domingo, 27 de dezembro de 2020

memórias literárias - 976 - DIA DA CALAMIDADE - SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS - NÚMERO: 078

 DIA DA CALAMIDADE

SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS

NÚMERO: 078

 

976

 

Olá! Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Em outra oportunidade falamos sobre cantar ao Senhor pela graça que Ele nos deu, abençoando-nos de tantas formas. Hoje queremos falar daqueles dias em que a calamidade avassala o nosso caminho. Assim diz o Salmo 18.18: “Assaltaram-me no dia da calamidade, mas o Senhor me serviu de amparo”.

 

Eu já fui assaltado. Lembro-me como se fosse hoje. O meu pai falecera e eu havia reformado o seu automóvel Brasília. Mandara pintá-lo, estofá-lo, colocar som e deixei aquele veículo como um carro novo. Fui mostrá-lo para uma pessoa. Ao sair do carro para tocar a campainha da casa um homem armado me exigiu que entrasse no veículo no banco de trás. Ele e seu comparsa ainda me pediram para leva-los num lugar mais central. Ameaçaram matarem-me. Foram violentos com o cano do revólver em minha cabeça. Abandonaram-me na Marginal Tietê, em São Paulo. Fiquei sem o carro que eu tanto amava. Fui assaltado violenta e duramente. E agora? Os meus familiares, quando souberam, vieram buscar-me. Eu nunca mais vi a Brasília do meu saudoso pai.

 

Quantos que me ouvem hoje também já foram assaltados! Outros, sem passar por isso, o foram também através de injustiças que lhes fizeram. Subitamente foram demitidos de seus empregos, quando faziam tudo com tanto esmero e dedicação! Ou talvez foram despejados de suas residências, seja por um preço de aluguel exorbitante, seja por uma desapropriação súbita, seja por uma tragédia que levou móveis e a própria casa. Ah, como são grandes as dores humanas, os assaltos, os roubos, as injustiças! Ao contemplar pessoas idosas com salários tão minguados de aposentadoria, penso na injustiça que com elas fizeram: depois de trabalharem por décadas, fazendo o seu melhor, arrancam-lhe as condições de dignidade, concedendo-lhes apenas o restolho e os trocados como esmolas. Isso não é justo!

 

O salmista diz: quando fui assaltado o Senhor me amparou. Ah, que maravilhosa verdade! Deus está presente no desamparo humano! Ele esteve presente quando José e Maria tiveram que fugir ao Egito, mas amparou-os através dos presentes dos magos do oriente. Elias teve que fugir após trazer duras profecias ao seu país, mas foi amparado por Deus à beira de um córrego e com o suprimento de corvos que lhe traziam ração diariamente. Há sempre um meio onde Deus nos ampara no meio dos assaltos. Vamos pedir a graça dEle para a nossa vida? Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. (Mt 7:7). Que hoje cada ouvinte consiga ver com clareza o amparo divino no meio de seus assaltos. Que Deus nos abençoe. Amém.

 

Wagner Antonio de Araújo

 

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