sábado, 2 de janeiro de 2021

memórias literárias - 1101 - SÉRIE: OS APÓSTOLOS DE JESUS - 04 - 01 - O APÓSTOLO PEDRO PARTE 1

  

SÉRIE: OS APÓSTOLOS DE JESUS
Pr. Wagner Antonio de Araújo
 
ESTUDO 04 - 01 - O APÓSTOLO PEDRO PARTE 1
 
1101
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série OS APÓSTOLOS DE JESUS CRISTO e estamos no quarto estudo. Hoje falaremos sobre o primeiro apóstolo: PEDRO.
 
Seu nome hebraico era Shimehon, cujo significado é “PEDIDO ATENDIDO”. A forma grega desse nome é Simeão ou Simão. Ao ser chamado pelo Senhor para ser apóstolo recebeu um título aramaico: “KEPHA” (Cefas), cuja forma grega é “PEDRO”, significando ROCHA. João em seu evangelho o chama de SIMÃO PEDRO. Marcos o chama de SIMÃO até o capítulo 3.16 e depois passa a chamá-lo PEDRO.  O pai de Pedro se chamava João ou Jonas (em João 21 ele é chamado de “filho de João e em Mt 16.17 de “Barjonas”, que significa “filho de Jonas”).
 
Foi um dos primeiros a ser convocado pelo Senhor. Seu irmão ANDRÉ (que tem um nome grego) foi discípulo de João, o Batista. Fez parte do círculo íntimo de Cristo, composto por ele, por João e por Tiago.  Como apóstolo comportava-se como um líder e porta-voz do grupo, dado o seu temperamento impetuoso. Pedro era casado e depois da ascensão do Senhor fez o seu trabalho junto com a esposa (Mc 1.30 fala sobre sua sogra e I Coríntios 9.5 encontramos estas palavras Paulinas: “Não temos nós o direito de nos fazer acompanhar de uma mulher irmã como fazem  os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?”). Era natural da cidade de Betsaida, cidade à beira do Lago de Genesaré (João 1.44). Tinha uma casa em Cafarnaum na Galiléia, conforme Marcos 1.21. Ele falava aramaico e possuía forte sotaque nortista, conforme Marcos 14.70. João, em seu evangelho, sugere que Cristo teve um primeiro período antes do ministério na Galiléia e ali André se une ao Senhor (joão 1.40). Isso explica melhor a aceitação de Pedro em Mc 1.16-18).
 
Quando o Senhor pergunta qual era a opinião dos apóstolos sobre Si, Pedro responde por todos eles: “Tu és o Cristo” (Mc 8.27). Quando Pedro pede que Jesus não padeça também representou os demais, pois diz o texto que Ele “olhou para todos” na repreensão (Mc 8.33). Pedro foi um dos três privilegiados que viu Jesus transfigurar-se diante de seus olhos. Isto provocou grande influência sobre a sua vida e ministério, como lemos em I Pedro 5.1 e 2 Pedro 1.16.
 
Na última ceia do Senhor Pedro disse que jamais negaria a Cristo, tornando-se a voz de todos, conforme Mc 14.29. Foi justamente esta jactância petrina que fez Jesus apontar-lhe o dedo, dizendo que iria negá-lo três vezes, o que aconteceu naquela madrugada, cujo registro está em Marcos 14.71.
 
Pedro recebe uma grande comissão. No ato de confessar que Jesus era o Cristo, o filho do Deus vivo, ele ouve do Senhor as seguintes palavras: “Tu és Pedro e sobre esta pedra erguerei a Minha Igreja”(Mt 16.18).  Este texto tem sido alvo de grande controvérsia. A questão imposta é: quem seria a rocha; Pedro ou a confissão petrina? Há duas interpretações para a questão.
 
A primeira é a aceita pela cristandade evangélica. A rocha sobre a qual Cristo ergueria a Sua igreja era a confissão messiânica, isto é, de que Jesus era o Filho do Deus vivo. Essa interpretação foi feita logo após o período apostólico, antiquíssima.
 
A segunda é a católica romana: Pedro seria a rocha. Essa interpretação surgiu desde Tertuliano. Orígenes, contudo, afirmou: “ter a fé e as virtudes de Pedro equivalem a ter as chaves de Pedro”. Quer a igreja católica que Pedro não apenas exerça a primazia, mas que seja também o antecessor de seus bispos, criando uma impossível sucessão apostólica. Nada mais distante do ensino sobre apóstolos contido no Novo Testamento.
 
O que o próprio Pedro afirma sobre a rocha sobre a qual a Igreja de Cristo está construída? Ele diz: “Cristo, a rocha que vive ... e vós, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pe 2.4,5). Para Pedro Cristo era “a pedra angular”, conforme I Pe 2.6. Assim, Pedro jamais compreendeu ser o fundamento da Igreja, até porque as mesmas promessas foram feitas aos demais apóstolos no capítulo 18 de Mateus: “tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus” (v.18). Assim, a rocha sobre a qual a Igreja de Cristo foi construída é a fé messiânica, que reconhece-o como o Filho do Deus vivo e o Salvador da humanidade.
 
É evidente que Pedro tornou-se presidente do colégio apostólico. Antes da vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes Pedro presidiu a assembleia dos 120 irmãos, conforme At 1.15. Após o Pentecostes torna-se o pregador principal, conforme At 2.24. Quando inquiridos pelas autoridades judaicas é Pedro quem responde por todos, conforme At 4.8. Ele também executa as disciplinas na igreja nascente, como no caso de Ananias e Safira em At 5.3. No exercício do seu ministério exibia poderes maravilhosos, conforme At 5.15. Quando os crentes samaritanos converteram-se, foi Pedro quem desceu até eles e orou para que recebessem o Espírito Santo, conforme At 8.14.

Pedro foi uma dádiva do Senhor para a Sua igreja. No próximo estudo continuaremos a falar sobre ele. Que Deus nos abençoe. Amém. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...