PROVOCAÇÕES
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O ser humano
é incorrigível enquanto escravo do pecado. Ele vive de provocações e de
agressões. Primeiro provocou a Deus com a sua desobediência à ordem divina, de
não comer do fruto da árvore proibida. Então, colhendo do fruto de seu pecado,
vive a sua história numa sucessão de agressões sem fim.
Enquanto
escrevo a guerra da Rússia com a Ucrânia está em pleno andamento. As provocações
da Ucrânia levaram à agressão da Rússia de forma desigual e sangrenta e ambos se
matam dia após dia, com um banho de sangue sem fim. Agora, enquanto a guerra
continua, com menos informações e com cara de notícia requentada, os Estados
Unidos, sob o pretexto de fazer valer a dita democracia, não mensura o nível de
tensão que a humanidade vive e faz visita a Taiwan, apesar dos avisos contínuos
de que isso seria visto como um ato de guerra.
Independentemente dos motivos que levam um ou outro a agredir e a
provocar aquele que se apresenta como opositor, o fato aponta para o tempo
escatológico, os dias do fim, da conclusão deste tempo tenebroso e do início do
período chamado A GRANDE TRIBULAÇÃO. O poder está nas mãos de pessoas
insensatas, não diplomáticas, que não avaliam as consequências que suas
agressões terão a esta e às próximas gerações. Elas não avaliam que há 13 mil
bombas atômicas, prontas para serem estouradas, vaporizando o planeta inteiro.
Elas não se lembram que há crianças, há idosos, há mulheres desamparadas que
serão penalizadas injustamente. Elas apenas agridem, atacam, alvoroçam, buscam
os seus próprios interesses. Esta é a geração mais corrupta, bélica e desumana
que o mundo já teve, a nível global (a nível local houve coisa pior; mas agora
as agressões são planetárias).
E, quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis.
Porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas o fim não será logo. (Lc
21:9). O Senhor Jesus diz que é necessário acontecer assim. E por
que? Talvez para expor ao mundo e à própria humanidade o quanto o coração humano
é mau e agressor. O mundo ganha dinheiro com as guerras, com os socorros que são
fornecidos, com a mídia que cobre os conflitos, com as apostas financeiras
feitas em nome ou da paz ou do conflito. Eles nem ligam para o sofrimento,
conquanto que seja lucrativo para ambas as partes. "E
aí, vamos ganhar um dinheiro? Vou agredir-lhe e você responde à altura; assim as
nossas empresas bélicas e todo o aparato que acompanha as guerras ganharão
dinheiro. Sairemos da crise rapidamente.
Topa?"
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. (Mt
24:12). Iníquidade é algo contrário ao corretamente digno, moral e
espiritual. Hoje a humanidade briga em prol do reconhecimento do pecado não
apenas como um direito, mas como uma obrigação. Ai daquele que não defende a
ideologia de gênero diferente da bíblica, ou que advoga um casamento único para
toda a vida enquanto um dos cônjuges for vivo ou que não aceita a prática da
imoralidade e indecência familiar. As pessoas não têm amor umas pelas outras. Os
mesmos que hipocritamente dizem proteger as crianças com a esperança advogam o
assassinato dos bebês em gestação através do aborto. As redes sociais provocam a
existência de inúmeros grupos de whatsapp e outros aplicativos, onde circulam
toneladas de florezinhas, carinhas, cartõezinhos e frases fofas, mas que não
expressam amor algum entre ninguém. Há grupos de família e essas estão cada vez
mais separadas. Há grupos de colegas e esses estão dia após dia mais distantes
uns dos outros. Há grupos de igrejas e estas tornam-se dia após dia vazias e de
relacionamentos frios. Experimente ficar sem comunicar-se publicamente e veja
quantos se lembram que você existe! As pessoas não se falam; elas mandam textos.
As pessoas não têm relação individual; elas se curtem e se comunicam em redes
públicas. Estamos cercados de multidões virtuais, que são companhias
inexistentes. O amor esfriou-se de quase todos.
Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores
que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. (Jd 1:18). Este
é o tempo citado profeticamente. As adegas, os bares, as baladas, os pancadões
cobrem o país de ponta a ponta. As pessoas de bem são obrigadas a conviver com
carros tunados (som inapropriado ao ouvido humano, dada a potência e volume) e
as casas são invadidas pela grosseria, vulgaridade e inescrupulosidade de gente
desprovida de respeito. Eles escarnecem do evangelho, da autoridade pública, dos
pais e dos princípios e valores sociais. Eles são guiados pelo fluído dos
hormônios, feitos animais desembestados. Um cometeu
abominação com a mulher do seu próximo, outro contaminou abominavelmente a sua
nora, e outro humilhou no meio de ti a sua irmã, filha de seu pai. (Ez
22:11). Não há mais respeito aos membros da família; todos agridem a
todos e vivem o império hedonista em que Satanás é
exaltado.
Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos
gregos, nem à igreja de Deus. (1Co 10:32). Và à frente de uma
balada, de uma adega, de uma boate ou de uma cadeia. Pergunte o nome dos que ali
estão: Josué, Elias, Isaías, Damares, Joquebede, Ana, Timóteo. A maioria filhos
de cristãos e ex-membros de igrejas cristãs. Vá saber da história dos grandes
fanqueiros, djs e ídolos da sensualidade pública: ex-religiosos. Busque a
história dos criadores da música moderna de rock e dos ídolos que se suicidaram:
a maioria teve contato com a Palavra de Deus no tempo de criança. Esqueceram-se
dos valores, ou seus pais não viviam a Palavra, ou deixaram-se seduzir pelo
pecado. O que mais temos hoje são os escândalos. E, para completar o quadro,
pastores que se apossaram dos púlpitos transformaram a casa de Deus em covil de
ladrões, em festival de música contemporânea para entretenimento ou de
sensualidade pública. As igrejas pintam-se de preto, as pessoas se uniformizam
de roupas pretas e não conseguem ver que estão tornando tenebrosa a casa de
oração, que deveria ser de luz e resplendor (nada contra a cor no sentido
racial, mas à escuridade biblicamente compreendida). Venderam-se à política e à
mentira e transformaram as igrejas em antros de mentira e de perdição. Aquela
velha frase que usávamos: "procure uma igreja evangélica mais próxima de sua
casa" já não pode ser usada com liberdade. Pode ser que encaminhemos alguém ao
pecado e não a um grupo cristão autêntico. Os templos, as capelas e as Casas de
Oração deveriam reunir igrejas. Hoje reúnem parceiros sócio-políticos afins. São
raras as exceções, o que nos mostra que estamos com o palco da grande apostasia
montado.
Eu não sei se
estamos prestes a mais uma guerra absurda e desnecessária, fruto da falta de
diplomacia e de respeito mútuo. Muitas coisas não seriam bélicas, se tratadas
com cuidado, com respeito, com justiça e com consideração. Ousa-se contra um
país poderoso em nome da liberdade dos povos, enquanto se guerreia internamente
a favor de matar os indefesos bebês em gestação. Quanta
hipocrisia!
Que Deus nos
defenda e que Cristo regresse o quanto antes.
MARANATA!
Wagner
Antonio de Araújo
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