segunda-feira, 7 de agosto de 2023

memórias literárias - 1330 - SÉRIE SOCORRO EM TEMPOS DE CRISE - 11 - O SOCORRO DIVINO QUANDO NOS SENTIMOS ABORRECIDOS

 SOCORRO EM TEMPOS DE CRISE

 

11 - O SOCORRO DIVINO QUANDO NOS SENTIMOS ABORRECIDOS

 

Caríssimos ouvintes, a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Quem lhes saúda é o Pr. Wagner Antonio de Araújo e esta é a série SOCORRO EM TEMPOS DE CRISE. Hoje queremos refletir sobre O SOCORRO DIVINO QUANDO NOS SENTIMOS ABORRECIDOS.

 

Não acordamos felizes todos os dias. Há tempos em que estamos profundamente aborrecidos. Quando vemos as coisas erradas que os políticos fazem, tanto dentro de nosso país quanto no exterior; quando enxergamos a malícia do mercado financeiro, que aumenta juros, que retira créditos, que fecha oportunidades de serviço, que dificulta o acesso ao empreendedorismo mais fácil, quando os impostos superam quaisquer outros lugares do mundo sobre os mais carentes e é um paraíso para os mais ricos nós ficamos enfurecidos.

 

Quando vemos os nossos vizinhos com música alta em suas casas até a madrugada, quando contemplamos pontos de tráfico de drogas próximos de nossos filhos, quando descobrimos as coisas erradas que estão fazendo nas escolas, quando vemos que a internet está colocando a perder os nossos jovens, então ficamos furiosos.

 

Quando contemplamos igrejas hipócritas que apenas usam o evangelho por pretexto para ludibriar as pessoas; quando vemos ministros do evangelho que pregam a mentira, mesmo conhecendo a verdade; quando vemos que um tijolo é mais valioso do que a evangelização de uma pessoa e que viver uma vida religiosa semelhante a um clube social é mais popular do que levar Deus a sério, então nos tornamos uma bomba-relógio. Uma hora iremos explodir.

 

A Bíblia já falava sobre essa nossa sensação de indignação, de senso de justiça e de aflição a ponto de explodir. Assim está escrito no novo testamento: Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. (Ef 4:26).

 

O texto nos mostra três verdades.

 

A primeira é que trata-se de algo absolutamente normal o sentimento de ira e de indignação quando somos contrariados, ou quando vemos os valores nos quais acreditamos serem quebrados e rompidos. A ira humana é real; às vezes justa, mas, na maioria dos casos, injusta. Se fôssemos vingadores das coisas erradas, certamente que a proporção de nossa justiça seria muito além da situação que teria que ser paga. Um soco recebe dois, que revida com quatro, e a violência não tem fim. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus. (Tg 1:20). Nós não somos justos. Portanto, devemos entregar a nossa causa a quem julga com justiça e com equidade. Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação ímpia. Livra-me do homem fraudulento e injusto. (Sl 43:1).

 

Irar-se é possível. Mas diz o mesmo texto que não devemos pecar. E o que seria pecar? Seria o ato de fazer justiça com as próprias mãos. Ante a face do Senhor, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com a sua verdade (Sl 96:13). Temos que entregar a nossa causa, o nosso aborrecimento, a nossa indignação e perplexidade nas mãos do Senhor. Ele julga e trata de nossa situação.

 

Posso testemunhar algo muito atual. Pastoreei uma igreja no interior de São Paulo. A casa onde morei era boa, mas a vizinha alugou sua casa para uma adega, que se tornara prostíbulo e trazia toda sorte de drogas e bebidas para a porta de nossa moradia. Às sextas e sábados nós não conseguíamos dormir. Eu chegava exausto na escola dominical por ter passado a noite em claro. Buscamos as autoridades para que a situação fosse resolvida. Nada fizeram. Falamos com a proprietária, que nos respondeu: “eles pagam bem”. Eu me aborreci ao extremo. Mas não fiz justiça com as próprias mãos. Deixei nas mãos do Senhor. Providenciei uma nova moradia e confiei no Senhor. Naquele mês ouve uma agressão a facadas na frente da adega, o que estigmatizou o local, afastando a clientela. Resultado: o comércio fechou e acabou. Deus fez justiça.

 

Por fim o texto diz: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. Isso é magnífico! Muitas vezes nós ruminamos a coisa em nossa mente, a noite inteira, o mês inteiro, pensando que a outra pessoa ou a situação irá sentir a nossa raiva. Isso não acontece. O veneno do ódio fica só em nós, elevando a nossa pressão, instigando o nosso fígado, acelerando o nosso coração e nos colocando em risco. A solução está em entregar de forma definitiva a causa nas mãos do Senhor e confiar que Ele dará um jeito, quer seja resolvendo e punindo a impiedade, quer seja nos tirando da situação que tanto transtorno nos traz. Eu experimentei isso em minha vida e posso dizer com certeza: Deus julga a nossa causa e atende as nossas orações!

 

Quando as contrariedades invadirem o nosso coração, cantemos um hino a Deus. Confiemos que, após forte tempestade, uma bela bonança, um lindo arco-íris e um entardecer fresco tomará o lugar da tragédia. Que Deus nos abençoe. Amém.

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