memórias literárias - 1012 - FAZEI JUSTIÇA AO FRACO E AO ÓRFÃO - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS - NÚMERO: 131

FAZEI JUSTIÇA AO FRACO E AO ÓRFÃO

SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS

NÚMERO: 131

 

1012

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Num mundo tão cheio de ódio e de desprezo, onde as pessoas só pensam em si próprias, é bom relembrar o que nos diz o texto do Salmo 82.3: “Fazei justiça ao fraco e ao órfão, procedei retamente para com o aflito e o desamparado”

 

O cristianismo verdadeiro expressa-se pelo amor ao próximo, que nos capacita a amar a Deus. Assim diz o Novo Testamento: Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? (1Jo 4:20)

 

Como podemos sentir alegria diante de tanta injustiça? Quando os meus filhos estão bem aquecidos numa cama limpa e com as barriguinhas cheias, eu penso nos pobres órfãos que se encontram nos orfanatos, usando cobertas coletivas em camas que já foram de tantos, sem um abraço do papai ou um beijo da mamãe. Quando tomo o meu café com variedades, com leite, pão, frios e manteiga, penso naqueles que passam fome, que amanhecem fracos e com dores na barriga pelo vazio ali existente. Quando imagino o conforto com o qual fui agraciado, com uma herança paterna que me deu um teto e as roupas que uso, penso nos que não tiveram pais, nem lares, nem escolas, nem afeto, nem justiça e nem alegrias. E então ponho-me a orar, pedindo a Deus para me dar oportunidade de minimizar a dor do outro, mesmo que seja de um só. Afinal, só posso suprir alguém com o que tenho, não com o que não tenho.

 

Mas certamente eu posso orar e contribuir para que a justiça seja feita ao fraco e ao órfão. Como cidadão eu posso lutar para que leis justas socorram os desamparados da sociedade e os não favorecidos pela família. Posso votar em quem tem dignidade e ideais benignos e ajudar voluntariamente em organizações que socorram de alguma maneira aos que precisam. Na verdade isso tudo só funcionará se eu de fato amar ao meu próximo. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. (Tg 2:8).

 

Um país cristão que se preze não deveria ter crianças abandonadas pelas ruas, nem mendigos a dormirem nas avenidas, nem trabalhadores desprovidos de salários, nem idosos sem acesso à saúde. Infelizmente não podemos resolver os problemas gigantescos do país. Mas podemos suprir a nossa família e os nossos mais próximos daquilo que temos e orar, sim, suplicar, para que o Senhor tenha piedade dos órfãos e dos fracos e desamparados. Que a aflição do próximo doa em nós e nos mova a agirmos em socorro de todos que de nós precisem. E que assim todos possam ver Deus em nós. Que Ele nos abençoe. Amém.

 

Wagner Antonio de Araújo