PRISÕES
GELADAS
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Um bebê veio
ao mundo após ter sido congelado por 27 anos. Segundo os jornais, é o bebê mais
velho de que se tem notícia. Como isso aconteceu? Simples. Ele foi gerado num
laboratório de reprodução humana. Foi material doado. Num tratamento para que
pais tenham bebês de forma artificial (pois um ou os dois não tiveram condições
de reprodução) muitos embriões são gerados por força de procedimentos médicos. A
mãe, então, submete-se a colocar uns dois ou três em seu útero, para que pelo
menos um venha a sobreviver. Os demais, as sobras, ficam armazenados numa
geladeira. Se os pais puderem pagar a prisão gelada eles ficarão vivos. Caso
contrário, o laboratório ou os descartará ou os venderá. Então, ao chegar ao
comprador os embriões se tornarão propriedade de outro laboratório. Este dará um
de quatro destinos aos prisioneiros: 1. Ele os venderá para pais que não podem
ter filhos; 2. Ele os venderá para que sejam destruídos e que suas células sejam
aproveitadas em terapias e testes de laboratório; 3. Ele os manterá congelados
para que alguém, no futuro, os compre; 4. Eles os jogarão
fora.
Eu sou pai de
três filhos. Sou incapaz de imaginar a minha esposa sossegada, com Maria no
colo, com o Josué aos seus pés e com Rute ao seu redor, sabendo que, como estes,
uma dúzia de outros ficaram numa geladeira, sem poder viver ou morrer,
aprisionados para que os nossos tivessem a chance de viver. Não consigo
imaginar-me pai de centenas de filhos meus, uns na barriga de outras mulheres e
outros aprisionados em geladeiras, e ainda outros desmanchados, pelo simples
fato de que doei meu material genético para a concepção dos meus e dos filhos de
outras pessoas. Não sou capaz de imaginar o quanto esse tipo de existência
embrionária aprisionada é terrível, onde a criatura nem vive e nem morre! O tal
"limbo", uma mentira doutrinária romanista, tornou-se uma realidade material
nas mãos dos seres humanos, tão amorosos com os eleitos e tão implacáveis com os
descartados! Um autêntico limbo gelado!
Quando leio
no livro de Apocalipse capítulo 18 sobre o comércio da Babilônia dos últimos
dias e do juízo divino contra ela, compreendo o sentido deste último versículo:
E canela, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e
azeite, e flor de farinha, e trigo, e gado, e ovelhas; e cavalos, e carros, e
corpos e almas de homens. (Ap 18:13). Sim, comércio de vidas
humanas! Não apenas como escravos uns dos outros, não apenas como pessoas da
prostituição ou mercenários de exércitos sem pátria. O comércio de vidas humanas
está também ligado aos bebês que nem morrem e nem vivem, estão aprisionados numa
geladeira de laboratório!
É horrenda a
situação destas almas! É terrível pensar na prisão a qual foram submetidas, não
tendo o direito de escolha! Em nome do amor seletivo para um bem-aventurado, os
pais mantém na prisão outros infelizes não-nascidos e não-falecidos, que se
tornam seres de existência trágica e aterrorizante. E quem chora por elas? E
quem luta por elas? Há pelo mundo mais de centenas de milhares de prisioneiros
dessa espécie, senão milhões! Pessoas que serão selecionadas para alguma
finalidade que não uma existência normal para a qual foram criadas! E por quanto
tempo sobreviverão numa geladeira?
Não; mil
vezes não! Burlar a natureza, ultrapassar os limites de Deus e brincar de
criador com os nossos materiais genéticos não é coisa a qual o Senhor deixará
impune. Isto se chama ASSASSINATO e IMPIEDADE! Seres humanos estão sendo
desmontados por gente rica, que aproveita as suas células para curar seus
próprios órgãos adoecidos ou para misturar com outras espécies animais, para ver
cumpridas as teorias da ficção científica. Eles serão os monstros descritos em
Apocalipse, com cabelos de mulher, cara de leão e outras impropriedades. Eles
serão os escorpiões que não matam, mas fazem sofrer. Eles serão a concretização
dos piores pesadelos que a humanidade já pôde conceber.
Por isso o
juízo divino, a condenação do mundo e a destruição da Terra estão decretados.
Deus só espera a medida exata para soltar os anjos que aguardam a hora de
agir.
Preparemo-nos, leitores, para a volta do Senhor. E não causemos
sofrimento a criaturas que não pediram para ser
concebidas!
Wagner
Antonio de Araújo
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