sexta-feira, 24 de novembro de 2017

memórias literárias - 565 - POR CAUSA DE UM ADUBO

POR CAUSA
DE UM ADUBO


 
565
 
Há certas pessoas que mantém o dedo em riste contra os erros dos outros. Mas não fazem nada para corrigir os seus próprios.
 
Um conhecido meu recebeu a visita de uma equipe de jardineiros. Perguntaram se queria que arrumassem as plantas, podassem as folhagens. O meu amigo explicou que não poderia pagar muito. Eles fizeram um preço especial, mas quiseram vender um adubo. Tanto fizeram que o meu conhecido aceitou. Em uma hora arrumaram tudo.
 
Horas depois a esposa do meu amigo deu com a falta de dois pequenos pacotes de adubo, comprados especialmente para um vaso. Perguntou-lhe se os jardineiros o utilizaram. O meu amigo disse que não, mas, para confirmar, ligou ao jardineiro. Este falou que usara aqueles também. O meu conhecido protestou, dizendo que ele nem pedira para usá-los e nem lhe informara do uso. O jardineiro limitou-se a pedir desculpas. O meu amigo disse que precisava dos pacotes e que deveria devolver a bem da honestidade. O jardineiro nunca mais voltou. Perdeu a manutenção mensal que estabelecera com o meu amigo...
 
E assim o ser humano caminha, tentando levar vantagem em tudo, perdendo a vergonha e boas oportunidades por causa de coisas tão pequeninas como um pacote de adubo! Ficaria muito mais barato voltar e devolver os pacotes, já que não lhe pertencia e nem estava planejado utilizá-lo. Mas o operário deixou por isso mesmo. Perdeu um cliente e também a vergonha.
 
Há pessoas que são os seus próprios inimigos; eles mesmos cavam um buraco e caem neles!  O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá. (Sl 37:21) Quantas pessoas perderam amigos e relacionamentos por causa de uma pequena quantia emprestada e nunca paga! Teria sido muito melhor procurar o credor e dizer que não tinha condições de pagar! Mas quem faz uma vez costuma fazer duas ou três, e traz sobre si a condenação. Cavou um poço e o fez fundo, e caiu na cova que fez. (Sl 7:15)
 
O lucro momentâneo é a falência derradeira; se o juízo não vier neste mundo, não escapará do juízo final.
 
Sejamos honestos como Abraão. Jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão; (Gn 14:23)
 

Wagner Antonio de Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...