quinta-feira, 30 de novembro de 2017

memórias literárias - 570 - A MIM O FIZESTES

A MIM
O FIZESTES
 

 
570
 
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mt 25:40)
 
Quando distribuí literatura evangelística e ninguém deu atenção, nem os que receberam, nem os irmãos que nunca se dispuseram a evangelizar, não o fiz aos homens. Eu fiz para a glória de Deus.
 
Quando separei do meu salário e da minha renda o dízimo e as ofertas alçadas, contribuindo com responsabilidade na igreja onde sou dominicalmente servido espiritualmente, e não tive nenhuma forma de reconhecimento por parte dos congregados ou do pastor, não ficarei magoado. Eu fiz para a glória de Deus.
 
Quando visitei o doente que nem conhecia, o prisioneiro que não era de meu relacionamento ou o idoso anônimo, e não fui sequer mencionado ou percebido por ninguém, nem convidado para a festa de sua cura ou libertação, não ficarei deprimido. Eu fiz para a glória de Deus.
 
Quando eu orei em silêncio, no instante da pregação, ou pela conversão de um pecador, ou pela cura de uma enfermidade alheia, ou pela solução de uma dificuldade na vida do próximo, e não fui lembrado por ninguém na hora da vitória, conversarei com o meu coração para não sentir-se traído. Eu o fiz para a glória de Deus.
 
Quando dominicalmente me levantei para ir à igreja, quando participei da escola dominical ou da vigília de oração, quando estive nos compromissos cristãos em que poucos se dispuseram a ir, e, depois fui esquecido, desprezado ou não reconhecido pela minha própria igreja, terei resignação. Não servi aos homens, eu servi a Deus.
 
Quando eu morrer e a minha vida escondida em Cristo estiver, e a minha memória pouco a pouco for deixada para trás, nas estantes das bibliotecas, nos arquivos virtuais de fotografias ou nas lembranças dos que me conheceram e que já nem se lembram do meu nome, quando a lápide do meu túmulo cair e o coveiro não souber sequer a qual túmulo ela pertencia, não farei caso (nem terei conhecimento disto). Eu já terei vivido, e vivi para a glória de Deus!
 
Quando sirvo ao próximo, aos irmãos na fé e aos desconhecidos, em amor de Jesus, é Ele quem vê, quem se importa e quem se lembra. No final, quando tudo acabar, terei a felicidade de saber que Ele viu e que Ele não se esquceu. Bendito seja o Seu Nome!
 
A Ti, Senhor, a minh'alma rende glória.
 
Basta que Tu saibas.
 
É tudo o que me importa.
 
Wagner Antonio de Araújo

30/11/2017

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