domingo, 3 de janeiro de 2021

memórias literárias - 1148 - O VALOR DE UM LAR CRISTÃO - 12 - AS FÉRIAS EM FAMÍLIA

 O VALOR

DE UM LAR
CRISTÃO
 
12.   AS FÉRIAS
EM FAMÍLIA
1148
 
Olá, aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a penúltima meditação desta série, cujo foco é O VALOR DE UM LAR CRISTÃO. Já analisamos diversos aspectos da vida em família e do papel de cada um em seu contexto. Hoje quero meditar sobre a importância das férias para a felicidade da vida.
 
Infelizmente nem todos podem tirar férias, tendo em vista agendas diferentes entre marido e mulher ou mesmo pelas férias escolares serem interrompidas por greves inúmeras que acontecem nos meios públicos do Brasil. Alguns não reúnem condições econômicas suficientes para desfrutar de um pequenino descanso. Mas pensemos de forma ideal, mesmo que não tenhamos um mês inteiro para desfrutar. Alguns dias bem vividos valem mais que trinta dias mal aproveitados.
 
Eu mesmo posso me lembrar com muito amor e carinho das viagens que fiz para a Meia Légua, em Cambuí, Minas Gerais. Papai tinha propriedade naquele pedaço de chão onde nascera. Tínhamos lá uma casa e passávamos as férias de janeiro e de julho junto dos meus avós e tios. Quantas recordações guardo no coração! Andava à cavalo, escorregava no morro de terra, banhava-me na cachoeira, corria atrás das galinhas (e outras vezes o galo corria atrás de mim...) Lembro-me também em uma das férias, quando papai nos levou para a praia. Como não morávamos no litoral ir à praia era um evento muito esperado. Aqueles dias de 1974 tornaram-se um patrimônio em minhas recordações de menino! Eu nadei, brinquei, bebi água, empinei pipa, chutei bola, tudo isso e muito mais naquela semana longínqua de 1974!
 
O lazer é importante. Jesus disse aos apóstolos, que estavam cansados com a operosidade do ministério que exerciam junto dEle: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. (Mc 6:31). O repouso e o descanso é a oportunidade de afiar as ferramentas, diziam os lenhadores. E para a família um tempo de lazer juntos é a grande chance de não se perder a intimidade, o encorajamento, a amizade e o convívio. Certamente que problemas acontecem: um carro que se acidenta, uma tempestade que leva embora a barraca do acampamento, o dinheiro que termina, uma doença inusitada. No momento da crise há um desespero, mas depois se torna uma recordação que, muitas vezes, nos trará até risos e saudades. Quem não se lembra de um tombo, de uma estrada errada ou de uma janta que não deu certo?
 
Pais e filhos podem conviver melhor. Com o corre-corre do dia a dia os pais e os filhos tendem a se ver pouco, somente nas horas de refeição ou nos finais de semana. Nas férias, entretanto, podem estar juntos o tempo todo. É importante que se certifique de não levar o serviço para as férias, ou não deixar a tecnologia invadir o lazer. Férias com um celular às mãos, um playstation  ou um computador o tempo todo ligado não são férias, são apenas mudanças de domicílio. As férias devem ter atividade real em família, entretenimento, movimento, convívio e fé.
 
Mães podem conversar com os jovens filhos e pais podem contar as suas experiências. Podem fazer gostosos passeios turísticos, nadar na praia, andar a cavalo ou caminhar por trilhas. Ou então, se mais abastados forem, ficar numa pousada, num cruzeiro, numa viagem internacional e conhecer lugares maravilhosos. Tudo isso promove a união. Porém, e é importante frisar, devem ser férias sustentáveis, que não gerem dívidas. Primeiro ajuntam-se os recursos, para depois gastar. Tirar férias e pagar a perder de vista não é um bom costume, pois não se pode contar com o ovo antes da galinha botá-lo. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. (Rm 13:8).
 
A família deve levar Deus nas férias. Com isto quero dizer que o culto doméstico, a comunhão com Deus, a adoração, o cântico e a leitura bíblica devem ser uma constante neste convívio. Se são cristãos devem se comportar como cristãos. O nosso grande interesse na vida é o de agradar ao Senhor, não meramente descansar ou divertir-se. E também que se frise que nenhuma diversão que agrida a Palavra de Deus, cause escândalo ao próximo ou renegue os nossos valores deve ser considerada válida. Baladas, bebedeiras, frequência em locais de depravação, esportes que coloquem em risco as vidas ou eventos de violência não devem constar da programação de férias de nenhuma família cristã.
 
Por fim, as férias podem servir para rever familiares que há muito tempo não se viam. É o tempo de visitar o vovô, a vovó, o titio, a sobrinha. Um tempo de rever a terra onde se nasceu, a igreja onde se criou e a cidade onde estudou. Um tempo de voltar às raízes e de dar graças pela mão de Deus. Férias podem trazer alegria e fortalecimento de nossos vínculos com quem nos trouxe ao mundo.
 
Prezado ouvinte, coloque as férias como atividades importantes para a família, férias sustentáveis e dignas, que promovam a comunhão e a felicidade em família. Ainda que por cinco ou dez dias, serão momentos maravilhosos na presença de Deus. Que Ele nos abençoe. Amém.
 
Wagner Antonio de Araújo

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