segunda-feira, 7 de agosto de 2023

memórias literárias - 1355 - EM QUEM NÃO VOTO

 EM QUEM

NÃO VOTO
 
 
1355
 
Duas verdades a meu respeito, quanto à minha atuação literária.
 
Primeira: eu não misturo ministério pastoral com política. Nunca me verão a publicar apoio a candidatos, partidos ou nomes. Sou pastor de pessoas que possuem todo tipo de viés político e não sou nem influenciador e nem perturbador da liberdade cívica de ninguém.
 
Segunda: eu jamais me abstive de dar as minhas opiniões quanto a princípios norteadores da vida, da sociedade e do que se espera de um político e governante. Basta procurarem a literatura que publiquei quando das manifestações cívicas de quatro anos atrás.
 
Dito isso, respondo a uma pergunta que chega a toda hora: "EM QUEM O SENHOR VAI VOTAR?"
 
O voto é secreto, é um direito que tenho como cidadão brasileiro. Eu não uso o voto como moeda de troca. Jamais tive qualquer benefício político e jamais aceitaria qualquer interferência dessa espécie no exercício do ministério cristão. César é um, Deus é outro. A César o que é de César, mas a Deus o que é de Deus. Jamais encaminhei propaganda política nas minhas redes sociais e whatsapp, como vejo inúmeros colegas a militarem sem pejo ou limite.
 
Agora, quando o brasileiro tem novamente a oportunidade de expressar a sua preferência nos políticos que melhor lhe representam (se é que algum merece ser escolhido, tenho cá minhas dúvidas...), quero dizer EM QUEM NÃO VOTAREI JAMAIS.
 
1) Jamais votarei em quem defende a prática do aborto, seja para qual finalidade for. O feto não tem ninguém que advogue a sua causa; mas eu não darei um voto ao que promove o seu assassinato.
 
2) Jamais votarei a quem apoia a promiscuidade e a imoralidade, a indecência e a autorização de famílias que não seja aquela do formato que multiplica e trás modelos na formação das crianças: marido, mulher e filhos. Qualquer apoio a outro tipo de estrutura familiar por parte do político é fatal para que ele não tenha o meu voto.
 
3) Não voto em ladrão. Ainda que a justiça reveja processos antes claros e inegáveis quanto a roubo do patrimônio público-privado, buscando financiamento partidário e enriquecimento ilícito; ainda que digam que o culpado é inocente, eu jamais darei o meu voto a um suspeito de roubo; quanto mais a quem tem uma vasta ficha corrida de corrupção de toda espécie. Não voto em ladrão.
 
4) Não voto em quem usa a fé como instrumento de troca. Pastores e igrejas não foram chamados para serem "teólogos de corte". Pastores não devem tecer a pauta política. Que os pastores cuidem de suas igrejas e preparem cidadãos honrados e já estará de bom tamanho. O político que aceita um púlpito, e depois contradiz o compromisso assumido não merece e não terá o meu voto. Cada político pode ter a fé que quiser, desde que respeite o próximo e não use a sua fé para alavancar o seu poder. Fazer política de corte de impostos, de benefícios para a fé não pode comprar a opinião de quem sabe que igreja e estado não podem se misturar.
 
5) Não voto em quem não tem compostura. Assim como procuro usar roupas e ter linguagen digna de um ministro do evangelho, assim como os médicos, os policiais, os juízes, os militares precisam ter postura condigna à função que exercem, não voto em políticos que têm a boca suja, que não se comportam com dignidade, que não mantém o respeito aos jornalistas e que não respeitam a sociedade. Um político deve ser polido, deve ter educação (não necessariamente inúmeros cursos superiores; não é um canudo que dá compostura), deve ter diplomacia; deve saber falar, ouvir e buscar o entendimento. Quem assim não faz não terá o meu voto.
 
6) Não voto em traidores. Todos têm direito de mudar de opinião. Um político que mude de opinião também deve entregar o seu mandato, pois foi eleito com base em compromissos assumidos e não meramente à sua pessoa. Se mudou de idéia, que pague o preço: que se prepare para a próxima eleição, entregando o cargo a quem mantém-se fiel ao voto recebido. No Brasil não há partidos que tenham ideologia; são todos fisiológicos. Um bando de genéricos que se fantasiam ao gosto do freguês, para, em chegando o resultado da votação, dividam o despojo. Mesmo assim, não confio em quem muda de partido apenas para ganhar eleição ou poder político. Eram de direita e se tornarm de esquerda (e vice-versa). Estes que assim se comportam não terão o meu voto.
 
"todos têm o direito de ser o que quiserem, exceto o de ser incoerentes"
 
7) Não voto em quem não honra a família. Quem troca de esposa, de marido, quem trai o cônjuge, quem mantém casos extra-conjugais, tais pessoas são uma anomalia da dignidade de um bom condutor político. Infelizmente esta nação começou assim, com um rei que não honrava a sua coroa, que traía a rainha e mantinha amantes, honrando-as em público. Não é por acaso que o país vive essa orgia moral desde as mais altas camadas da sociedade, até os mais simples da população. Quem quer governar e vive assim não terá o meu voto.
 
8) Não voto em quem não honra a bandeira nacional. Sou do tempo em que se cantava o hino nacional com a mão no peito e ereto. Sou do tempo em que se chamava os mais velhos e as autoridades de senhor ou senhora. Sou do tempo em que o Brasil deveria ser chamado de Pátria. Quem não honra a pátria, a bandeira, a honradez e a dignidade nacional não merece o meu voto.
 
9) Não voto em inimigos das igrejas cristãs. Não voto em quem odeia o evangelho. Não voto em quem quer transformar as igrejas em comitês eleitorais ou simplesmente em obras sociais sustentadas pelo estado. Não voto em quem quer tirar a liberdade de se pregar o evangelho. Não voto em quem quer se intrometer nas coisas de Deus. Não preciso que o político venha a um culto evangélico para ser digno; mas não tenho que aceitar alguém que despreza o evangelho e zomba da fé. Não voto em ateus.
 
"MAS, PASTOR, ENTÃO NÃO SOBRA QUASE NINGUÉM!"
 
Sinto muito, mas o meu voto é secreto. Só disse em quem não votaria. O resto é de foro íntimo.
 
Eu oro para que políticos ruins não subam aos poderes executivos e legislativos do país e do estado.
 
E com esta manifestação encerro as comunicações sobre o tema.
 
"E SE SUBIREM AO PODER PESSOAS EM QUEM NÃO VOTOU E COM AS QUAIS NÃO CONCORDA?"
 
Seguirei o que a Bíblia ensina. Respeitarei as autoridades. Orarei por elas. Continuarei a ser guiado pela minha liberdade em seguir o que a Bíblia ensina. E, quando novas eleições surgirem, se encontrar alguns políticos que mereçam o meu voto, procurarei votar neles, encerrando o período debaixo da autoridade de gente de quem divirjo.
 
Pr. Wagner Antonio de Araújo
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1487 - EU ERA ...

  EU ERA ... 1487   "Eu era uma igreja. Hoje sou um centro muçulmano de revolução islâmica."   "Eu também era uma igre...