia de São Paulo, rumo ao Rio de Janeiro. Paisagem lindíssima, principalmente na região de Queluz e Resende, da estrada avista-se a maravilhosa Serra da Mantiqueira, ao lado somos acompanhados pelo Rio Paraíba do Sul, forte e imponente, e no coração o desejo intenso de um encontro abençoado.
 
Como sói acontecer com equipamentos eletrônicos, o dito "GPS" costuma falhar quando mais precisamos. E ainda tinhamos 2, o do aparelho e o do novo celular. Ambos davam mensagens confusas dentro de Barra Mansa: "perda de sinal GPS". Rodamos uns 4 quilômetros, fomos até Volta Redonda, cidade grudada em Barra Mansa, mas encontramos o Pastor Celson, aguardando-nos numa praça principal. Rumamos para o hotel. Ele ali nos deu o primeiro abraço, pois até então eu nunca o tinha visto. Foi o abraço do início de uma forte, profunda e digna amizade! Elaine e eu subimos, arrumamo-nos e logo o Pastor Celson veio nos buscar para o culto.
 
Ao chegarmos no estacionamento, vimos a multidão de pessoas que chegava. Gente alegre, festiva, satisfeita, empenhada em dar a Cristo o seu melhor. Estacionamos, fomos ao gabinete do pastor e ali oramos ao Senhor. O templo já estava lotado. Eles reúnem-se num salão antigo, seu templo por muito tempo. O seu tamanho dá 2 vezes e meia o nosso pequeno salão da Boas Novas. Um lindo coral, um quarteto de outra igreja co-irmã, muitas crianças, e a alegria de receber ali também uma caravana da Primeira Igreja Batista de Paraíba do Sul, distante 150 quilômetros dali. Eles foram com as 2 peruas kombi da igreja e mais 1 carro! Eram os nossos amados irmãos, que conhecemos no mês passado e de quem nos tornamos tão amigos! Confesso que chorei ao vê-los! Presença querida e que chegou ao final dos trabalhos foi a do Pastor Eliseu Lucas & Ester, de Paraíba do Sul, e sua linda filha Elise. Que felicidade revê-los! Também houve um jovem chamado Márcio que procurou-me, dizendo ser meu leitor na internet. Fiquei tão feliz por conhecê-lo pessoalmente! (se estiver lendo essas linhas, irmão, por favor escreva-me).
 
 
O culto foi uma bênção. O Pastor Celson estava entusiasmado pois havia muitos visitantes não crentes. Nós havíamos orado para Cristo salvar pessoas através da pregação do evangelho. E Deus nos atendeu! O culto foi uma bênção. Um destaque importante: o Pastor Celson Vargas convida todas as crianças para orar com elas antes de sair para o culto infantil. Elas aguardam com grande expectativa esse momento precioso. E ele as trata como suas ovelhinhas especiais. Que lindo! Aprendi mais uma e quero fazer o mesmo com as criancinhas que o senhor nos concedeu na Boas Novas!
 
 
Coube-me o privilégio de pregar a Palavra de Deus. Fi-lo com temor e tremor. AS TRÊS CRUZES DO CALVÁRIO. Já está postado no youtube, podendo ser assistido por todos:
 
PARTE 1
 
PARTE 2
 
Outras partes desse culto:
 
A minha saudação à igreja:
 
O quarteto cantando:
 
O coral da igreja:
 
O Pastor Celson orando:
 
As fotografias que tiramos nesse culto estão neste álbum (todos podem acessar):
 
Após o culto todos confraternizaram-se. Que alegria quando vi o menino Kauã com toda a sua família, e usando a gravata que eu lhe dera no mês passado em sua cidade! Anotem: ainda iremos ouvir falar muito deste pequenino servo de Deus! Ele trouxe toda a sua família, pai, mãe, irmãos, avô, que coisa linda! Bendito seja Deus! Revi o irmão Roberto, que me emprestara O Jornal Batista da década de 20 e foi o grande gerador de meu interesse em obter toda essa literatura denominacional. Durante a sociabilidade a igreja ofereceu-nos o FEIJÃO AMIGO: trata-se de um quitute: as irmãs fazem um feijão preto engrossado, colocam alguns torresmos no meio e servem em copinhos para todos. Meus amigos, que delícia! Elaine disse ter pego a receita e vamos fazer isso na Boas Novas também!
 
 
Depois de tudo o Pastor Celson e a irmã Nilda nos levaram à sua casa, um lindo apartamento em Barra Mansa. Que carinho, que zelo, que simpatia, que hospitalidade! Ganhamos a amizade de uma família adamantina, dourada, preciosíssima! Conheci um pouco da trajetória desse querido pastor e de sua família. Eram de Lima Duarte, em Minas Gerais. Católicos romanos por tradição, tremendamente praticantes. Vieram para Barra Mansa por questões profissionais, onde o pastor exerceu cargos importantíssimos e de liderança na Siderúrgica Barra Mansa. Mesmo depois de aposentar-se a empresa o queria trabalhando. Nesse ínterim ele foi evangelizado por pessoas convertidas da família de sua esposa. Recebeu Cristo como Salvador e passou a ser muito ativo na igreja. O seu pastor descobriu e sentiu o dom e o chamado pastoral e insistiu com ele para que se preparasse. E isto ele fez. Também levou-o a dirigir a congregação do Jardim Belmonte e quando a mesma foi organizada em igreja (há quinze anos) foi também a consagração dele ao ministério pastoral. Que linda e gloriosa história! Que ministério estavel, duradouro, pacífico, belíssimo!
 
Elaine e eu recolhemo-nos em nossos aposentos do hotel com alegria, com gratidão, após termos jantado com o pastor em sua casa, onde foi-nos servido delicioso pavê com morango. E também fomos servidos de uma comunhão imensa, intensa e do início de sólida amizade com esse casal de obreiros. Bendito seja Deus!
 
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Levantei-me cedinho para o banho e a meditação. Logo Elaine e eu estávamos tomando o gostoso café do Hotel Ano Bom, esse nome é nome de bairro em Barra Mansa. Um senhor café! Café medroso e com mistura! Logo o pastor chegou para que o acompanhássemos. Chegamos à igreja. O povo foi mesmo! Conquanto o horário seja cedo (para os padrões da Boas Novas, 8:30 h do domingo), os irmãos estavam lá despertos, felizes e alegres!
 
 
Um culto muito abençoado. As crianças cantaram e encantaram. Um irmão muito consagrado fez também um solo. O salão de cultos estava cheio. E coube-me a responsabilidade de palestrar sobre o fortalecimento de nossas raízes, doutrinas e princípios bíblicos e batistas. Na mensagem fiz uma abordagem histórica da chegada dos batistas ao Brasil, do início de nossos trabalhos e do surgimento pontual das cisões, heresias e movimentos estranhos desde o início do século XX. Em seguida conclamei aos presentes que uníssemos forças para propagar a autêntica mensagem do evangelho e lutar pela preservação de nossas tradições, valores, doutrinas, liturgia e união, combatendo o erro, o neoliberalismo, o neopentecostalismo e a mentira. A pregação pode ser assistida, está no youtube:
 
Parte 1
 
 
Parte 2
 
Parte 3
 
Outros momentos preciosos daquele culto estão aqui:
 
As criancinhas cantando
 
Um lindíssimo solo por um querido irmão:
 
 
As fotos desse culto estão aqui:
 
 
O culto foi seguido pela realização da ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL. Uma igreja que tem boa doutrina e crentes maduros fatalmente tem uma educação cristã de qualidade e a ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL é o método mais apropriado para dar aos crentes o bom conhecimento bíblico. Participei da aula dos adultos, cujo professor é o seminarista Sílvio. Belíssima aula, sobre Jetro. Os irmãos presentearam-nos a revista da Convenção Batista Fluminense, que publica lições para a EBD. As classes são bem frequentadas e os professores são bem preparados!
 
 
Assim que a EBD terminou o pastor convidou-nos para conhecer a construção do templo. Subimos as escadas para o primeiro andar. Meu Deus! Deparei-me com uma grande catedral! Lembrei-me de um lindo templo que vi na Carolina do Sul, nas montanhas, quando um pastor estava trocando os carpetes da igreja. Ali eu vi um templo tão moderno, tão belo, tão bem feito, tão amplo, com piso de anfiteatro e forro acústico e térmico, e encantei-me! A plataforma ainda está em construção. Fui até o batistério e nas salas anexas que ali estão, uma para vestiário em dias de batismo, outras para aulas e reuniões. Coisa magnífica, que já investiu mais de 500 mil reais! Lindas salas, lindo berçário, linda sala de som, tudo muito lindo, ainda em fase de edificação. É a graça do Senhor, abundante, no meio de um povo amoroso, corajoso, com um pastor visionário à frente, e muito, muito trabalho, dedicação, oferta voluntária e esperança! Tudo ali tem história. Desde o primeiro terreno, de 12 por 30, o segundo terreno, aos fundos, onde o proprietário iria vender para uma boate, mas a igreja comprou primeiro; quando tudo estava pago a prefeitura iria desapropriar para fazer quadra de esportes, e o pastor foi falar com o prefeito e no poder do sangue de Jesus conseguiu convencê-lo do contrário; os mutirões de capinagem para a construção do primeiro templo, e agora o acordo voluntário dos membros em cotizarem-se para pagar os pedreiros. Não nego: chorei ali.
 
As fotos disso tudo estão aqui:
 
 
Após tudo isso fomos almoçar. O Pastor Celson levou-nos para um restaurante onde servem pintados deliciosos, um presente que a igreja nos deu. Que delícia (e olhem que não gosto de peixes! Mas desses eu gostei, não têm espinhos, são saborosos). A companhia sempre agradável, construtiva e espiritual do casal Celson e Nilda fez-nos tão bem!
 
 
Elaine fotografou enquanto o carro nos levava. O pastor mostrou-nos a beleza do centro de Volta Redonda e da orla do Paraíba do Sul que atravessa a cidade. As fotos estão aqui:
 
 
O pastor deixou-nos novamente no hotel. Ali pudemos descansar o bastante para o culto da noite.
 
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À noite vimos uma verdadeira multidão na igreja. Além da igreja (120 membros), dos convidados de cada um, veio participar também a caravana da CONGREGAÇÃO RURAL que a igreja mantém por iniciativa do Pr. Celson, na roça entre Olaria e Lima Duarte, em Minas Gerais. Possuindo uma propriedade ali, o pastor sentiu no coração de convidar fazendeiros, agricultores, pecuaristas e suas famílias, para reuniões de oração e meditação na Palavra de Deus. O resultado foi a criação de uma maravilhosa congregação, que não poderia faltar nas justas homenagens ao pastor e à igreja.
 
E de fato foi uma noite de muitas homenagens. Pastor Oswaldo Jacob, da 2a. Igreja Batista da Cidade estava presente, ele que foi o responsável pela abertura daquele ponto de pregação, quando pastoreava a Igreja Batista do Conforto. Presente um pastor, amigo e colega de seminário também. E, para "matar" o pastor de tanta emoção, foi homenageá-lo o pastor que o ganhou para Cristo e o conduziu ao ministério  pastoral! Quantas bênçãos nessa noite! Quantas participações, quanta gente alegre e feliz! Além de tudo isso tivemos também BATISTMOS, claro sinal de salvação entre estes irmãos e do crescimento legítimo da Obra de Deus naquele bairro.
 
As fotos desse culto estão aqui:
 
Coube-me a tarefa de pregar a Palavra de Deus. Falei sobre Jesus, a verdadeira razão desse aniversário e destas comemorações. Ele é o caminho, a verdade e a vida!
 
A mensagem está aqui:
 
PARTE 1
 
 
PARTE 2
 
Ao final uma grande confraternização. Serviram-nos um bolo gelado delicioso, com refrigerante. E os abraços, as prosas, as graças a Deus, a dor de ter que voltar e deixar esses novos amigos que pudemos fazer nesses dias! Iríamos sair, voltar ao hotel, pegar nossas malas e ir embora. Mas quem disse que foi-nos possível fazer isso sem antes jantar? A igreja havia preparado uma janta para a caravana de Lima Duarte, fizeram questão que comêssemos também. E comemos gostosamente!
 
Ao final Elaine e eu fomos fazer as malas e o Pastor Celson e a irmã Nilda nos acompanharam até a entrada da Rodovia Presidente Dutra para o nosso retorno. Nossos corações ficaram quebrados porque a hora da despedida sempre é uma hora difícil. Contudo, cremos que o Senhor nos dará outras oportunidades de estarmos juntos, servindo ao nosso mútuo Senhor e Salvador.
 
Monte Moriá ficou em nosso coração. Já são nossos amigos, são nossos amados e queridos. Agora temos duplo desejo de estar nesse sul do estado do Rio: se antes era para visitar Paraíba do Sul, agora é para visitá-los, sem nos esquecermos de visitar os crentes do Monte Moriá também! Bendito seja Deus por eles. Que o Senhor continue a abençoá-los e abençoar-nos.
 
Saímos à meia noite e chegamos em casa às 3 e quinze da madrugada de hoje, segunda-feira, dia 09/09/2013. Louvado seja o nosso Deus por tudo!
 
Obrigado por lerem essas memórias.
 
Com saudades imensas de Volta Redonda, Monte Moriá e Pr. Celson & Nilda,
 
Wagner e Elaine,
Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas do Rodoanel, Carapicuíba, São Paulo, Brasil

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