terça-feira, 29 de dezembro de 2020

memórias literárias - 1019 - ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS - NÚMERO: 137

ENSINA-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS

SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS

NÚMERO: 137

 

1019

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Chegamos ao Salmo 90, o mais antigo salmo da Bíblia. Ele foi um cântico ensinado por Moisés aos hebreus, que ainda estavam no deserto aguardando o dia de conquistarem a terra de Canaã.  Moisés diz que a vida de alguém vai até setenta anos ou, quando muito, oitenta, cheia de canseira e enfado. Mas o Pentateuco, os cinco livros de Moisés, anotam que ele viveu até os cento e vinte anos e não teve perda de saúde, de coragem, de vitalidade.

 

Um dos versículos mais preciosos deste salmo – e cada verso deste texto daria uma meditação especial – é o que se encontra no versículo 12: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” Salmo 90.12.

 

O meu filho Josué tem neste momento dois anos e meio. Ele está aprendendo a contar. As suas contas são meio irregulares: ele conta 1, 2, 3, 4, 14, 15 e depois volta para o 8, 9. Ele é pequenino e ainda não consegue discernir bem as questões numéricas. Quando mais tempo passar ele saberá contar direitinho, se Deus quiser. Assim somos nós com relação à vida. Quando bem jovens achamos que temos a eternidade à nossa frente. Eu, por exemplo, quando tinha 10 anos, achava extremamente velho alguém com 25 anos. Ao chegar aos 25 considerei que ter 50 era realmente ser velho. Hoje tenho 54 e as coisas não são bem assim. Mas uma coisa eu hoje tenho certeza: os nossos dias são limitados e contados, não havendo expectativa de continuar além do natural. Eu acredito que Moisés, enquanto escrevia o seu cântico, desejava refletir sobre a brevidade da vida, as dificuldades que encontramos e a importância de se viver cada dia como uma dádiva, uma concessão, uma vitória, uma bênção. Sim, essa consciência nós só atingimos na maturidade. Quando jovens temos muita energia, muito tempo e pouca experiência. Quando mais velhos temos a experiência, mas sem a jovialidade e a energia anteriores. Por isso cada momento torna-se importante. Eu, particularmente, sorvo cada instante como uma dádiva. Gosto de ver o pôr-do-sol ao entardecer, olhar para a chuva ao cair, ver a flor que dá lugar ao fruto na árvore e vivenciar as experiências com Deus. Na igreja, por exemplo, gosto de fotografar o povo reunido na presença do Senhor, pois naquela configuração pode ser a única vez. Eu peço a Deus que me ensine a viver, que me ensine a celebrar as alegrias, chorar as tristezas, aguardar pelo amanhecer, desfrutar da noite. Se assim o for, não perderei a graça de cada dia, a experiência de cada momento e a virtude de buscar a vontade de Deus para cada situação.  

 

Olhe para os seus familiares. Contemple a sua casa. Olhe para as árvores da rua. E bendiga a Deus por estar vivo. Viva para Jesus. Que Ele lhe abençoe. Amém.

 

Wagner Antonio de Araújo

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