sábado, 2 de janeiro de 2021

memórias literárias - 1099 - SÉRIE: OS APÓSTOLOS DE JESUS - 02 - O QUE ERAM OS APÓSTOLOS PARA JESUS

 SÉRIE: OS APÓSTOLOS DE JESUS

Pr. Wagner Antonio de Araújo
 
ESTUDO 02 - O QUE ERAM OS APÓSTOLOS PARA JESUS
 
1099
 
Olá, prezados ouvintes. Aqui quem fala é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série OS APÓSTOLOS DE JESUS CRISTO e apresentaremos o nosso segundo estudo, abordando O QUE ERAM OS APÓSTOLOS DE JESUS CRISTO.
 
Como todos sabemos muitas pessoas seguiam a Jesus Cristo pelos lugares onde ele passava a curar, a ensinar e a pregar. Contudo, após um período de oração Ele decidiu escolher 12 homens e chamá-los de APÓSTOLOS, designando-lhes uma missão. Perguntamos: Por que Jesus Cristo fez essa convocação? Qual era o seu propósito? Vejamos o que diz o evangelista Marcos sobre isso: “Então Jesus designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios” (Marcos 3.14-15). Aqui está o propósito: um grupo de alunos de tempo integral, escolhidos por Cristo, para estarem com ele, compreenderem quem Ele era de fato, para terem íntimo conhecimento, atravessarem juntos todas as experiências religiosas e o convívio do dia a dia, fazendo a alimentação juntos e viajando para onde Ele fosse. Seria um treinamento intenso e abrangeria todo o ministério do Senhor, incluindo a sua morte, ressurreição e ascensão. Assim lemos em Atos dos Apóstolos, no trecho que designava um substituto para Judas Iscariotes: “É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição” (Atos 1.21-22). Nota-se que outros homens acompanharam o Senhor durante o Seu ministério. Mas estes doze eram fundamentais e por isso passaram a ter os seus ensinamentos revestidos de grande autoridade e foram considerados COLUNAS DA IGREJA. Isto será mais importante ainda: eles assessorarão ao Senhor Jesus Cristo quando vier a julgar o mundo. "Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel." (Lc 22:30). E para completar, terão os seus nomes inscritos nos fundamentos da muralha da Nova Jerusalém (Apocalipse 21.14).
 
O ministério apostólico era revestido de singularidade, como o foi o ministério do Messias. Mateus afirma que o fato de Jesus curar os enfermos, expulsar os demônios e realizar tais maravilhas por onde passava O identificava como o Messias. Leiamos: “Jesus ... expeliu os espíritos e curou todos os enfermos, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mateus 8.16-17). Assim também o ministério apostólico era identificado com a ocorrência de sinais e maravilhas que só aconteciam com a presença de um dos apóstolos. Quando estes faleceram a história da igreja pós-apostólica indica que os sinais também se foram. Não havia mais o fenômeno da glossolalia (variedade de línguas), das curas espetaculares e outras maravilhas. Por exemplo, o próprio cumprimento da vinda do Espírito Santo sobre não-judeus dependeu da presença de apóstolos no local. No caso de Samaria, onde o povo era judeu mestiço, Pedro e João testemunharam a chegada do Espírito, dando Ele a compreensão aos apóstolos que Deus aceitava os mestiços no Reino. Depois, com a convocação de Pedro para evangelizar o gentio Cornélio o mesmo fenômeno aconteceu: o Espírito Santo chegou de forma espetacular à vista do apóstolo, objetivando convencê-lo de que Deus aceitava também os não-judeus em Seu Reino em Cristo.
 
Os apóstolos não governavam as igrejas a nível local. Isto era papel dos anciãos ou presbíteros. Eles cuidavam de nomear ou orientar a escolha desses líderes, mas o papel que exerciam era para com a doutrina e para a expansão da mensagem em toda a parte. Eles jamais estabeleceram sucessores ou regras para que outros ocupassem as suas funções apostólicas.
 
As qualificações dos apóstolos eram muito específicas. Primeiramente deveriam ter sido chamados diretamente por Jesus Cristo. Há dois casos que fogem à regra diretamente, mas que preenchem a necessidade: primeiramente de Matias, escolhido no lugar de Judas Iscariotes. Pedro, ao estabelecer as regras, diz que tinha que ser alguém que esteve com eles “o tempo todo” e que testemunhara tudo como eles. Em segundo lugar ele orou da seguinte forma: “Revela-nos, Senhor, qual dos dois tens escolhido para preencher a vaga neste ministério e apostolado” (Atos 24-25), dando a entender que Cristo já o chamara.

O segundo caso é o do Apóstolo Paulo, que foi diferente de todos os outros. Ele mesmo se chamava de “abortivo”, “fora de tempo”, “tardio”. (I Coríntios 15.8). Porém, de maneira específica Cristo aparecera a ele de forma clara e inquestionável na estrada para Damasco, chamando-o para ser apóstolo. Paulo diz que o viu ressuscitado: “Depois de todos foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.” (I Coríntios 15.8). Paulo sabia que era diferente dos demais (antes de sua conversão fora um inimigo de Cristo). Mas agora incluía-se entre os doze escolhidos, defendendo o seu apostolado com grande eloquência.
 
No próximo estudo começaremos a abordar a vida destes apóstolos e a contribuição de cada um na Obra do Senhor. Que Deus nos abençoe. Amém.

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