Uma versão não corrigida seguiu anteriormente,
pelo que peço, com escusas, a substituição do texto anterior
Por este, revisado.
Obrigado.
Pr. Wagner Antonio de Araújo
OLHAI
PARA
OS
LÍRIOS DO CAMPO!
E,
quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo,
como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão,
em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Mateus
6:28,29
Titubeei
muito para escrever este artigo. Não queria que soasse como jactância,
ostentação ou indução interesseira. Orei a Deus para saber de que forma
apresentaria este testemunho. Pedi a minha esposa se teria um título a sugerir.
E ela foi certeira: OLHAI PARA OS LÍRIOS DO
CAMPO!
O
texto bíblico foi dito pelo Senhor Jesus Cristo, ao descrever a maneira com que
Deus cuidava dos lírios no campo e também das aves do céu, salientando que,
mesmo não tendo eles emprego ou ofício, eram sustentados pelo Pai Celeste de
forma magistral. Sua fala não significava o apelo à inoperância, à preguiça, mas
sim a confiança de que o nosso sustento vem de Deus, que cuida dos lírios e das
aves.
Ao
longo destes meus 41 anos de vida cristã li muito sobre os heróis da fé, sobre
as suas experiências de suprimento certeiro nas horas de maior necessidade.
Também convivi com heróis contemporâneos, que, igualmente, tiveram os recursos
para os seus ministérios e as suas vidas pessoais. Eu vi isto na vida de muitas
pessoas.
Eu,
particularmente, no exercício do ministério pastoral, pude ver a maneira
miraculosa com a qual Deus conduziu a igreja que eu pastoreava, de um grupo sem
nenhum recurso para uma propriedade com capela, gabinete pastoral, salas,
berçário, salão social, cozinha, estacionamento e bancada. Como conseguimos?
Através da graça de Deus que, de forma soberana, tocou em centenas de servos e
servas dos mais variados lugares e países, a envidar esforços naquela construção
monumental.
Mas
atualmente vivo um hiato ministerial. Eu obedeci à ordem divina, quando encerrei
o meu último ministério pastoral efetivo, numa igreja a qual amo de todo o meu
coração e aguardei que o Senhor me conduzisse para um novo pastorado. Há cinco
meses houve o início de um ministério auxiliar numa igreja, mas não foi possível
a sua continuidade, pelo que continuei sem trabalho pastoral efetivo. Isto
significa absoluta ausência de renda. AUSÊNCIA de renda, não de trabalho, pois,
durante todo este período, continuei a produzir ininterruptamente muitos textos
e séries de meditações que distribuo. Visito pastoralmente igrejas e pessoas
para pregar onde sou chamado, atendo a irmãos, dou aconselhamento e estou sempre
disponível, mas sem nenhuma renda. E os leitores sabem que a renda é fundamental
na mantença de uma família. Conquanto tenha em minha esposa uma âncora para que
a minha família não tenha falta do essencial, não me é confortável ser privado
de recursos. Trabalhei esporadicamente em projetos de informática e consultoria,
mas apenas um ou outro trabalho com início, meio e fim. Nada
definitivo.
Então
aconteceu aquilo que a Bíblia descreve como "os cuidados do Senhor". Ao longo
destes últimos quatro meses, quando o meu último trabalho como pastor auxiliar
não foi mais possível e eu fiquei sem o ministério efetivo e sem os recursos
indispensáveis, pensei: “esperarei até que Deus me conceda novo ministério,
agora não tenho recursos para prover o que
planejei”.
Nestes
quatro meses, sem que houvesse de minha parte qualquer pedido ou insinuação
exceto a franca partilha das informações ministeriais e dos pedidos de oração,
Deus me concedeu valores e suprimentos a cada
mês.
Um leitor, um ouvinte, um irmão em Cristo, um
familiar, um amigo, três igrejas e vários desconhecidos, sem que um soubesse do
outro, resolveu procurar-me em privado, dizendo: "Deus orientou-me a fazer
isso".
São
muitas as experiências. Vou compartilhar apenas duas para a nossa edificação. Eu
tinha que depositar 800 reais para uma necessidade familiar indispensável. Com
este depósito eu ficaria completamente sem recursos pessoais. Orei a Deus,
agradecendo por ter o valor, mas apresentando ao Senhor o meu pedido de graça,
dizendo: "Creio que o Senhor é o meu provedor. E agradeço por tudo!" No dia
seguinte, em minha conta corrente, um depósito surgiu, no valor de 800 reais!
Poderia ter sido 900, 700, mas a quantia foi exatamente aquela que eu precisava!
Deus proveu!
Uma
segunda foi há um mês atrás. Despesas com minha família exigiam de mim mil reais
muito necessários. E eu não tinha sequer um real. Na minha velha poltrona, onde
costumo orar, sem partilhar isso com ninguém, apresentei ao Senhor a minha
causa. "Senhor, eu preciso de mil reais, Tu sabes que estou pronto a trabalhar e
a fazer o que for necessário, estou nas Tuas mãos. Agradeço se decidires
conceder-me o valor que preciso. Mas serei grato com qualquer resposta, ainda
que seja negativa, pois creio que tudo é para o meu bem." Fui deitar-me. Ao
acordar, deparo-me com um sms do banco, dizendo que um depósito de mil reais
surgiu. E vejo, no whatsapp, um ouvinte meu, que não me conhece pessoalmente, a
me mandar um áudio, dizendo: "Não diga nada; foi Deus quem me ordenou fazer
isso. Só agradeça".
Com
isto quero dizer a quem lê este texto: Deus é real! Deus é presente! Deus está
atento à oração que fazemos em privado! Deus não nos priva de algo pura e
simplesmente por capricho; Ele tem um propósito! Eu sou pastor, pregador,
conferencista, professor, e sinto-me absolutamente preso quando não estou no meu
campo de trabalho, que faço com amor, dedicação e prazer. Eu não sei o porquê de
estar hoje fora do ministério pastoral, mas eu sei que Deus sabe e com estes
suprimentos que me dá é como se estivesse a dizer-me “O que eu faço não o sabes
agora; entendê-lo-ás depois”. Sim, Ele está presente e a cada dia diz: "Continue
trabalhando, Eu Te sustentarei!". "Aquietai-vos e sabei que eu sou
Deus".
Sim,
eu costumo contar as experiências de George Müller, Hudson Taylor, de Timofei
Diacov e de David Gomes. Mas, para a glória de Deus também posso dizer: Deus me
faz andar pelo longo deserto e aqui, no meio da seca e da fome, me concede a
água do ribeirinho e traz, pelos pássaros, carne e pão, para saciar a minha fome
e de minha família. Isso faz com que me lembre daquela antiga canção que diz: “o
mesmo Deus de ontem é também hoje presente e o seu poder eterno além dos
céus”!
O
que dizer? MUITO OBRIGADO, SENHOR!
O
que desejo ao meu leitor? Que CONFIE NA GRAÇA E NO SUPRIMENTO DO SENHOR, pois
Ele está presente.
Que
Deus nos abençoe.
Amém.
Pastor
Wagner Antonio de Araújo.
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