VOU
JOGAR
FORA
1156
Um casal estava prestes a
divorciar-se. Procuraram-me para o aconselhamento.
- Pastor, não nos
suportamos mais. Queremos nos separar. O senhor pode nos
ajudar?"
Eu, perplexo,
apresentei-lhes o que a Bíblia dizia sobre o assunto. Falei-lhes que o casamento
é para toda a vida. Disse-lhes que apenas o adultério de um dá a liberdade para
a separação, o que não significa obrigatoriedade, pois o poder do perdão pode
transformar o relacionamento. E, separados, não teriam a opção de um novo
relacionamento, à luz da Bíblia.
Eles ouviram com atenção,
mas estavam dispostos a se separarem.
Então peguei um artesanato
antigo, feito por minha falecida mãe. Fui mostrar para eles os detalhes. De
repente a peça escapou-me das mãos, espatifando-se no chão. Foi um lamento
geral!
- Ah, pastor, somos os
culpados! Se não estivéssemos aqui não teria tirado a peça do
lugar!
- Puxa, pastor, o que fazer
agora?
Eu tive uma idéia.
Falei-lhe:
- Bem, já que a peça se
quebrou, nada mais resta senão colocar no lixo. A senhora pode ir até a
secretaria pegar um saco de lixo?
Ela, espantada,
disse:
- Não, pastor! Essa peça
tem conserto!
- Mas para quê, irmã? Já
quebrou mesmo, não há o que fazer!
- Não, pastor. Foi sua
falecida mãezinha quem fez. Ela não está mais aqui para fazer outra. Essa peça é
única. Vou lhe ajudar a colar e vai ficar quase perfeita.
Então eu parei por um
minuto, absolutamente inerte. Eles se assustaram. Ao fim do minuto eu
disse:
- Se a senhora deseja
consertar esta peça por ser única, por que jogar fora o seu casamento, que
também é único? Está trincado? Está rachado? Não tem mais a beleza de antes? Que
tal colarmos as peças também, pedaço por pedaço? Afinal, este casamento foi
permitido por Deus para toda a vida e, pelo que me consta, vocês ainda não
morreram!
Eles, envergonhados e
talvez arrependidos, olharam-se mutuamente, fizeram sinal de concordância e
aceitaram colar os pedaços que estavam quebrados.
Para encurtar a estória:
três meses depois celebrávamos um culto de ação de graças pelo longevo casamento
desses irmãos (mais de 20 anos) e o meu presente foi a peça artesanal que mamãe
preparara. Ela simbolizava a mesma restauração feita por Deus
ali.
Aleluia!
(obra ficcional, BASEADA em
fatos reais).
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