domingo, 27 de dezembro de 2020

memórias literárias - 979 - A SOMA DOS MEUS DIAS - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS - NÚMERO: 091

A SOMA DOS MEUS DIAS

SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS

NÚMERO: 091

979

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo.

 

Passei numa praça aqui em São Paulo e vi um busto enorme. Estava ali a estátua do Conde Matarazzo, que construiu o maior império industrial do século XIX e começo do século XX, em nosso país. Há fotos que mostram milhares e milhares de trabalhadores em inúmeras indústrias em toda a região da Barra Funda, Pompéia e arredores, um império que jamais acabaria. Hoje, mais de um século depois, nada sobrou, senão um ou outro patrimônio daquela família. Será que o conde contava com o fim de seu império e de sua linhagem?

 

Se lermos os livros de história nos depararemos com líderes que pensaram serem perpétuos e permanentes. Gente que achava estar acima da mediocridade, acima dos riscos humanos. Viviam como se fossem soberanos. Foi o que aconteceu com Nabucodonozor na Babilônia. Ele tornou-se o primeiro rei dos reis num império geral. Contudo, num determinado dia, enquanto admirava os jardins da Babilônia, perdeu o juízo, tornou-se débil, passou a agir como um animal e deixou-se habitar no mato com os bichos. Onde estava o grande rei? Acabara. No caso dele, após um  tempo ele recobrou a consciência e voltou a ser rei, mas reconheceu que todo o poder emana de Deus, que ninguém é maior do que Deus.

 

Diz o Salmo 39.4: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade”.

 

Não somos nada! Não somos ninguém! Há alguns anos o Brasil tinha uma dama da TV brasileira, que era festejada e ovacionada, que ganhava fortunas e estava em todas as programações. Esta mulher morreu e poucos se lembram dela! Outro dia um grande jornalista caiu em um helicóptero, sendo carbonizado pelas chamas. O seu nome era dito em toda a parte o tempo todo, as suas opiniões ouvidas, discutidas e aplaudidas. Onde ele está agora? Ele morreu! Às vezes pensamos que o mundo gira em torno de nós mesmos, que o mundo não sobreviverá à nossa ausência. Ledo engano! Devemos ter consciência de nossa finitude, de nossas limitações. Isso nos tornará mais humildes para com aqueles que estão ao nosso redor, que nos servem ou a quem nós servimos. Nós não somos donos da vida. Por isso devemos respeitar o próximo, agradecer a todos e tudo fazer pelo bem dos que precisam. Quanto mais consciência tivermos de nossa finitude mais humildes seremos e mais reconheceremos que dependemos de Deus e de sua graça para nos abençoar e nos usar.

 

Prezado ouvinte, peça a Deus para dar-lhe consciência de sua finitude. Viva a vida com a responsabilidade de quem terá contas a acertar com o Senhor. E que Ele abençoe ricamente a sua obra. Amém.

 

Wagner Antonio de Araújo

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