EM QUEM
NÃO
VOTO
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Duas verdades
a meu respeito, quanto à minha atuação literária.
Primeira: eu
não misturo ministério pastoral com política. Nunca me verão a publicar apoio a
candidatos, partidos ou nomes. Sou pastor de pessoas que possuem todo tipo de
viés político e não sou nem influenciador e nem perturbador da liberdade cívica
de ninguém.
Segunda: eu
jamais me abstive de dar as minhas opiniões quanto a princípios norteadores da
vida, da sociedade e do que se espera de um político e governante. Basta
procurarem a literatura que publiquei quando das manifestações cívicas de quatro
anos atrás.
Dito isso,
respondo a uma pergunta que chega a toda hora: "EM QUEM O SENHOR VAI
VOTAR?"
O voto é
secreto, é um direito que tenho como cidadão brasileiro. Eu não uso o voto como
moeda de troca. Jamais tive qualquer benefício político e jamais aceitaria
qualquer interferência dessa espécie no exercício do ministério cristão. César é
um, Deus é outro. A César o que é de César, mas a Deus o que é de Deus. Jamais
encaminhei propaganda política nas minhas redes sociais e whatsapp, como vejo
inúmeros colegas a militarem sem pejo ou limite.
Agora, quando
o brasileiro tem novamente a oportunidade de expressar a sua preferência nos
políticos que melhor lhe representam (se é que algum merece ser escolhido, tenho
cá minhas dúvidas...), quero dizer EM QUEM NÃO VOTAREI
JAMAIS.
1) Jamais
votarei em quem defende a prática do aborto, seja para qual finalidade for. O
feto não tem ninguém que advogue a sua causa; mas eu não darei um voto ao que
promove o seu assassinato.
2) Jamais
votarei a quem apoia a promiscuidade e a imoralidade, a indecência e a
autorização de famílias que não seja aquela do formato que multiplica e trás
modelos na formação das crianças: marido, mulher e filhos. Qualquer apoio a
outro tipo de estrutura familiar por parte do político é fatal para que ele não
tenha o meu voto.
3) Não voto
em ladrão. Ainda que a justiça reveja processos antes claros e inegáveis quanto
a roubo do patrimônio público-privado, buscando financiamento partidário e
enriquecimento ilícito; ainda que digam que o culpado é inocente, eu jamais
darei o meu voto a um suspeito de roubo; quanto mais a quem tem uma vasta ficha
corrida de corrupção de toda espécie. Não voto em ladrão.
4) Não voto
em quem usa a fé como instrumento de troca. Pastores e igrejas não foram
chamados para serem "teólogos de corte". Pastores não devem tecer a pauta
política. Que os pastores cuidem de suas igrejas e preparem cidadãos honrados e
já estará de bom tamanho. O político que aceita um púlpito, e depois contradiz o
compromisso assumido não merece e não terá o meu voto. Cada político pode ter a
fé que quiser, desde que respeite o próximo e não use a sua fé para alavancar o
seu poder. Fazer política de corte de impostos, de benefícios para a fé não pode
comprar a opinião de quem sabe que igreja e estado não podem se
misturar.
5) Não voto
em quem não tem compostura. Assim como procuro usar roupas e ter linguagen digna
de um ministro do evangelho, assim como os médicos, os policiais, os juízes, os
militares precisam ter postura condigna à função que exercem, não voto em
políticos que têm a boca suja, que não se comportam com dignidade, que não
mantém o respeito aos jornalistas e que não respeitam a sociedade. Um político
deve ser polido, deve ter educação (não necessariamente inúmeros cursos
superiores; não é um canudo que dá compostura), deve ter diplomacia; deve saber
falar, ouvir e buscar o entendimento. Quem assim não faz não terá o meu
voto.
6) Não voto
em traidores. Todos têm direito de mudar de opinião. Um político que mude de
opinião também deve entregar o seu mandato, pois foi eleito com base em
compromissos assumidos e não meramente à sua pessoa. Se mudou de idéia, que
pague o preço: que se prepare para a próxima eleição, entregando o cargo a quem
mantém-se fiel ao voto recebido. No Brasil não há partidos que tenham ideologia;
são todos fisiológicos. Um bando de genéricos que se fantasiam ao gosto do
freguês, para, em chegando o resultado da votação, dividam o despojo. Mesmo
assim, não confio em quem muda de partido apenas para ganhar eleição ou poder
político. Eram de direita e se tornarm de esquerda (e vice-versa). Estes que
assim se comportam não terão o meu voto.
"todos têm o
direito de ser o que quiserem, exceto o de ser
incoerentes"
7) Não voto
em quem não honra a família. Quem troca de esposa, de marido, quem trai o
cônjuge, quem mantém casos extra-conjugais, tais pessoas são uma anomalia da
dignidade de um bom condutor político. Infelizmente esta nação começou assim,
com um rei que não honrava a sua coroa, que traía a rainha e mantinha amantes,
honrando-as em público. Não é por acaso que o país vive essa orgia moral desde
as mais altas camadas da sociedade, até os mais simples da população. Quem quer
governar e vive assim não terá o meu voto.
8) Não voto
em quem não honra a bandeira nacional. Sou do tempo em que se cantava o hino
nacional com a mão no peito e ereto. Sou do tempo em que se chamava os mais
velhos e as autoridades de senhor ou senhora. Sou do tempo em que o Brasil
deveria ser chamado de Pátria. Quem não honra a pátria, a bandeira, a honradez e
a dignidade nacional não merece o meu voto.
9) Não voto
em inimigos das igrejas cristãs. Não voto em quem odeia o evangelho. Não voto em
quem quer transformar as igrejas em comitês eleitorais ou simplesmente em obras
sociais sustentadas pelo estado. Não voto em quem quer tirar a liberdade de se
pregar o evangelho. Não voto em quem quer se intrometer nas coisas de Deus. Não
preciso que o político venha a um culto evangélico para ser digno; mas não tenho
que aceitar alguém que despreza o evangelho e zomba da fé. Não voto em
ateus.
"MAS, PASTOR,
ENTÃO NÃO SOBRA QUASE NINGUÉM!"
Sinto muito,
mas o meu voto é secreto. Só disse em quem não votaria. O resto é de foro
íntimo.
Eu oro para
que políticos ruins não subam aos poderes executivos e legislativos do país e do
estado.
E com esta
manifestação encerro as comunicações sobre o tema.
"E SE SUBIREM
AO PODER PESSOAS EM QUEM NÃO VOTOU E COM AS QUAIS NÃO
CONCORDA?"
Seguirei o
que a Bíblia ensina. Respeitarei as autoridades. Orarei por elas. Continuarei a
ser guiado pela minha liberdade em seguir o que a Bíblia ensina. E, quando novas
eleições surgirem, se encontrar alguns políticos que mereçam o meu voto,
procurarei votar neles, encerrando o período debaixo da autoridade de gente de
quem divirjo.
Pr. Wagner
Antonio de Araújo
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