memórias literárias - 1124 - 01 - SANTIDADE AO SENHOR - 01 - INTRODUÇÃO
1124
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Fui agraciado mais uma
vez com o convite da EBAR – Escola Bíblica do Ar, para trazer reflexões
temáticas por uma temporada. Os convites da EBAR são para mim uma joia por
demais preciosa. Não há nada que eu possa fazer que expresse de maneira completa
a gratidão do meu coração pelo carinho, pela deferência, pela consideração.
Obrigado, irmã Ana Suman Gomes, obrigado, EBAR!
Há muito tempo atrás, quando Deus Se revelava ao povo hebreu, Ele mostrou a Moisés a forma com que desejava ser adorado. Os hebreus viviam no Egito e ali aprenderam toda a sorte de atitudes religiosas pagãs, conquanto guardassem expressamente no coração e na conduta os ensinamentos recebidos dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Era necessário, entretanto, conhecer mais sobre esse Deus maravilhoso, único e verdadeiro e sobre a maneira de adorá-Lo, de servi-Lo, de reverenciá-Lo.
Deus conduz o povo ao deserto e, ao pé do Monte Sinai, dá a eles
as dez palavras eternas, os Dez Mandamentos, através dos quais o povo pautaria a
sua vida dali para frente. Posteriormente Deus os orienta sobre como cobrirem os
seus pecados e serem aceitos na presença do Senhor. Ele mostra o Tabernáculo,
uma tenda onde os procedimentos religiosos seriam feitos. Ele estabelece o
sacrifício de cordeiros em lugar dos pecadores que buscariam ao Senhor. Deus diz
que sem derramamento de sangue não há remissão e então os ensina como realizar
os sacrifícios, as oferendas, as ofertas, os rituais que evocavam o pecado do
povo, a graça de Deus e um futuro plano de relacionamento, onde outro profeta
semelhante a Moisés apareceria, completando a revelação.
Nos rituais e cerimônias havia o papel do sumo sacerdote e dos
múltiplos sacerdotes. Para o primeiro, Arão e seus descendentes, fazia-se
necessário usar uma roupa especial repleta de significados. Na cabeça, por
exemplo, o sumo sacerdote deveria haver uma mitra, isto é, um turbante, que lhe
cobrisse toda a cabeça. Na parte da testa haveria uma plaquinha com a seguinte
frase: “SANTIDADE AO SENHOR”. Sem esse uniforme o sumo sacerdote não seria
aceito e nem sobreviveria quando fosse representar o povo perante Deus no
sacrifício. Disto surgem duas questões: 1. Por que esta frase na testa do sumo
sacerdote? 2. O que é santidade?
Por que o sumo sacerdote deveria levar esta frase na testa? Porque
o povo deveria ver no sacerdote o que era importante lembrar para toda a vida:
que o Deus Todo-Poderoso não era como os falsos deuses do Egito ou de outros
povos. Era um Deus santo, isto é, limpo, puro, iluminado, correto, maravilhoso,
sem a mescla com o mau. Além disto, ao entrar na presença de Deus, esta placa
proclamaria o desejo do povo de aproximar-se de Deus da maneira que O agradaria,
isto é, separados e consagrados só a Ele.
O que é santidade? Santidade é o estado de separação de toda a
impureza e de todas as formas de pecado e de rebeldia. Deus exigia santidade de
Seu povo. Assim lemos na Bíblia: Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu
sou o SENHOR vosso Deus. (Lv 20:7). Deus separara um povo de todos os outros
para tê-los integralmente em Suas mãos, seguindo a Sua vontade, obedecendo à Sua
Palavra, vivendo de maneira diferente e pura. Quando Cristo veio e se tornou o
nosso único Sumo Sacerdote, substituindo todo o ritual e os sacrifícios da Velha
Aliança, Ele separou os Seus seguidores de todo o restante do mundo, tornando-os
santos com Ele. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá
o Senhor; (Hb 12:14). A santificação é, em primeira análise, a transformação do
coração quando nos encontramos com Jesus. Ele transforma a nossa vida, fazendo
de nós novas criaturas. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2Co 5:17). Em Cristo não
vivemos mais escravizados ao pecado, somos libertos e assumimos um comportamento
diferente do que tínhamos. Assim como apresentastes os vossos membros para
servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos
membros para servirem à justiça para santificação. (Rm 6:19). Os escolhidos pelo
Senhor para a vida eterna vivem de forma diferente, não mais em rebeldia e em
pecados. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado
conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. (1Jo
5:18).
Nestas próximas meditações gostaríamos de abordar a santidade da
vida cristã. Há um falso evangelho sendo propagado de forma generalizada,
dizendo que não importa a maneira com que se viva, o que importa é o conceito de
fé que se tem. Isto não é verdade, pois para Deus os verdadeiros crentes
produzem fruto de santificação. Quem não os produz não está salvo. Qualquer que
permanece nele não vive em pecado; qualquer que vive pecando não o viu nem o
conheceu. (1Jo 3:6).
Que Deus nos conduza nestes próximos programas a vivermos de tal
forma que geremos no coração de Deus muita satisfação e no coração das pessoas
um desejo intenso de encontrar a mesma salvação. Que Ele nos abençoe.
Amém.
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