sábado, 18 de novembro de 2017

memórias literárias - 557 - O POLITIQUEIRO


O
POLITIQUEIRO

 
557
 
A atividade política é legítima e precisamos de homens públicos que primem pela justiça, pela honestidade e pela coerência. Temo, contudo, que este desejo não alcance sequer 0,1% dos homens públicos deste país.
 
Mas não é do político de carreira que falo nesta reflexão. Destes os jornalistas, os policiais, os empresários, a polícia federal, os juízes e a mídia de um modo geral, já falam. E muito!
 
Falo do politiqueiro, daquele que vive cercado de pessoas das mais variadas espécies, convicções e comportamentos, e busca estar bem com todos, dizendo pela frente o que todos querem ouvir, negando tudo o que dizem quando lhes convém.
 
Pessoas assim são muito fáceis de serem encontradas. Elas estão por toda parte. São pessoas de conversa fácil, extremamente gentis e agradáveis. Falam de tudo com a aparência de convicção e honestidade. E, não raras vezes, nos constrangem a crermos nelas como se fossem coerentes.
 
Mas elas não são.
 
Elas se comportam de formas diferentes, dependendo dos auditórios. Quando estão com os que pensam de certa maneira, afirmam assim pensarem. Quando estão com os contrários, convencem-lhes de que no fundo pensam como eles também. E, ao terem um confronto dos dois grupos, conseguem convencê-los de que o importante é ter uma opinião e que ambas são boas.
 
Infelizmente vemos gente assim na igreja também. Aliás, não só na igreja, mas no ministério pastoral. São muito sabidos. São muito inteligentes. E tornam-se extremamente populares. Falastrões natos, levam o auditório ao delírio. E, quase sempre, conseguem tudo o que querem.
 
Quando contrariados não dão o braço a torcer. Fingem que os oponentes estão certos e de que erraram. Quando os oponentes percebem, acabam por fazer exatamente a vontade dele, mesmo com nomenclaturas e formatos diferentes. Eles ganham todas! Eles manipulam a todos. Eles se dão bem com todos.
 
Eles gostam dessa popularidade. Amam a glória dos homens. Gostam de aparecer nas diretorias e terem os seus nomes impressos em jornais e sites de notícias. Mesmo que nada tenham para falar, gostam de aparecer e de dizer: "Com toda a convicção eu digo: concordo!". E então ganham simpatizantes.
 
O politiqueiro é assim: quando está com o Genésio, diz que o Pedro não presta. Ao sair, liga para o Pedro e compartilha o quanto o Genésio é ruim. Ao final, coloca as suas duas vítimas em confronto e assiste ao espetáculo deprimente da intriga que fez.
 
 
Ah, politiqueiro hipócrita! O juízo de Deus lhe alcançará e a verdade virá à tona!
 
Um dia a sua política não lhe deixará imune ao castigo e você verá que quem não tem lado nenhum já está do lado dos bandidos.
 
Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus. (Jo 12:43)
 
Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não foi sim e não. (2Co 1:18)
 
Pois não era um inimigo que me afrontava, então eu o teria suportado. nem era o que me odiava que se ngrandecia contra mim, porque del me teria escondido. Mas eras tu, homem eu igual, meu guia e meu íntimo amigo", Salmos 55.12-13
 
Que Deus nos dê discernimento para não cairmos nas mãos dos politiqueiros, sejam eles políticos ou religiosos, públicos ou privados!
 
Wagner Antonio de Araújo

18/11/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...