terça-feira, 1 de dezembro de 2020

memórias literárias -942 - DOIS NATAIS

 DOIS

NATAIS
 
942
 
Um é o Natal Cristão, que nos leva a meditar no nascimento do Filho de Deus, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Este é o Natal que gerou o feriado, que gerou as festividades que temos. Ele vem de muito longe, desde o tempo do final da era dos pais apostólicos. Para turbar festas pagãs da época os cléricos comemoraram o nascimento do Senhor, gerando a tradição de nossos festejos. Com maior ou menor influência pagã, em suma o Natal é comemorado com cantatas, peças teatrais, presentes, símbolos, cultos e grande alegria, tendo ao centro Jesus Cristo, o bebê de Maria, o Rei dos reis nascido. Foi assim que a imprensa, o cinema, a TV e o mundo começaram a propagar no início do século XX as suas produções.
 
Mas há outro Natal, surgido do afastamento da sociedade cristã de seu verdadeiro Salvador. É o NATAL SEM CRISTO. Funciona como uma macarronada sem macarrão, uma feijoada sem feijão ou um doce sem açúcar: tem quase todos os ingredientes, mas falta o principal. Assim é o Natal de hoje. Basta procurar por filmes de Natal, esparramados pelas mídias e internet. Filmes com trenós, com Papai Noel, com presentes, com enfeites, até com igrejas e apresentações musicais. Mas o seu símbolo é o AMOR E A SOLIDARIEDADE, O RENASCIMENTO DE QUALQUER COISA, não do Salvador. É um NATAL SEM CRISTO.
 
Este é o Natal que leva uma fabricante de perfumes a fazer um especial transmitido em rede nacional no último domingo, celebrando casamentos homossexuais e a chamada diversidade moral, querendo vender os seus produtos para quem celebra um Natal sem Cristo. Este é o Natal que leva as empresas a fazer descontos, a homenagear a humanidade, a entreter os seus clientes com temas recorrentes de amor, paz e harmonia, sem citar uma única vez o Filho de Deus. Este é o Natal de quem nunca foi cristão e nem tenciona sê-lo.
 
Com tristeza tenho que dizer: o NATAL SEM CRISTO invadiu também as celebrações caseiras e as festividades eclesiásticas. Fala-se de tudo, menos de Jesus Cristo. Políticos reeleitos em São Paulo, chamados de "pastores" ou médicos, em seus cartões natalinos citam Buda, Luther King e até filósofos ateus, para abarcar maior número de simpatizantes, sem mencionar que o Natal sem Cristo não tem significado e nem valor algum. Pastores que ganham dinheiro na internet propagam ideias natalinas e mensagens natalinas sem a menor consideração pela encarnação do Verbo de Deus. Tudo é balada, tudo é festejo, tudo é festa!
 
É isto que dá misturar a política com a religião: guardamos o feriado, mas não o motivo do feriado. Natal é sinônimo de viagens, de churrascos, de salpicões, de Papai Noel, de presentes e de férias coletivas. O verdadeiro aniversariante fica de fora, sem ser lembrado. Na verdade Natal hoje tem signficado FERIADÃO DE FIM DE ANO, emendando com o ANO NOVO. E só.
 
Cristãos que me lêem: NATAL É CRISTO. Sem Cristo não há Natal.
 
Leve Cristo para o seu lar, para os seus textos, para o seu facebook, para o seu instagram, para o seu whatsapp, para a sua vida! Ou então receba o presente do Natal sem Cristo: NADA. Porque, depois do Natal, das festas, dos presentes, da comilança e da sujeira, só sobra a sensação de enorme vazio de vida que passou sem sentido nenhum. Agora é esperar mais um Natal, se o coronavirus não ceifar a vida.
 
Wagner Antonio de Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

memórias literárias - 1477 - CHORA, Ó RAQUEL...

  CHORA, Ó RAQUEL...   1477   Quando o Senhor Jesus Cristo fez-Se homem, nascendo do ventre de Maria, Herodes o Grande desejou matá-Lo...