A VARA E O CAJADO
SÉRIE: CONSOLO NOS SALMOS
NÚMERO: 080
965
Olá!
Aqui é o Pr. Wagner Antonio de Araújo. O salmo mais conhecido em todos os tempos
é o de número 23, o chamado “Salmo do Bom Pastor”. E, de fato, é um salmo
maravilhoso.
Elaine
e eu, quando estávamos em lua-de-mel, pudemos contemplar uma cena única em nossa
vida. Transitávamos por uma estrada na Espanha. A vegetação era baixa e não era
época de chuvas. Tudo estava seco. De repente, depois de uma curva na estrada,
vimos um pastor com dezenas de ovelhinhas no pasto. Ele estava com um guarda-sol
enorme, com uma vara na mão e com os cães-pastores ao redor do rebanho. Ele
andava até um pequeno lago, onde as ovelhas matariam a sua sede. Foi lindo de
ver. Elas confiavam no pastor.
O verso
4 desse salmo afirma: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da
morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado
me consolam”.
Davi
falava das duas ferramentas portadas pelo pastor de seu tempo, nas montanhas de
Israel. Muitas vezes a água e o pasto acabavam. O pastor tinha que conduzir o
seu rebanho para outros lugares. Para tanto, não raras vezes, atravessava vales
sombrios, estradas íngremes, perigosas, pedregosas. Na travessia algumas ovelhas
decidiam sair da trilha. O pastor tinha que aplicar varadas nelas, para que não
se desviassem. Outras, contudo, escorregavam, correndo o risco de caírem no
abismo. O pastor prontamente estendia o cajado, que era parecido com o cabo de
um guarda-chuva, erguendo-a novamente. E assim, com cuidado e com amor, o pastor
conseguia conduzir todo o seu rebanho até o novo local aprazível para a pastagem
tranquila das ovelhas.
Davi afirma, neste salmo, que Deus é o seu pastor e que os mesmos cuidados que ele, de forma imperfeita, tinha pelas ovelhas, Deus, de maneira perfeita e justa, tinha pelas suas, os que nEle criam e confiavam. Assim como ele, pastor de ovelhas, conduzia o seu rebanho por caminhos sombrios e perigosos, objetivando dar ao rebanho melhor comida e água refrescante, Deus também nos conduzia pelo vale da sombra da morte, também perigoso e difícil. Mas os Seus cuidados seriam presentes em cada passo, assim como ele era presente para com o seu rebanho. Se Davi, ovelha do Senhor, quisesse deixar o caminho, uma varada do Senhor o disciplinaria. E se escorregasse perigosamente, o Senhor, com o Seu cajado, o soergueria, colocando-o em segurança e novamente no caminho. Quanto amor! Quanta semelhança! Hoje nós, pela graça de Deus, também dizemos: “O Senhor é o nosso pastor; se pelo vale andarmos, a Sua vara corretiva e o seu cajado salvador nos acompanharão. Ele nos guardará”. Aleluia! Que Deus nos abençoe.
Wagner
Antonio de Araújo
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