sábado, 2 de janeiro de 2021

memórias literárias - 1118 - SÉRIE NATAL 2020 - 01 - O NATAL DA SIMPLICIDADE

  

SÉRIE: NATAL 2020
Pr. Wagner Antonio de Araújo

1o. - O NATAL DA SIMPLICIDADE
 
1118
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.
 
Naquele natal não havia árvore enfeitada com bolas coloridas e luzes piscantes. Não havia cartões em seus galhos e nem imitações de neve sobre ela. Aliás, nem árvore havia onde ele acontecia.
 
Também não havia uma ceia de natal. A mesa não estava repleta de comidas gostosas, algumas especiais para o evento. Salpicão, peru assado, pernil fatiado, chester e muito arroz com uvas passas. O que tinha era intragável ao paladar humano. E nem tinha importância alguma a falta do que comer.
 
Naquele natal não havia reunião familiar. Não estavam presentes os sogros, os cunhados, os primos, os vizinhos, os amigos, o chefe do serviço, os colegas de faculdade, os conhecidos pela mídia. Na verdade estavam só os da casa, rodeados de animais que nada diziam.
 
Também não havia presentes para abrir. Eles não tinham ido ao shopping center gastar dinheiro, não trouxeram caixas grandes de brinquedos para as crianças, embrulhos bonitos com roupas para os adultos e embrulhos especiais com varas de pesca, furadeiras ou utensílios de cozinha para o papai e a mamãe. Na verdade não havia presente algum que tivessem comprado. Apenas um que ganharam.
 
Não era um ambiente docilmente preparado para o festejo. Não estava tudo revestido de verde e vermelho, com figuras de papai Noel ou estrelinhas de natal. Não havia cartazes com neve, ou letras artísticas com frases especiais a saudar o evento.
 
Conquanto nada do que citei estivesse presente, não houve natal igual aquele. Uma estrebaria numa gruta, repleta de animais que repousavam, estrume que produziram, cochos com comida, palha ajuntada e ambiente inóspito. Porém, conquanto nada fosse glamoroso ali, tinham um presente que nenhum natal teve. Eles estavam com o Filho de Deus em pessoa. Ali estava, recém-nascido, o menino-Deus. Ali estava Maria e seu esposo José. Ali estava a luz divina, vinda da estrela do Senhor e a esperança de salvação para toda a humanidade.
 
Neste ano, quando o natal em nossas casas está restrito e sem familiares aglomerados, sem muitos presentes e talvez sem muitos pratos diferentes, que tenhamos também a maior riqueza possível em nossos corações: a presença de Jesus, o verdadeiro sentido do Natal. Feliz Natal!

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