terça-feira, 8 de março de 2022

memórias literárias - 1178 - DIZEM DE TI ...

 DIZEM

DE TI...
1178

Senhor:
 
Hoje é "sexta-feira santa", feriado nacional, religioso e católico.
 
Eu, crente batista, como os outros protestantes, aproveito a data e reflito sobre o tema: a Tua dor sem igual, a Tua morte sem igual e a Tua ressurreição sem igual.
 
Mas não é isso que dizem de Ti.
 
Hoje caiu em minhas mãos o texto de um padre. Esse homem disse que Tu morreste porque não sabias mentir. Disse que Tu morreste por causa da oposição política ao sistema da época. Disse que ficava do lado dos marginais, dos criminosos, dos que eram rejeitados, que não fazia caso da vida que levavam. Disse era totalmente irreverente, disse que queria que todos vivessem intensamente a vida, fosse o que fosse o modo de fazê-lo. Por fim, ele disse que Tu vives porque a gente vai fazendo a vida ser eterna, uma doce ilusão de quem quer crer no impossível.
 
Senhor, este de quem o padre fala não é o Senhor. Como pode um homem que cursou teologia, línguas antigas e uma infinidade de teólogos, chegar a essas esdrúxulas conclusões? Fico triste ao ver gente que se diz cristã a celebrar essas abominações e partilhar textos assim como "muito edificantes".
 
Ah, Senhor, como o mundo cristão está diferente! Abandonaram o Teu Livro, abandonaram a Tua augusta revelação e vivem de suposições existenciais sociológicas, um cristo-"qualquer coisa", um redentor utópico no horizonte.
 
Mas eu quero confessar-Te como Tu te revelas nas páginas das Escrituras Sagradas!
 
Tu não morreste porque não sabias mentir! Tu morreste porque nos amou e tornou-se o CORDEIRO DE DEUS que tira o pecado do mundo! Tu não foste um mártir; Tu foste o Sacrifício Único e definitivo no altar divino!
 
Tu não eras um opositor político; pelo contrário, mandaste dar a César o que era de César, a não resistir ao perverso, a nos submetermos às autoridades! Tu, ao seres agredido, não reagias; ao seres humilhado, não revidava. Tu perdoaste aos algozes!
 
Tu não estiveste nunca ao lado dos criminosos, das prostitutas e dos ladrões; Tu estiveste sempre ao lado de PECADORES ARREPENDIDOS E CARENTES DE TUA GRAÇA, tenham sido eles criminosos, prostitutas ou o que quer que fosse! Tu jamais foste conivente com o pecado; aliás, prometeste juízo sobre todo pecador inverterado que não se submetesse à Tua direção!
 
Tu jamais foste irreverente! Longe disso! Tu Te submeteste ao Pai com a maior reverência voluntária de um ser humano. Tu Te prostravas diante de Deus; Tu ordenavas que os curados dessem testemunho diante do povo, submetendo-se aos ritos da Lei. Tu davas graças ao comer; Tu ensinaste-nos a orar e a nos dirigir ao Pai de joelhos, prostrados, chamando-o de PAI!
 
Finalmente, Tu não és eterno porque eu penso em Ti ou porque mantenho-Te presente em meus pensamentos e em minha fala. Tu és o Senhor da vida, Tu morreste e saíste vivo da sepultura, porque a morte não podia Te deter nas entranhas da sepultura! E prometeste a mesma vida e a mesma ressurreição aos que em Ti crescem de todo o coração!
 
A Tua vida e existência não depende de mim; Tu não és um devaneio; Tu és REAL!
 
Senhor, este cristo que estão propagando nas igrejas, pelos padres, pastores, teólogos, doutores e filósofos, não és Tu. Tu és muito, muito maior do que isto.
 
Minha fé eu a coloco só em Ti, ó Cristo vivo, revelado no Novo Testamento, a Palavra de Deus!
 
SANTO, SANTO, SANTO ÉS TU, QUE ERAS, QUE ÉS E QUE HÁS DE VIR, O TODO-PODEROSO! BENDITO SEJAS, Ó PAI, Ó FILHO E Ó, ESPÍRITO SANTO!
 
Amém.
 
Wagner Antonio de Aráujo

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