sábado, 2 de janeiro de 2021

memórias literárias - 1107 - SÉRIE OS APÓSTOLOS DE JESUS - 10 - 12 JUDAS PARTE 2 - 12 - MATIAS - 13 - PAULO PARTE 1

  

SÉRIE: OS APÓSTOLOS DE JESUS
Pr. Wagner Antonio de Araújo
 
ESTUDO 10 - 12 - JUDAS PARTE 2 - 12 - MATIAS - 13 - PAULO PARTE 1
 
1107
 
Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Esta é a série OS APÓSTOLOS DE JESUS CRISTO e estamos no décimo estudo. Encerramos o estudo anterior falando sobre o 12º. Apóstolo, JUDAS ISCARIOTES. Continuaremos a falar sobre ele.
 
Judas Iscariotes, em sua sede por poder e riquezas, entregou a Jesus Cristo para as autoridades judaicas por trinta moedas de prata. Ele combinou um sinal: um beijo. O beijo naquela época tinha importantes significados: 1) Escravos beijavam os pés de seus senhores; 2) Os que buscavam o perdão de um rei também beijavam os seus pés; 3) Beijar a orla de uma veste mostrava reverência; 4) Discípulos beijavam a mão de seus mestres; 5) Amigos mais chegados davam um abraço acompanhado de um beijo, o ÓSCULO.  Judas, querendo fingir intimidade com o Mestre, estabelece o beijo como sinal. Depois disso o remorso tomou conta de seu coração. Ele tentou desfazer o negócio com as autoridades judaicas, mas era tarde demais. Atirou as moedas ao chão e correu dali, buscando um lugar para enforcar-se. Os sacerdotes, com o valor, compraram um campo para sepultar forasteiros. Isto está em Mt 27.3-10. Em Atos 1.18-19 encontramos a afirmação de que o seu corpo rompeu-se pelo meio e que suas entranhas esparramaram-se. Papias afirma que o seu corpo inchou horrivelmente e caiu precipitado. Triste fim de alguém que teve tantos privilégios com Cristo!
 
Judas é chamado de O FILHO DA PERDIÇÃO, João 17.12. Isto não significa que Jesus deliberadamente chamou um filho do Maligno para ser seu apóstolo. Judas certamente poderia ter agido de outra forma, mas não o fez. A verdade é que Judas nunca havia se convertido realmente ao Messias. Ele foi apóstolo sem nunca ter tido um verdadeiro encontro com o Senhor. Ele preferiu dar ouvidos a ambição e Deus confirmou a sua decisão. Isso nos faz lembrar de muitos que estão próximos do Reino de Deus, que frequentam igrejas, que têm famílias cristãs, mas não se convertem verdadeiramente. O destino destes é o lago de fogo e enxofre por toda a eternidade! E assim termina a história deste traiçoeiro apóstolo.
 
MATIAS é o nome do homem que substituiu a JUDAS ISCARIOTES, depois que Pedro orou para que Deus mostrasse a quem Ele escolhera para ter parte e nome no apostolado. Ele ocupou a 12ª. posição na lista de apóstolos. Após lançarem sortes entenderam que MATIAS fora apontado pelo Senhor. Ele preenchia as condições: fora testemunha pessoal do ministério de Jesus Cristo desde o começo, bem como de sua morte, ressurreição e ascensão. Isto está em Atos 1.15-26. Era importante que o quadro de apóstolos estivesse completo no ato do derramamento do Espírito Santo na festa do Pentecostes, onde aconteceria a primeira colheita de vidas para Cristo. Além disto nada mais se sabe sobre Matias no Novo Testamento. Eusébio acrescenta em suas notas que ele fora um dos 70 a quem Jesus dera a missão de pregar, durante o Seu Ministério.
 
Daqui para frente trataremos do último apóstolo, que não fez parte do quadro dos doze, nem foi companheiro dos contemporâneos no ministério do Senhor. Ele chamava a si próprio de “ABORTIVO”, “CHAMADO FORA DO TEMPO ADEQUADO”. Sua vida sofreu uma mudança completa, transformando-o de arqui-inimigo de Cristo e de Sua Igreja ao maior de todos os apóstolos em extensão de trabalho de evangelização. Estamos falando de PAULO, O APÓSTOLO DOS GENTIOS.

PAULOS, em grego, significa PEQUENO. Este era o segundo nome de SAULO, forma grega do hebraico SHAUL, “PEDIDO A DEUS”. Paulo aparece pela primeira vez em At 13.9. Antes era chamado de SAULO.
 
Ele era “HEBREU DE HEBREUS”, segundo suas próprias palavras. Era da tribo de BENJAMIM, conforme Fp 3.5. Nasceu na cidade-colônia romana de TARSO e, por isso considerado CIDADÃO ROMANO (At 21.39), posição que lhe dava enormes privilégios sociais num mundo onde a escravidão e a servidão imperavam. Em At 22.3 diz que foi nascido em TARSO, mas foi criado nos joelhos de sua mãe em Jerusalém e educado aos pés do RABINO GAMALIEL. Tornou-se tão proeminente e dedicado que, mesmo sendo jovem, conseguiu cartas de autorização para perseguir os cristãos em Damasco. Ouçamo-lo: O que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido autorização dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles. (At 26:10). A sua presença era motivo de grande temor e perigo para os cristãos. Suas palavras dão a entender que era membro de importante sinagoga (casa de culto judaico), ou do CONCÍLIO DO SINÉDRIO. SINÉDRIO era o tribunal judaico da mais alta relevância e poder, mas também poderia significar instâncias locais ou distritais. Pela sua refinada educação e posição social entende-se de que sua família tivesse recursos e grande influência em Jerusalém. Encontramos parentes seus até no judiciário judeu (o seu sobrinho, filho de sua irmã, tinha acesso ao comandante da prisão em Jerusalém, At 23.16-20).
 
No próximo estudo daremos sequência aos dados que temos sobre este líder de extraordinária envergadura, o herói da fé PAULO, O APÓSTOLO DOS GENTIOS. Até lá, se Deus quiser!

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