terça-feira, 29 de dezembro de 2020

memórias literárias - 1034 - EU, PORÉM, ORO - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS - NÚMERO: 151

 EU, PORÉM, ORO

SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS

NÚMERO: 151

 

1034

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. O Salmo 109 é chamado “salmo de imprecações”, isto é, quando o salmista deseja que Deus traga a justiça contra aqueles que sem piedade perseguiram a alguém que amava ao Senhor. Não iremos discutir o teor deste texto, uma vez que o seu conteúdo é bem complexo. Mas temos absoluta certeza de que ele não só é verdadeiro como também inspirado pelo Espírito Santo. Além disto ele mostra qual será o resultado de uma vida sem Deus. Haverá um juízo contra aquele que se faz inimigo de Cristo ou dos seus seguidores.

 

Eu quero destacar um versículo precioso neste texto: “Em paga do meu amor, me hostilizam; eu, porém, oro” (Sl 109.4).

 

Como é difícil receber o mal pelo bem que praticamos! Muitas vezes emprestamos dinheiro para alguém, com o coração cheio de ternura e do desejo de ajudar. Infelizmente a pessoa beneficiada, muitas vezes, corta relações conosco e ainda não nos paga. Como é difícil! Outras tantas são amigos a quem ajudamos com tanto empenho: indicamos o seu nome para uma vaga de serviço e, no decorrer do tempo, ele ajuda a que nos prejudiquem. Buscamos auxiliar uma família em conflito e, quando estão bem, se levantam para nos perseguir. Somos atenciosos para ouvir o desabafo de alguém e, no dia seguinte, aquela pessoa levanta calúnias a nosso respeito. Quanta impiedade há neste mundo! No ministério pastoral esta é uma dura realidade. Muitas vezes o pastor é um instrumento nas mãos de Deus para a reconciliação entre famílias, para a reconstrução profissional de alguém, para encaminhar outros na concretização de seus ideais. Não tarda muito e estas mesmas pessoas se tornam hostis e inimigas, seja por perseguição gratuita, seja por interesses outros, seja por puro desprezo.

 

O que fazer? O texto diz: em paga do meu amor me hostilizam; eu, porém, oro. Sim, esta é a arma que temos ao nosso alcance: a oração. O Senhor nos ensinou a tratar dos problemas não com a justiça feita por nossas próprias mãos. Não somos nós que devemos tirar satisfação diretamente com os outros, ou sermos agentes em denegrir e prejudicar o inimigo. Não! Nós devemos orar. Jesus afirmou: Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; (Mt 5:44). Sim, a oração pelo inimigo deve ser não de pedir meramente por vingança, pois isto Deus fará independente de nossa oração. Mas pedir para que haja arrependimento, para que haja mudança. Cristo orou assim: E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. (Lc 23:34). Quando conseguirmos orar assim teremos atingido grande maturidade. Vamos pedir esta graça ao Senhor? Que Ele nos ajude. Amém!

 

Wagner Antonio de Araújo

 

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