AO SENHOR PERTENCE A TERRA
SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS
NÚMERO: 104
966
Olá!
Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. Num mundo tão possessivo e cheio de
donos, onde os mais ricos dominam sobre os mais pobres e os que são mais
espertos acham-se donos de muitas coisas, soa como revelação contundente o
versículo 1 do Salmo 24: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se
contém, o mundo e os que nele
habitam”.
Eu moro
em Vila Pompéia, na cidade de São Paulo. Estou aqui há 48 anos. Antes, até os
seis anos de idade, morei próximo de minha casa. Eu me lembro de tanta gente que
era dona das casas, que possuía carros, que tinha bares e mercados, que mantinha
estabelecimentos. Lembro-me de um homem que começou a construir uma casa aqui
perto quando eu tinha 7 anos de idade. Ele levou dez anos para erguê-la. Parecia
um palácio. No dia marcado para a inauguração ele sofreu um infarto fulminante e
morreu. Não chegou a ver a casa aberta e mobiliada! Ele dizia que a casa era
sua. Mas morreu e não a levou. Era sua mesmo? Claro que não! O meu pai também
dizia que a casa onde moramos era dele, que somente ele decidia o que fazer, o
que construir, como utilizar. Em 1991 ele faleceu. A casa era dele? Não. A casa
está conosco. Mas também não é nossa, porque, quando partirmos deste mundo, se
Jesus não regressar antes, ficará para os que nos sucederem.
A Terra
é do Senhor! Somos apenas usuários das coisas boas que Ele nos provê! Deus criou
o Paraíso e colocou o homem ali. Havia provisão de tudo: frutas, verduras,
legumes, beleza, flores, lazer, água, descanso, segurança, tudo o que se podia
imaginar! O homem rebelou-se e pecou. Foi excluído do jardim. Mas mesmo assim
Deus deu-lhe provisão: fez túnicas de peles para servir de vestimenta e de
agasalho e proveu espaço para cultivar a terra. Por causa dessa rebelião herdamos a morte e
deixamos tudo para trás. Ninguém leva nada a não ser a si próprio, a sua alma, o
seu espírito. Tudo fica aqui. Por que não usar as coisas que nos foram confiadas
com amor, com cuidado, com zelo, com sabedoria, com parcimônia, repartindo
igualitariamente com aqueles que menos têm? Tantas pessoas com tantos bens que
nunca utilizarão e tantas outras desprovidas do mínimo indispensável! Isto não
significa revolução ideológica; significa consciência e amor ao próximo! João, o
Batista dizia: “quem tem duas túnicas reparta uma com quem não tem.”
E assim nós, cristãos, deveríamos usar da generosidade para suprir a
necessidade uns dos outros, mesmo que fossem inimigos. Portanto, se o teu
inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque,
fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. (Rm
12:20).
Que a consciência de que tudo é do Senhor nos faça mais solidários e mais generosos na administração das coisas que Deus nos confia. Amém!
Wagner Antonio de Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário