A PRESSA DE QUEM SOFRE
SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS
NÚMERO: 124
1003
Olá!
Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. A nossa atenção tem sido focada no livro
dos Salmos, o primeiro hinário do povo de Deus. Hoje meditaremos no Salmo 70.1,
que assim declara: “Praza-te, ó Deus, em livrar-me; dá-te pressa, ó
Senhor, em socorrer-me.”
Enquanto escrevo contemplo o sofrimento humano neste
princípio de ano. O sudeste brasileiro é duramente castigado pelos temporais
avassaladores que caem impiedosamente sobre as cidades, vilas e aldeias. Casas
desmoronam, vidas são ceifadas, famílias perdem tudo. No outro lado do mundo
assisto estupefato o surgimento de uma pandemia mortífera, adquirida no manuseio
de animais silvestres. As pessoas contaminadas adquiriram doenças letais e o
vírus se espalha por todo o mundo. Ao mesmo tempo vejo as filas quilométricas de
candidatos às poucas vagas de emprego que a indústria e o comércio
disponibilizam. Quanto sofrimento!
Davi, o
autor deste salmo, sabia o que era o sofrimento humano. Ele era um homem de
guerra, um homem que sabia a dor da fome, o infortúnio da sede, o desconforto do
frio, a severidade da perseguição pelo inimigo. Ele, como guerreiro, também
impusera ao inimigo situações similares através das múltiplas batalhas. Quem é
submetido a condições difíceis sabe bem qual é a cor da dor ou o cheiro da
tragédia.
Assim,
diante de Deus, aos pés de Jeová, Davi suplica: “Praza-te, ó Deus,
em livrar-me”. Esta expressão está associada à parte 2 do
versículo, constituindo-se na belíssima poesia hebraica, cuja meta não era rimar
palavras, mas ideias. Praza-te está para dá-te pressa. Davi implora para que
Deus o livre. E faz bem, pois o único que pode nos livrar em momentos de
infortúnio é Deus. Ele está presente junto daqueles que nEle confiam. E a pressa
é uma necessidade do coração. Um homem foi soterrado nos escombros de um
edifício. Em todo o tempo ele lembrava-se deste versículo, pedindo a Deus que
apressasse o socorro. E foi exatamente o que lhe aconteceu. Ele
sobreviveu.
A parte b do versículo diz: “dá-te pressa, ó, Senhor, em socorrer-me”. Sim, há ocasiões em que não há mais o que esperar, não há como protelar, precisamos de uma manifestação divina em nossa vida. Por isso no Novo Testamento está escrito: Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. (Fp 4:6). Há tempo para orar, mas há tempo para suplicar. E o salmista suplica, implora, clama, grita: “tem pressa, Senhor!” Está o ouvinte carecendo de um socorro imediato? Clame! Implore! Suplique! Que Deus lhe socorra em nome de Jesus! Amém!
Wagner Antonio de Araújo
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