quinta-feira, 10 de agosto de 2017

memórias literárias - 499 - QUANDO A PALAVRA NADA VALE

QUANDO
A PALAVRA
NADA VALE
 
499
 

 
A Bíblia nos admoesta: Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação. (Tg 5:12)
 
Uma das consequências da conversão a Cristo é a adoção da verdade como regra única e definitiva em nosso trato social. A verdade não se torna uma opção, mas única alternativa. O crente não vive de meias verdades, de omissões seletivas, mas da transparência e da verdade. Não se trata de ser rude, dizendo o que quiser. Trata-se de ser leal, honesto, não contraditório.
 
Remarcar uma visita, reagendar um compromisso, refazer uma decisão com entendimento e honradez é uma coisa. Quem de nós não precisou fazer isso? São reajustes necessários que não afetam a opinião, a decisão, a posição, a convicção.
 
Mas tornar-se contraditório, afirmar algo e fazer outra coisa, condenar um ato e praticá-lo de forma pior, cantar e orar determinadas coisas e agir sem compromisso algum com aquilo que afirmou, é muito diferente. E quem assim age não é crente.
 
Se alguém diz ser cristão e precisa jurar para garantir estar falando a verdade, então a sua fé é vã e o seu testemunho inútil. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; (Mt 5:34)
 
Se alguém diz ser cristão e faz acordos bem claros, em conversações detalhadas e acertadas, e rompe as alianças, quebrando toda e qualquer possibilidade de credibilidade, então esse alguém não é cristão. Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não foi sim e não. (2Co 1:18)
 
Se alguém diz ser cristão e engana o cônjuge, seja mediante o flerte e o romance extraconjugal, seja através de omissões seletivas de informações, seja mediante a hipocrisia de confissões, tenha certeza: não há cristianismo nessa pessoa. O amor não se regozija com a  injustiça, mas folga com a verdade; (1Co 13:6)
 
Se alguém confessa a Cristo, confessando publicamente a fé, recebendo o batismo diante da comunidade cristã e renega a fé, voltando ao mundo de onde saiu, tenha certeza: esse tal não era cristão. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. (1Jo 2:19)
 
Se alguém recebe uma missão do Senhor, seja através da igreja onde serve, seja mediante acordo com irmãos na fé em alguma instituição, assume responsabilidades e as abandona, sem a devida justificativa ou por motivos que sejam verdadeiros, essa pessoa não é cristã. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus (Lc 9:62)
 
Se alguém toma a cruz e sai após Jesus, e depois deixa a cruz de lado para viver a própria vida, esse alguém não é cristão. E qualquer que não for levando a sua cruz, vindo após mim, não pode ser meu discípulo. (Lc 14:27)
 
Está no tempo de Deus passar a régua e estender o prumo. E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele. (Am 7:8). O mundo evangélico está apodrecido com tanta mentira acumulada. Casamentos festejados hoje e que sucumbem como algo natural; ministérios estabelecidos hoje e abandonados amanhã sem pejo ou responsabilidade; palavras ditas hoje (filmadas e gravadas) e renegadas amanhã, sem nenhum drama de consciência, tudo isso é evidência clara de que este tipo de cristianismo não é cristão! Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? (Mt 7:16); À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles. (Is 8:20).
 
A verdade. Sempre a verdade. E a honradez de nossas palavras. Sem isso, não há cristianismo.
 
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. (1Jo 3:18)
 
Wagner Antonio de Araújo

10/08/2017

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