domingo, 3 de janeiro de 2021

memórias literárias - 1158 - A FÉ QUE FAZ VIVER - 13 - A FÉ QUE DEVO TER

 memórias literárias - 1158 - A FÉ QUE FAZ VIVER - 13 - A FÉ QUE DEVO TER

 

1158

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a última reflexão da série A FÉ QUE FAZ VIVER. Para encerrar este tema tão pertinente, decidi meditar sobre A FÉ QUE DEVO TER. Afinal, não serei julgado pela fé que os meus pais tiveram, nem que o meu cônjuge tem, nem tampouco pelo que creem os meus amigos. Quando eu me apresentar diante do Tribunal de Cristo terei que responder por mim mesmo e por ninguém mais. E a fé que eu tive será a única coisa que eu poderei levar diante dEle. Se foi uma fé sadia e bíblica, fundamentada em Sua vontade, Ele me receberá com alegria. Caso contrário, serei contado com os ímpios e irei para onde não desejaria ir, para uma eternidade com choro e ranger de dentes.

 

Gostaria de fazer seis afirmações sobre este assunto.

 

A primeira é que a minha fé tem que ser firmada na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Ou eu creio que ela é a fonte de conhecimento para a revelação de Deus ou então não será a fé edificada sobre a rocha. Será apenas uma opinião. Opiniões podem variar. Achar que roubar é errado pode ser uma mera opinião subjetiva. Para ser fé autêntica eu tenho que crer que Deus disse ser errado roubar. E será por causa de quem disse, e não do que eu acho, que eu não roubarei. Isto é, eu darei a Deus a autoridade de me dizer o que fazer ou o que não fazer, e saberei sobre a Sua vontade nas páginas da Bíblia Sagrada. Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Sl 119:105). Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hb 4:12)

 

A segunda: a minha fé tem que vir acompanhada de comunhão com Deus. Se não for assim será mera crença racional, sem atingir o âmago do coração. A Bíblia diz sobre Enoque: E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. (Gn 5:24). Quem diz crer no Senhor deve privar de Sua presença. Jesus Cristo, filho de Deus, deu-nos o exemplo claro de Sua constante comunhão com o Pai. E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. (Lc 6:12). Faz-se necessário cultivar a comunhão com Deus o tempo todo, de forma crescente e ativa. Conhecê-Lo no intelecto não é conhecê-lo plenamente. Jesus disse: Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. (Mt 6:6)

 

A terceira: a minha fé deve ser propagada, partilhada, repartida com o meu próximo. De que adiantará ter a maior notícia de todas as eras, a salvação da alma, e não partilhá-la com o próximo? Por isso Jesus foi peremptório para com os seus apóstolos: O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados. (Mt 10:27). O Apóstolo Paulo afirmou: Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. (1Co 9:22). Partilhar a fé é sinônimo de compromisso. “Ide por todo o mundo e pregai”.

 

A quarta: a minha fé deve fazer o bem ao próximo. A generosidade deve acompanhar a vida do crente. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou. (Jo 6:27). Paulo diz: Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. (1Jo 4:11). Servir ao próximo é sintoma de vida cristã, isto quando não motivado para fins de auto exaltação ou benefício religioso. E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira. (Lc 3:11)

 

A quinta: a minha fé deve fazer-me honesto e correto em meus negócios. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. (Rm 13:8). Os verdadeiros crentes devem honrar o nome que têm, sabendo que tudo o que fizerem refletirá no Nome que carregam como Deus. Se forem honestos trarão louvores ao Senhor. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mt 5:16). O crente verdadeiro não deve gastar á toa o seu dinheiro. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?. (Is 55:2).

 

A sexta é última: a minha fé deve preparar-me para viver ou para morrer. Se creio de verdade não temo a morte. Posso temer o processo, pensar sobre a experiência, mas não temo o destino. porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia. (2Tm 1:12). Assim diz também: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. (Fp 1:21).

Tem o ouvinte a fé verdadeira, que faz viver e traz paz? Jesus disse: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16:33). Que assim seja para com todos nós. Amém. 

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